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domingo, 29 de setembro de 2013

Decisão judicial obriga pais que optavam por homeopatia a vacinarem seus filhos



Na última terça-feira (24\9), o MP-SP (Ministério Público de São Paulo), por meio da Promotoria da Infância e Juventude de Jacareí, obteve liminar da Justiça obrigando os pais de duas crianças a a encaminhá-los para vacinação gratuita. Os pais tratavam os filhos apenas com homeopatia e não permitiam que as crianças recebessem as vacinas disponibilizadas pelo poder público, alegando não acreditar na eficácia da imunização.

Segundo a sentença, os pais têm cinco dias para providenciar a vacinação obrigatória dos filhos. Em caso de descumprimento, foi fixada multa diária de um salário mínimo revertida para o fundo gerido pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. Se decorridos 10 dias sem que a sentença judicial seja cumprida, a Justiça determinou ainda a expedição de mandado de busca e apreensão das crianças, como medida protetiva, para encaminhamento dos meninos à Secretaria de Saúde para o recebimento das vacinas.

O procedimento teve início a partir de uma denúncia encaminhada ao MP pelo Conselho Tutelar de Jacareí. O órgão foi acionado pela diretora da escola municipal em que um dos filhos do casal estuda, ao constatar que o garoto não possuía carteira de vacinação.

Convocada ao Conselho e à Promotoria de Justiça para receber orientação sobre a obrigatoriedade e importância sobre a vacinação, a mãe das crianças afirmou não acreditar na eficácia das vacinas, alegando que o tratamento homeopático ministrado aos filhos é suficiente para a imunização, sem colocar a vida dos filhos em risco, no que teve a anuência do marido.

Ela ainda tentou argumentar que teria, supostamente, o respaldo médico para tal, de um homeopata e de um pneumologista. Mas os especialistas pediatras, por escrito, negaram veementemente terem contra-indicado a vacinação para os infantes.




Os argumentos da inicial, integralmente acolhidos, baseiam-se no direito individual de proteção integral da saúde da criança e também na repercussão da não vacinação na rede de saúde pública.




UOL




É um crime contra a saúde pública não vacinar os filhos, tendo em vista que várias doenças foram erradicadas com a vacinação. Em pleno século XXI, não compreendo como tem gente que acredita na pseudociência da homeopatia, sobretudo impondo-a contra crianças.




Leia também estes artigos:

Pseudociência:Homeopatia

O efeito placebo

Dicionário cético:Homeopatia

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Diferenças paisagísticas de São José dos Campos, em nove anos

Parque Industrial:
2004-2013
Mais ou menos o mesmo ângulo, duas fotos tiradas da passarela do Carrefour.
Reparem como a especulação imobiliária tomou o bairro com prédios.
Amplie as imagens para ver melhor a comparação:


Cai em 40% número de pacientes na fila de espera por transplante de órgãos, diz ministério




Fonte: Agência Brasil

O número de pacientes a espera de um transplante de órgãos e tecidos caiu 40% em cinco anos. Em 2008, 64.774 pessoas estavam na fila de espera, em 2013, são 38.759. O balanço foi apresentado ontem (25) pelo Ministério da Saúde.

De acordo com o ministério, pacientes não têm enfrentado fila de espera por transplantes de córnea em quatro estados e no Distrito Federal. Com isso, o número de transplantes de órgãos e tecidos feitos no país caiu 6% no primeiro semestre de 2013 quando comparado com o mesmo período de 2012. Foram 12.342, em 2012, e 11.569, em 2013. O transplante de córnea responde por quase 60% do total de transplantes no sistema público.

“A queda de 6% no primeiro semestre foi porque aceleramos o número transplantes e, com isso, zeramos a fila em estados que tinham a maior participação no transplante de córnea. Precisamos continuar zerando as filas de transplante de córnea e, combinado com isso, podemos manter essa elevação de transplante de outros tipos de órgãos”, explicou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Em Pernambuco, no Paraná, no Rio Grande do Sul, em São Paulo e no Distrito Federal, não há mais fila de espera para o procedimento de córnea, de acordo com o ministério. Em sete estados, o tempo na fila por transplante de córnea foi reduzido. Os dados mostram também queda na quantidade de pessoas aguardando por transplantes, de 64.774, em 2008, para 38.759 em 2013.

Apesar da queda no resultado total, houve aumento de transplantes de alguns órgãos em relação aos primeiros semestres de 2013 e de 2012. O transplante de pulmão cresceu 113%, e o de medula óssea 13%. Os órgãos sólidos (pulmão, coração, pâncreas, rim e fígado) apresentarem alta de 3,8%, no mesmo período de comparação.

Padilha destacou que a descentralização dos transplantes das regiões Sudeste e Sul do país está entre os fatores responsáveis pelos dados positivos. “Em 2010, os transplantes eram muito concentrados em estados do Sul e Sudeste do país e agora começamos a caminhar para a descentralização. Estados que não faziam transplante de fígado, rim, coração, começaram a fazer”, disse.

Para o presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), José Osmar Medina, é preciso melhorar a estrutura em estados como Bahia, Mato Grosso e Maranhão. "O desafio principal é você aprimorar a logística do programa de transplante, corrigir as disparidades geográficas em estados como Bahia, Mato Grosso e Maranhão que tem número pequeno de transplantes. E também fazer com que todo brasileiro se manifeste em relação à doação de órgãos após a morte, se ele é favorável ou não", disse.

“O Brasil é o segundo país do mundo em transplantes, tem um sistema muito bem estruturado e justo que aloca o órgão doado ao primeiro da fila ou àquele que tem compatibilidade”, destacou.

O Sistema Único de Saúde (SUS) é o responsável por 95% dos transplantes feitos no país. O ministério lançou hoje campanha para estimular a doação com o lema Não Deixe a Vida se Apagar. O protagonista da campanha é uma criança de 7 anos que recebeu um transplante de coração aos 7 meses.

domingo, 22 de setembro de 2013

Advogado com câncer consegue na Justiça tratamento em hospital particular



O advogado Gabriel Massote, 29 anos, conseguiu na Justiça que seu plano de saúde cubra a internação e a cirurgia em um hospital particular. Massote, que sofre de leucemia, gravou um desabafo enquanto estava internado em um hospital de Goiânia, Goiás. O vídeo gerou comoção e indignação entre os internautas.

