A seleção de Dunga mostrou novamente que trava contra equipes que jogam muito fechadas. Bastamos nos lembrar de jogos como o contra a Bolívia, nas eliminatórias. Apesar do placar por apenas dois gols a um, o Brasil manteve a média de poucos gols na rodada. A equipe demonstra cansaço, principalmente pelo fato da maioria dos jogadores estarem cansados da temporada européia. Este mesmo problema do desgaste foi visto em outras seleções, como Inglaterra (empate em 1x1 com os EUA), Argentina (1x0 contra a Nigéria) e Itália (empate em 1x1 com o Paraguai). Das grandes seleções, só a Alemanha jogou bem, derrotando a Austrália por 4x0. A seleção estava claramente nervosa, talvez mais do que precisava para uma estréia de Copa do Mundo.
Após o jogo, foi muito levantado na coletiva de imprensa ao técnico da seleção canarinho se o jogo do Brasil tem dificuldade para encaixar contra equipes de menor expressão.Como o forte desta equipe é o contra-ataque, com as arrancadas do Kaká (quando está em boa forma), o Brasil passou boa parte do tempo tentando fazer a bola passar pelos 10 jogadores plantados na defesa da Coréia do Norte. Dunga podia ser um pouco menos teimoso e não escalar dois volantes em partidas como esta, tendo mais ousadia. Porém dificilmente ele vai mudar isto.
Maicon fez uma excelente partida, com um golaço chutando cruzado da direita (como Josimar na Copa de 1986) e Elano também fez um belo gol, também pela direita. O gol da Coreia do Norte se deu por um grande descuido de Lúcio e de Ramires. Dois jogadores de alto nível como eles não podem se dar ao luxo de cometer erros como o do gol dos asiáticos. Também merecem ser lembradas as boas atuações de Juan e Robinho, na primeira etapa. Porém, um alerta. Destacar a boa atuação de um zagueiro contra uma equipe tão fraca é preocupante, já que é difícil entender como o Brasil conseguiu levar alguma pressão da Coréia do Norte em alguns momentos.
Aguardemos alguma melhora nas próximas partidas, principalmente com mais chances de contragolpe, contra a Costa do Marfim e Portugal. Se o Brasil não conseguir jogar melhor contra a seleção Africana, é a hora de acender o sinal amarelo.
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