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Um filme de estética futurista, fotografia sóbria e uma história que se encaixa melhor nos dias de hoje do que na década de 1980.Em 1982, Tron-Uma Odisséia eletrônica utilizou de forma pioneira computação gráfica. Chegamos à 2010 e a Disney resolveu reinventar sua história, transformando-a em uma franquia promissora.
A história começa após os eventos do filme original, quando o gênio da informática Kevin Flynn (Jeff Bridges), dono da Encom, conta a seu filho Sam (Garrett Hedlund) suas visões de futuro e da computação. Vale lembrar que o personagem é uma espécie de Steve Jobs: um visionário e revolucionário, que quer mudar o mundo com suas invenções.
Anos após o desaparecimento de Kevin, Sam é mostrado como um hacker rebelde, que vê a companhia fundada por seu pai como uma inimiga, fazendo coisas como divulgando gratuitamente o sistema operacional criado pela Encom. O impacto é avassalador, mais ou menos como se o Windows 7 fosse pirateado..ops, isso aconteceu na vida real.
Sam descobre o paradeiro do seu pai: o mundo digital que ele criou. Ao chegar lá, encara seu antagonista, CLU, o alter-ego de seu pai criado para desenvolver este mundo digital. Às turras com seu inimigo ele conhece a estonteante Quorra (Olivia Wilde), última sobrevivente dos ISOs, um novo tipo de programa que não é criado por um usuário e está realmente vivo. A personagem é uma espécie de pupila de Kevin, a qual o espectador desavisado pode pensar alguma maldade..
O filho de Kevin tenta salvar o pai desta realidade virtual, porém precisa lutar para evitar que CLU invada o mundo real com seu exército de programas maliciosos. Nisto, trava batalhas com gladiadores virtuais e lutas entre cybermotos, revivendo com fidelidade as cenas do filme original . A história é cheia de personagens secundários interessantes, como Castor (Michael Sheen), dono de uma boate futurista dentro deste cyberspaço. Sua atuação é hilária, cheia de improviso e com um visual que lembra muito o estilo andrógino e debochado de David Bowie.
Por fim, falemos da trilha sonora da banda francesa Daft Punk: uma bela coleção de timbres eletrônicos de teclado, lembrando muito composições dos mestres da música eletrônica Kraftwerk e Jean-Michel Jarre. Há tempos não ouvia uma trilha que encaixasse também em um filme.
Enfim, "Tron-O legado" é uma boa fita tanto para os aficcionados por ficção e gostam de histórias com temática futurista quanto para os que querem ver uma belíssima atriz (Olivia Wilde) em uma excelente atuação. Apesar de ser altamente recomendado que seja visto em 3D, mesmo em telas tradicionais ele entretém sem problemas.
Trailer:
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