Na última quinta-feira (19), a Justiça divulgou um parecer obrigando a Unimed-GO a pagar todas as despesas com o transplante de medula óssea e o tratamento no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo.

Massote pagava o plano de saúde desde 2006. Em 2011, descobriu que estava com leucemia, mas o plano de saúde se negou a pagar o tratamento. A mãe do advogado vendeu a casa e o carro para cobrir os custos.




Em uma primeira ação judicial movida pela família contra a Unimed-GO, a empresa foi obrigada a reembolsar os R$ 320 mil gastos com a internação. Na decisão liberada na quinta-feira, o plano é obrigado a pagar o restante do tratamento no Hospital Sírio-Libanês.

A Unimed-GO alegou que o hospital não fazia parte da rede credenciada pelo plano.

R7




Mais sobre o caso:


Liminar manda Unimed custear transplante no Sírio Libanês




Em liminar assinada nesta quinta-feira (18), a juíza Heloísa Silva Mattos (foto), em atuação na 4ª Vara Cível de Goiânia, mandou a Unimed Goiânia Cooperativa de Trabalho Médico autorizar, em 24 horas, a internação de G.M.P. no Hospital Sirio Libanês, em São Paulo (SP), para realização de transplante de medula óssea.

Ele sofre de leucemia linfocítica aguda e precisa do procedimento para sobreviver mas não encontrou, em Goiânia, instituições médicas habilitadas para fazê-lo.

A liminar foi deferida em ação de obrigação de fazer cominada com indenização por danos morais com pedido de tutela antecipada. Nela, G.M.P. relatou que, ao ser informado da necessidade de se submeter à intervenção, procurou o Hospital Araújo Jorge, na capital, e foi informado que a instituição não dispõe de autorização do Ministério da Saúde para a realização do transplante de medula óssea alogênio não aparentado, indicado para seu caso. Segurado da Unimed desde 2006, ele descobriu que o Sírio Libanês estava apto para o procedimento e mantinha convênio com o plano de saúde para tanto. Contudo, a seguradora não autorizou sua realização.

Ao deferir a liminar, Heloísa Mattos observou que G.M.P. comprovou, nos autos, a existência de contrato com a Unimed, o qual abarca tratamento oncológico e transplantes. “Não há que se falar em tempo de carência, tendo em vista que o documento, datado de 7 de janeiro de 2011, prevê a carência de 180 dias para o tratamento oncológico”, salientou a magistrada.

Ainda segundo a juíza, o segurado juntou prova da indispensabilidade do tratamento bem como declaração do Hospital Sírio Libanês acerca da possibilidade imediata do procedimento. “O transplante de medula configura condição necessária à sobrevivência do autor (G.M.P.) em virtude da enfermidade que possui, o que mostra presente o caráter de urgência necessário para deferimento da medida”, considerou Heloísa. Pela liminar, a Unimed ficou responsável por todas as despesas relacionadas ao transplante, incluindo medicamentos, taxas, honorários médicos e qualquer outra despesa devida ao transplante. (Texto: Patrícia Papini – Centro de Comunicação Social do TJGO)


É absurdo o fato de que, mesmo pagando uma das versões mais caras do plano de saúde, a Unimed tenha se recusado a pagar o tratamento dele em São Paulo, tendo em vista que em Goiânia o procedimento não poderia ser feito. Não é incomum o fato de que planos de saúde se recusam a custear tratamentos ou fazem outras coisas absurdas, como rejeitar clientes idosos.

Leia aqui, no blog dele, mais detalhes sobre o caso.

sábado, 21 de setembro de 2013

Resenha do filme "Elysium"



Em mais um roteiro extremamente politizado e cheio de questionamentos, Neil Blomkamp (que escreveu "Distrito 9") leva o espectador a um futuro caótico, onde ricos vivem extremamente bem e com acesso à serviços médicos e os pobres ficam marginalizados, da mesma forma como ocorre nos dias de hoje, porém no ano 2154. Wagner Moura divide bem uma grande atuação com Matt Damon, onde ambos se destacam.

Neste futuro, a Terra está muito poluída e caótica, o que fez com que fosse construída uma estação espacial para os ricos manterem seus padrões de vida. "Elysium", inspirada em modelos de estações espaciais da Nasa dos anos 1970, é o lugar onde nada pode dar errado.

Max (Matt Damon) é um homem com um passado cheio de crimes, e  é amigo de infância de Frey (Alice Fraga). Quando vira um trabalhador comum, sofre um acidente: Ele precisa urgentemente de um tratamento médico que só é possível em Elysium. É aí que ele vai até o "coiote" Spider (Wagner Moura), que tenta constantemente enviar gente humilde para a estação espacial, para elas tentarem ter acesso a um tratamento médico melhor e mais digno do que os da grande favela que virou Los Angeles. O personagem de Moura propõe uma barganha: quer que Max consiga extrair as informações do cérebro (!) de um grande executivo para então enviá-lo à Elysium.


Para encarar tal missão, Max recebe uma espécie de exoesqueleto biônico, o que lembra bastante o que ocorre com Alex Murphy em Robocop (será que esta semelhança foi proposital?). Ele precisa mesmo de toda força para encarar o antagonista da história, o completamente insano Kruger (Sharlto Copley), que persegue-o a mando da secretária de defesa de Elysium, Rhodes (Judie Foster, em uma bela atuação como vilã). No meio deste entreveiro, a paz dos ricos da Estação Espacial começa a ser quebrada, em um conflito social não muito diferente do que ocorre constantemente no mundo atual.


Há várias referências ao ótimo filme Distrito 9: Os robôs policiais são semelhantes aos aliens do referido filme, a Los Angeles futurista parece-se com os guetos do outro trabalho famoso de Blomkamp e há até uma bandeirinha da África do Sul em uma das naves que aparecem na história.




A película mistura bem uma pesada crítica social, onde poucos têm acesso à tratamentos médicos e benefícios, enquanto outros sofrem com muito pouco, com as cenas tradicionais de ficção científica Quando estes atingem o mundo "blindado" dos primeiro, as coisas ficam bem interessantes.

Trailer:

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Bob Fernandes : Lição no tribunal: justiça se faz com a lei, e não com fígado e ódio

MÍDIA SE JOGA NAS COVAS QUE ELA PRÓPRIA CAVOU

Brasil 247:



Nos últimos meses, a golpes de centenas de artigos, milhares de notícias e milhões de palavras, um naipe completo de colunistas da mídia tradicional tratou de cavucar com pás, martelos e picaretas as sepulturas em que seriam jogados, nesta quarta-feira 18, os réus da Ação Penal 470.

Porém, com o voto histórico do decano Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, os articulistas da condenação anunciada descobriram que haviam aberto, na verdade, suas próprias covas rasas. Cobertos com togas, apesar da falta de especialização jurídica, ar professoral diante de quem não precisava de lições e a empáfia condizente com os arrogantes, a verdade é que esse pessoal se arrebentou. Eles morreram em credibilidade abatidos por seus próprios golpes.

Senão, vejamos:

Pode mesmo o acadêmico eleito com um livro só (compilação de artigos em O Globo) Merval Pereira dar aulas de Direito a um ministro do porte de Ricardo Lewandowski? Tem condições o blogueiro Reinaldo Azevedo, de Veja, ensinar letras jurídicas a uma referência como Teori Zavascki? Dá para instalar no mesmo patamar de conhecimento de matéria constitucional o galhofeiro Augusto Nunes com o magistrado Luís Roberto Barroso? A decana brasiliense Eliane Cantanhêde porta mesmo ensinamentos jurisdicionais que podem servir ao advogado tornado ministro Dias Toffoli? Acreditava mesmo a revista Veja que iria, com uma capa à la Capone, levar o decano Celso de Mello a tisnar sua biografia de garantista?

E mais: adiantou de algo, nesta mesma quarta-feira 18, portais como o UOL (do grupo Folhas) e o G1 (das Organizações Globo dos três Marinho) esconderem de seus leitores a notícia da aprovação dos embargos quando já estava claro o voto do decano, além de custar a própria perda de crédito?

Mais que ingenuidade, tratou-se a operação conjunta da mídia tradicional, para a qual seus mais cintilantes quadros foram requisitados, de uma jogada com duplo sentido. Acreditando que todo o julgamento da AP 470 seria guiado pela estrela da política, os colunistas atuaram travestidos de juristas para criarem, entre os leitores, a fantasia de que possuíam argumentos técnicos ainda mais fortes que a ira sentida frente aos personagens no banco dos réus. Cobriram-se, sem cerimônia, com togas cintilantes, que ao final serviram apenas para obnubilar a visão do público sobre o complexo julgamento. No jargão das redações, tiraram seus leitores do rumo certo.

A compreensão de que o Supremo é um órgão formado por juízes experimentados, cuja maioria compreende que o tribunal, como frisou o decano, "não pode expor-se a pressões externas", não foi transmitida aos leitores. Ao contrário. Um por todos e todos por um, o que eles escreveram em papel, lançaram na internet e propagaram pelo rádio e a televisão foi a mensagem de que o Supremo seria, sim, uma espécie de Maracanã em que as torcidas determinariam o resultado da partida. Venceria quem gritasse mais alto, amedrontando os responsáveis constitucionais pela apreciação do caso.

Foi preciso, em sua ampla e histórica lição de preservação das garantias dos cidadãos frente à "irracionalidade" do Estado, Celso de Mello repor a verdade em seu devido lugar. Ele ensinou que a não aceitação dos embargos infringentes iria contrariar uma tradição estabelecida pelo próprio Supremo desde o início do século passado. Seria contraditória com todas as Constituições brasileiras desde a de 1946.

O presidente Joaquim Barbosa adiou, na semana passada, o voto de Mello. O próprio decano queria ter votado, mas o antigo promotor fez questão de tirar-lhe a vez para que a matilha da mídia pudesse ladrar contra a independência do Supremo. Nessa jogada de mão, a participação da revista Veja foi decisiva para preencher, com sua capa desta semana, o espaço aberto por Barbosa. E outra vez não deu certo.

Ao fracassarem, as insistentes ações da mídia tradicional contra o Supremo, durante a Ação Popular 470, findaram, na mão contrária desse mau exemplo, por fortalecer a democracia. O voto do decano, acompanhando os juízes Luiz Roberto Barroso, Teori Zavascki, Rosa Weber, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski significou, tecnicamente, apenas que o próprio Supremo irá revisar as sentenças que receberam quatro votos pela absolvição dos réus. Moralmente, foi a maior aula já dada por um juiz a uma turma que pensava ser dona da verdade.

Que a terra lhe seja leve.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Cubano diz que médicos brasileiros se preocupam mais com dinheiro e status

R7


Prestes a começar a trabalhar pelo programa Mais Médicos, o cubano Amauri Cancio, de 40 anos de idade, diz que está ansioso para começar suas atividades em Codajás, na Amazônia. Depois de três semanas de curso em Brasília, ele chega a Manaus nesta segunda-feira (16) para uma semana de “acolhimento” em que vai conhecer os hospitais e unidades básicas de saúde, além de ter informações sobre hábitos de vida e doenças mais comuns daquela região.

Para o médico, viver em uma cidade distante da capital (Codajás fica a 240 km de Manaus) e também das maiores capitais brasileiras não será problema, já que seu objetivo de vida “é levar saúde onde se precisa dela”. De acordo com o cubano, muitos médicos brasileiros não querem ir para longe.

— O que nos move é o sentimento profissional. Nós fizemos um juramento, temos que cumpri-lo. Onde estudamos, aprendemos que devemos servir à nossa própria comunidade. Aqui no Brasil, para os médicos, o dinheiro e o status, às vezes, são mais importantes. Nós não viemos por dinheiro, viemos por solidariedade. O sistema de saúde e as políticas brasileiras são boas, mas é preciso universalizar o serviço.

Não estamos preocupados com o que falam de nós, vamos fazer o nosso trabalho aqui no Brasil, como já fizemos em outros países. Somos todos latinos, temos personalidades parecidas, somos muito calorosos, os brasileiros vão ver isso. Aqui nos receberam muito bem, o curso é excelente e vimos que não há tanta diferença no sistema de saúde dos dois países.

Semana do acolhimento

O Ministério da Saúde atrasou em uma semana o início das atividades dos profissionais do Mais Médicos. Segundo o cronograma original, eles iriam se apresentar nas cidades onde irão trabalhar nesta segunda-feira (16). Porém, a data de apresentação foi alterada para o domingo (22).

De acordo com o Ministério da Saúde, a mudança no cronograma aconteceu "devido à necessidade de que os profissionais conheçam melhor o local onde atuarão". Durante o fim de semana, os estrangeiros que atuarão no Mais Médicos chegaram aos Estados onde vão trabalhar. Todas as capitais do País receberam os médicos, exceto São Paulo e Rio, onde já haviam desembarcado profissionais no início do treinamento.

O secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mozart Sales, disse que a ação faz parte da lógica da atenção básica — "o atendimento humanizado e mais personalizado do paciente".

— Para que o médico estrangeiro desenvolva esta sensibilidade em relação à população que vai atender, é essencial que tenha uma apresentação prévia das características específicas dela. Além disso, para que o encaminhamento dos pacientes seja feito de forma satisfatória, o médico precisa ter um conhecimento geral de toda a estrutura da rede pública de saúde do local, tais como quantos hospitais existem na cidade, e nas regiões mais próximas, e a capacidade de atendimento deles.

domingo, 15 de setembro de 2013

Botafogo 2x1 Santos

Análise do meu amigo Rui Moura:


Impressionante a campanha do Botafogo!


Jogo muito corrido no primeiro tempo, com o Santos tentando liquidar a partida no 1º tempo, talvez para descansar as pernas no período final. Foi um risco e não deu certo, mas se o não fizesse teria o Botafogo em cima dele.


A nossa equipa aguentou-se, mas poderia ter tomado gol, porque os santistas entravam pelas alas e levavam perigo à baliza. Porém, um Botafogo muito mais objetivo do que bom de bola, teve um lance iniciado por Seedorf, completado por Rafael marques e Sacramentado pelo ‘oportunista’ Elias. Aí o Santos quebrou e chegou-se ao fim do 1º tempo com o Glorioso em vantagem.


Na 2ª parte o Santos tentou empatar, mas não conseguiu penetrar na defesa do Botafogo com a facilidade dos minutos iniciais da partida, e novamente em lance oportunidade, e com uma excelente cabeçada, Elias bisou e deu ao Botafogo uma boa folga. Elias supera-se. É tecnicamente limitado, mas o seu esforço é compensado com gols – gols decisivos.


Tudo parecia indicar que o Santos não teria pernas para nós, mas eis que num lance em que a defesa do Botafogo foi arrastada, uma bomba a 125 quilómetros por hora diminuiu para o que Santos, apesar da Grande Muralha ir à bola mas não conseguir tocar-lhe, tal era a velocidade que levava.


Ainda assim, o Santos não tinha fôlego, e talvez pudéssemos ter sido mais afoitos no ataque, mas isso não aconteceu e Oswaldo Oliveira arriscou uma substituição aos 90’, que dera muito mal resultado no passado: entrada de André Bahia.


Para ser justo, direi que tinha dúvida se o titular deveria ser Hyuri ou Octávio, mas confie na escolha de Oswaldo, que até nem deu certo, mas que não posso criticar porque era uma questão de opção pessoal. Talvez eu tivesse avançado com Octávio e guardasse Hyuri para sacramentar a partida na 2ª parte, mas em qualquer caso eu não criticaria o treinador. Aliás, o Octávio acabou por entrar e ser útil.


Porém, fazer entrar o André Bahia de má memória no mesmo minuto em que no passado recente ele furou aos 49’ e noutra ocasião fez um gol contra absolutamente elementar, que não ocorre nem em pelada, fazendo-nos perder quatro precisos pontos, não seria opção desejável. Confesso que, desta vez, temi o pior. E do mesmo modo que aceitaria a escolha de Oswaldo entre Octávio ou Hyuri, e não o criticaria fosse qual fosse o resultado, na entrada de André Bahia, independentemente de não termos sofrido gol, é de lamentar que se arrisque desta forma. Pergunto: e se o André Bahia fura novamente? Que seria de Oswaldo? Que seria de nós, furibundos com ele? Eu não lhe perdoaria. Lamentável a opção.


Todavia ganhamos e, claro, para o coração do torcedor é essa a coisa mais importante, independentemente da qualidade do jogo.


O Botafogo mereceu a vitória, não tanto por ser arrasador, que não foi, mas porque é uma equipa muito bem encaixada, com um padrão de jogo invejável e formidável em termos de objetividade, e com goleadores em alternância – ora brilha Rafael Marques, ora Hyuri, ora Elias. E hoje brilhou também, e mais uma vez, a super-eficiência de Marcelo Mattos. Tem sido notável este atleta!


Ultrapassado mais este difícil obstáculo, e mais distantes de quem vem atrás, temos de abrir a caça à raposa. Os cardíacos que se defendam e não assistam ao jogo de quarta-feira!


Espingardas bem oleadas, cartuchos alinhados e… e se ganharmos?!?!?!


FICHA TÉCNICA:
Botafogo 2x1 Santos
» Gols: Elias, aos 38' e 56’ (Botafogo); Cícero, aos 66' (Santos)
» Competição: Campeonato Brasileiro
» Data: 15.09.2013
» Local: Estádio Vila Belmiro, Santos (SP)
» Público: 11.300 pagantes
» Renda: R$ 178.707,00
» Árbitro: André Luiz Castro (GO); Auxiliares: Cristhian Passos Sorence (GO) e Nadine Schramm Camara Bastos (Sc)
» Disciplina: cartão amarelo – Dória, Hyuri e Gegê (Botafogo); Cicinho, Mena e Alison (Santos)
» Botafogo: Jefferson; Edilson, Bolívar, Dória, Julio Cesar; Renato, Marcelo Mattos, Hyuri (Octávio, 71'), Seedorf (André Bahia, 90’), Rafael Marques; Elias (Gegê, 82'). Técnico: Oswaldo de Oliveira.
» Santos: Aranha; Cicinho, Edu Dracena, Durval, Mena; Alison (Arouca, 69'), Renato Abreu (Neílton, 57'), Leandrinho (Everton Costa, 72'), Cícero; Gabriel, Thiago Ribeiro. Técnico: Claudinei Oliveira.


Imagem: LANCE!Net


Veja aqui os gols:




O Botafogo mostra estabilidade a cada rodada, com grandes partidas de Rafael Marques, que corre o campo todo. A defesa também está cada vez mais afinada, assim como as excelentes entadas de Octávio ao longo das partidas, os bons passes de Seedorf e toda dedicação e vontade de vencer dos atletas do clube.
Hyuri hoje não fez uma boa partida, mas como ele é muito novo ainda vai oscilar entre partidas boas e outras onde ele estará mais apagado.



Seguindo assim, ambos os títulos, do Brasileiro e da Copa do Brasil, são plenamente tangíveis.

sábado, 14 de setembro de 2013

Menino-homem com H



Xico Sá, Folha de São Paulo de hoje:



Homem que é homem curte uma rede branca, estilo véu de noiva, que só aumenta a angústia do goleiro no gol


Amigo torcedor, amigo secador, como na canção "Força Estranha", fui ao Maraca e vi um menino correndo, o tempo brincando ao redor do caminho daquele menino. Era o menino Hyuri balançando o véu da noiva, melhor, o toque foi tão sutil que a bola se aninhou carinhosamente na barra do vestido de noiva, até então virgem naquela noite caliente de Botafogo x Corinhtians.


Um gol na rede estilo véu de noiva, tradição retomada no Rio, vale mais e rebobina nas nossas cabeças as obras de arte do "Canal 100", fundamentais na educação sentimental do macho brasileiro. A rede quadrada e esticada --padrão Fifa-- tem repulsa ao gol, repulsa ao sexo, é como uma mulher reprimida, como diria Polanski, curtido em vodka polonesa e perversões no juízo.


Homem que é homem curte é uma rede branca, estilo véu de noiva, que só aumenta a angústia do goleiro na hora do gol, meu caríssimo Belchior. Rede que captura e enrosca dentro do espaço sagrado o artilheiro em busca da pelota. Homem que é homem aprecia um véu de noiva e chuteira preta. Não é, caro flamenguista David Butter? Pena que a moda é chuteira de Fashion Week.


Eu vi o menino correndo para a galera, "me belisca, me belisca", dizia Hyuri para os também incrédulos seguidores. O poder da força estranha parece estar ao lado do Botafogo este ano. Algum misterioso panteão no infinito tem compensado o alvinegro nos minutos finais. O mesmo time que tanto foi vítima do tic-tac do acréscimo do sr. juiz.


É, menino Hyuri, a vida é amiga da arte, e como bem disse ontem no "Lance!" Mauro Beting, você mantém viva a mística do 7 da camisa do glorioso. É a sagrada cabala botafoguense: Garrincha, Maurício, Túlio Maravilha 999, Vitinho no tempo da base e agora o seu 17. A dança do 17 na corrente, como canta o gênio, 100% Paraíba, Jackson do Pandeiro.


Siga a estrela solitária, que faz uma briga bonita com uma constelação inteira, o Cruzeiro do Sul. Repare no menino correndo, no tempo, de vida e de jogo, repare que o véu da noiva ainda balança o seu último gol --agora, na trilha sonora desta crônica, já toca a "Balada número 7" do Moacyr Franco, uma das melhores músicas sobre futebol.


Hoje outros craques repetem as suas jogadas, sagaz Mané, hoje o time do tempo virou. Eu vi o menino correndo como um bandeirinha na linha do impedimento. Um menino-homem com H. Um menino que tem a maior das artes não apenas para o futebol, mas para a existência, um menino que doma a afobação e não cai no caô da linha burra de viver.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Matemáticos, videntes, "probabilidades" e previsões no futebol

O matemático Tristão Garcia, que têm errado suas previsões nos últimos campeonatos nacionais e o pai-de-santo Painho, grande personagem de Chico Anysio. Quem será que acerta mais?


Mais uma vez, os matemáticos (veja aqui) querem dar seus pitacos "científicos" no futebol.  São os mesmos que davam a certeza do rebaixamento do Fluminense em 2009 e diziam que o título já era do Atlético-MG em 2012. Veja o que diziam no ano passado.
Em 2009 também, diziam que o Palmeiras tinha mais chances de ser campeão, com 62% e nem falavam do Flamengo, que levou o título, após uma grande arrancada. No momento que este texto está sendo escrito, o Cruzeiro lidera o campeonato, mas Botafogo e Grêmio estão na cola deste e podem ultrapassá-lo.

Os jornalistas deviam ignorar este tipo de coisa. Se não me engano, em 1966, cientistas fizeram cálculos nos computadores da época, que davam certeza que a União Soviética venceria a Copa daquele ano.
O que agrega este tipo de matéria? Todos sabemos que o futebol não é ciência, tampouco um esporte exato.
 Probabilidade existe no mundo financeiro e talvez em outros esportes com menos variáveis, mas no futebol não.
Utilizar uma ciência desta forma é tão picareta quanto astrólogos que, sempre antes do campeonato, fazem suas previsões sobre quem será ou não o campeão. Chega de charlatanismo com cara de "previsão" na imprensa. Por que será que a imprensa esportiva nunca questiona este tipo de tentativa de adivinhação? Já fizeram alguma matéria questionando os cálculos dos matemáticos metidos à videntes do futebol e seu índice de acertos no final dos campeonatos?

Leia também o texto sobre o tema publicado no "Mundo Botafogo".

Agora, a parte divertida: previsões de videntes, astrólogos e similares pra os clubes brasileiros:

Vejamos o que dizia um astrólogo no começo do ano, sobre o São Paulo:
"O time pode até não brilhar tanto pode não jogar bem, mas a sorte vai estar ao lado do São Paulo, principalmente nas competições internacionais”, completou".



Fatos: O São Paulo perdeu todos os torneios que disputou em 2013 e está na zona de rebaixamento.


Previa a famosa Mãe Dinah:

"A Copa Libertadores, segundo Mãe Dinah, já tem dono. Atual campeão nacional, o Fluminense será o próximo campeão das Américas. Para o Atlético-MG, grande favorito, falta fé: Cuca precisa se reforçar com artifícios que tragam sorte para poder ser campeão. "


Resultado: Fluminense eliminado no Paraguai pelo Olimpia e Atlético-MG campeão.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

A vitória do Botafogo sobre o Corinthians por 1 a 0 e a falta de ética do jornalista Rica Perrone



Observação: Rica Perrone, após as críticas, escreveu um artigo alegando que havia sido irônico no primeiro sobre a partida. Comentários sobre isto no fim deste texto. Este artigo continua válido para refutar seu posicionamento inicial sobre a partida:



A função de um jornalista e cronista esportivo é comentar as partidas independente do resultado delas ou do público. Após a vitória espetacular do Botafogo sobre o Corinthians por 1 a 0, na noite desta quarta (11), com um golaço de Hyuri, o jornalista Rica Perrone escreveu o seguinte em seu site:


Primeiramente, a foto do Maracanã vazio, tirada durante o dia, induzindo o leitor a pensar que não haviam torcedores do alvinegro do Rio no estádio.  Isto é tentar manipular o leitor que, digamos, acesse o seu site na quinta pela manhã para saber sobre o jogo e ao ver a foto, pense que literalmente o estádio ficou vazio.

Por bom-senso jornalístico, deveria ter publicado uma foto de trás dos gols, onde mais de 20 mil botafoguenses ocuparam as cadeiras. Os assentos dos setores centrais são bem mais caros e há de se levar em conta o horário do jogo: terminou por volta de meia-noite de uma quarta-feira e no dia seguinte as pessoas têm que trabalhar, procurar trabalho, estudar etc. Nem todo mundo também tem 60 reais para gastar semana sim, semana não, em um jogo, independente da fase do seu clube.

Discutindo com torcedores do Botafogo no Facebook, ele disse: "sem lotar o Maracanã, seu time deverá se contentar em jamais ser campeão novamente". Obviamente que é uma argumentação falaciosa: as grandes equipes do Nordeste lotam os estádios em todas as partidas e há anos não ganham um grande torneio nacional. Isto refuta sua argumentação.

Agora, o texto: ele diz que ficou "desinteressado" em escrever sobre o jogo, devido ao que ele julgou "desinteresse da torcida do Botafogo". Isto já foi refutado acima e ele esquece que, mesmo se o torcedor não vai ao estádio, existem outras formas do adepto do clube se interessar por este: as vendas de camisas estão em alta, o número de sócios do programa "sócio-torcedor" estão crescendo exponencialmente e as assinaturas do PFC (o sistema de pay-per-view da TV por assinatura) vêm aumentado também.

A obrigação de um jornalista, que assumiu o compromisso de comentar o resultado de todas as partidas da série A, é reportar o que ocorreu no jogo, independente do público.  Se acompanha o futebol há anos, deveria saber que a questão do público é bem mais complexa do que parece. Algumas pessoas poderiam falar que "O Flamengo lotou contra o Cruzeiro na partida de volta da Copa do Brasil", mas aí há de se lembrar que era um jogo eliminatório. Rica Perrone parece se deixar cegar pelo costumeiro ódio da imprensa paulista contra o Botafogo. Será que se a torcida do seu clube quase rebaixado, o São Paulo, não lotasse o estádio em todos os jogos, ele deixaria de falar sobre este?


Preços do jogo de ontem:

Sul Superior: R$ 60 (R$ 30 meia) - BOTAFOGO - Acessos B e C
Sul Superior (ANTECIPADO 2ª e 3ª): R$ 40 (R$ 20 meia) - BOTAFOGO - Acessos B e C
Sul Inferior: R$ 60 (R$ 30 meia) - BOTAFOGO - Acessos B e C
Sul Inferior (ANTECIPADO 2ª e 3ª): R$ 40 (R$ 20 meia) - BOTAFOGO - Acessos B e C
Norte Superior: R$ 60 (R$ 30 meia) - BOTAFOGO - Acesso F
Norte Superior visitante: R$ 60 (R$ 30 meia) - Corinthians - Acesso E
Norte Inferior: R$ 60 (R$ 30 meia) - BOTAFOGO - Acesso F
- Setor central
Premium Leste Clube: R$ 100 (R$ 50 meia)
Premium Oeste: R$ 150 (R$ 75 meia)
Nem todos recebem um salário onde R$ 100, R$ 150 não façam falta no fim do mês, para assistir dois, três jogos do Botafogo no setor mais caro (e que ficou mais vazio) do Estádio Jornalista Mário Filho

Imagine se a imprensa esportiva televisiva decida que não vai comentar o resultado de um jogo porque julga que a torcida estava "desinteressada" neste?


Seedorf agradece à torcida. Os torcedores parecem desinteressados?


Foto tirada pelo internauta João Pedro Carmona, no decorrer do jogo, embaixo das cabines de televisão, mostrando toda a área cuja renda vai para o Botafogo e não para o consórcio gestor do Maracanã.

Não tinha torcida, Perrone? Quem são estas pessoas então?

Nota: Algumas horas após ser espinafrado no Facebook, Perrone escreveu um texto tentando colocar panos quentes, alegando que estava sendo "irônico" no texto anterior. Que ao menos aprenda a não fazer mau-jornalismo, quando se julgar o juiz dos públicos do Campeonato Brasileiro. Se o segundo artigo foi sincero, por que não escreveu-o logo? Se ele se acha no direito de ser "irônico" e praticar um jornalismo ruim ao escrever a crônica de um jogo, eu tenho o direito de dizer que ele deveria ter sido imparcial e correto na primeira análise sobre a partida. Creio que ele só escreveu o segundo após perder curtidas, compartilhadas e comentários em sua página na rede social, mas enfim.


terça-feira, 10 de setembro de 2013

Jornalista que criticou "cara de empregada" de cubanas é processada



Com base em uma ação movida por uma ex-empregada doméstica, a jornalista potiguar Micheline Borges vai responder a um processo por danos morais na Justiça em razão das críticas postadas no Facebook à aparência das médicas cubanas contratadas para atuar no interior do País por meio do programa Mais Médicos. Em sua página da rede social, Borges manifestou receio sobre a capacidade das profissionais estrangeiras porque, segundo ela, teriam “cara de empregada doméstica”. No post, publicado em 28 de agosto, após a chegada dos médicos estrangeiros ao País, a jornalista disse que não gostaria de ser tratada por pessoas “descabeladas, de chinelos e sem lavar a cara”; segundo ela, o médico deveria ter “cara de médico” e “se impor pela aparência”.

Quem assina a ação é a presidente do Sindicato das Empregadas e Trabalhadores Domésticos (Sindidoméstica) da Grande São Paulo, Eliana Gomes de Menezes, que diz representar “todas as empregadas domésticas do Brasil, haja visto ter sido empregada doméstica e faxineira, conhecedora de todos os rótulos e preconceitos contra esta classe trabalhadora”. Segundo ela, “Micheline Borges menospreza a potencialidade das médicas cubanas e trata com desprezo e discriminação as nossas empregadas domésticas”.

O valor da indenização requerida é de 27 mil reais. O processo foi distribuído na 1ª Vara do Juizado Especial Cível de Vergueiro, na capital paulista.

A ação tem a assessoria jurídica da Federação das Empregadas e Trabalhadores Domésticos do Estado de São Paulo, da qual o sindicato é afiliado. No documento, a dirigente cita um artigo do jurista Luiz Flávio Gomes, segundo quem “a declaração foi feita com base na ‘cara’ das médicas, caras negras ou pardas escuras, caras essas que os arianos (como Hitler) discriminam como feias ou malvadas”.

“A Federação das Empregadas e Trabalhadores Domésticos do Estado de São Paulo e sindicatos filiados não admitem que preconceitos, discriminações, descasos, maus tratos, injustiças, continuem tão arraigadas na mentalidade dos cidadãos brasileiros”, escreveu. “É imprescindível absorver as mudanças e notar que o Brasil não é feito de brancos, negros, amarelos, vermelhos, mas sim, da miscigenação de todos esses povos. O país desenvolveu em tantos aspectos desde seu descobrimento, mas a sociedade não conseguiu acompanhar esses avanços.”

Segundo Camila Ferrari, assistente jurídica da federação, ainda não foi definido se a jornalista será ouvida em São Paulo ou se o processo será encaminhado para o Rio Grande do Norte, onde foi postada a ofensa.

A repercussão do comentário levou a jornalista excluiu o seu perfil das redes sociais e se desculpou. "Foi um comentário infeliz, foi mal interpretado, era para ser uma brincadeira, por isso peço desculpa para as empregadas domésticas”, escreveu Micheline.

domingo, 8 de setembro de 2013

Botafogo derrota Criciúma, por 2 a 1, de virada









Apesar do erro no gol cedo, o Botafogo hoje mostrou que Oswaldo de Oliveira tem estrela. Apostou corretamente no meia Octávio e a equipe evidenciou uma grande entrega na segunda etapa, mostrando que quer levar os dois campeonatos. Vitória na raça.
Milton Rafael jogou bem e fez defesas importantes na partida, influenciado pelo bom clima da equipe. Não poderia também falar do golaço, em um lance de técnica e de oportunismo, de Elias.


Análise do meu amigo Rui Moura, grande botafoguense de Portugal:


Os dirigentes fazem o desmanche do elenco? Não tem problema: Oswaldo vai buscar os garotos vindos da base. Não tem Seedorf? Não tem problema: pode-se escalar Renato para mesclar a experiência com a juventude. Jeferson foi para a Seleção? Não tem problema: escala-se Renan. Renan faz asneira e é expulso? Também não tem problema: há Milton Raphael. Saiu o vitinho? Não tem problema: entrou Hyuri estreando-se com dois gols, e um deles um golaço de categoria mundial. Hiury não consegue fazer golaço? Não tem problema: Elias faz outro golaço de categoria mundial.


Meus amigos, nunca vi um Botafogo assim há mais de 20 anos. Talvez desde 1989.


O treinador teve que tirar da cartola coelhos inexistentes, mas os milagres vão acontecendo. E Oswaldo Oliveira também tem pouco por onde errar dadas as faltas de opção e a necessidade premente de substituir da melhor forma os ‘desmanchados’, os lesionados e os suspensos. Porém, na verdade, as opções vão acontecendo com Octávio, Hyuri, Gegê, além de outros jovens já consagrados como titulares: Gilberto, Dória, Gabriel.


Além disso, Oswaldo Oliveira deixou de recuar o time, razão que nos fez perder seis preciosos pontos no final das partidas, passando sistematicamente a efetuar substituições com caráter ofensivo. Não sei porque é que decidiu mudar a sua postura, mas sei que o resultado é bom. Provavelmente ouviu as críticas e emendou a mão. Ou tem lido o Mundo Botafogo, que sistematicamente o criticava por opções erradas, enquanto nos últimos jogos tem sido imensamente feliz nas suas opções. Além de comprovar que as críticas negativas do Mundo Botafogo eram fundadas. As críticas agora só podem ser positivas.


E inacreditavelmente, para quem não fez gols, nem coisa alguma, em 20 jogos, Rafael Marques revela-se uma peça fundamental no equilíbrio do time, marcando gols importantes e dando passes açucarados para os companheiros finalizarem vitoriosamente.


Temos um Botafogo que além de difícil de bater, que luta até ao último instante. E esta torcida pode dar-se por muito feliz: num jogo um golaço de Hyuri , no outro jogo um golaço de Elias.


Os três próximos jogos são muito difíceis, e dos resultados que o Botafogo consiga alcançar dependerá certamente o caminho a seguir no que concerne a eventual priorização de uma ou outra competição que estamos disputando.


Porém, aconteça o que acontecer, é uma felicidade ver um time tão coeso e determinado como este. De tal modo que até o treinador começou tomando jeito e faz o triângulo do sucesso: jogadores, comissão técnica e torcedores.


Parabéns, rapazes!

sábado, 7 de setembro de 2013

Requeijão original um tanto mudado

Vídeo que mostra como a indústria adultera receitas originais de produtos simples, além de usar termos que podem enganar o consumidor na embalagem:


Invenção interessante: Água que sai pelo ralo deixa o banho quente



Em tempos de escassez de água – mais ou menos um terço da população mundial não tem acesso pleno ao recurso –, o tecnólogo brasileiro José Geraldo de Magalhães, da Fapesp, inventou um jeito de aproveitar melhor todo o potencial que a água pode nos oferecer!

A invenção recebeu o nome de “Recuperador de calor para chuveiros elétricos” e utiliza a água quente que escorre ralo abaixo durante o banho para reduzir em até 50% os gastos com energia elétrica.

Como? Não é tão mirabolante! Tudo o que você precisa é colocar um Recuperador em cima do ralo do banheiro. É uma espécie de tapetinho (veja na foto!), com uma placa de calor de alumínio dentro, que usa a energia térmica da água quente do banho para esquentar a água fria da caixa d’água, que vai para o encanamento do chuveiro. Desse jeito, a água fica pré-aquecida, o que diminui pela metade os gastos com eletricidade durante o banho.

A tecnologia foi comprada pela empresa Rewatt Ecológica e pode ser instalada em qualquer banheiro. Só não vale se empolgar com a novidade e gastar horas debaixo do chuveiro!

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Botafogo 3 x 1 Coritiba









Excelente partida do Botafogo contra o Coritiba, na estreia do promissor Hyuri, atacante vindo do Audax-RJ.
Seedorf fez uma partida mediana e ao meu ver forçou o cartão para não jogar contra o Criciúma.
Renan, no gol, esteve inseguro e cometeu um pênalti infantil Agora, a torcida alvinegra terá que torcer pelo Milton Rafael contra o time de Santa Catarina.
Mais uma boa partida tática de Rafael Marques, além do gol. A prova de que temos elenco é a boa entrada do Octávio, que deu um passe para o Gabriel quase marcar.
A sorte do Botafogo é que o time tem uma zaga muito boa e que deverá dar uma boa proteção ao Milton Raphael.

Mais uma inutilidade da indústria alimentícia: "Limão espremido"

A marca "Cocinero" lançou o tal do "Limão espremido", para as pessoas usarem em seus pratos. Custa cerca de R$ 6,00. Com R$ 4,00, você compra um quilo de limão.



Veja o que encontrei na lista de ingredientes:


Água, suco concentrado de limão, conservantes:benzoato de sódio, sorbato de potássio, antioxidantes:metabissulfito de sódio, ácido ascórbico, aromatizantes/ saborizante.


Vamos ver um dado sobre o metabissulfito de sódio:

Quando misturado com água, o metabissulfito de sódio libera dióxido de enxofre (SO2), um gás de odor pungente, desagradável que também pode causar dificuldades respiratórias em algumas pessoas. Por esta razão, o metabissulfito de sódio caiu de uso comum em épocas recentes, com os agentes tais como o peróxido de hidrogênio tornando-se mais populares para a esterilização eficaz e inodora de equipamentos. O dióxido de enxofre liberado entretanto faz da sua solução em água um forte agente redutor.Quando misturado com água, o metabissulfito de sódio libera dióxido de enxofre (SO2), um gás de odor pungente, desagradável que também pode causar dificuldades respiratórias em algumas pessoas. Por esta razão, o metabissulfito de sódio caiu de uso comum em épocas recentes, com os agentes tais como o peróxido de hidrogênio tornando-se mais populares para a esterilização eficaz e inodora de equipamentos. O dióxido de enxofre liberado entretanto faz da sua solução em água um forte agente redutor.


Com limão espremido, você faz uma limonada natural. O que tem de natural em uma garrafa que vende "limão espremido" com  um composto que pode virar dióxido de enxofre?

Entrei em contato com o fabricante, perguntando: "Como afirmam que é puro limão se possui tantos compostos químicos?".

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Comer bem pode ser barato, diz nutricionista



Alimentar-se bem custa caro? Segundo a professora do Departamento de Nutrição da Universidade de Brasília Kênia Mara Baiocchi, pequenas mudanças nos hábitos diários podem garantir melhor qualidade de vida e comida saudável pode não representar reais a menos no bolso. Para ela, as escolhas na hora de fazer compras no supermercado ou de montar um prato em um restaurante self-service podem fazer grandes diferenças para a saúde.

“A gente precisa quebrar alguns paradigmas. Alimentação saudável pode ser cara e pode não ser, depende das escolhas. É claro que um kiwi, um pêssego, uma ameixa, uma cereja, uma lichia são alimentos saudáveis e muito caros. Mas a banana, a laranja, o abacaxi, a melancia não são caros”, explica. “Só não pode comprar e deixar apodrecer em casa, tem que consumir. Tem que ter o hábito e a educação de procurar esses alimentos”.

Kênia diz que a vida moderna trouxe o estresse, a falta de tempo e o sedentarismo, mas é possível ser saudável nesse ambiente que ela chama de obesogênico. Uma pesquisa divulgada na última semana pelo Ministério da Saúde mostra que 51% da população acima de 18 anos estão acima do peso ideal. O levantamento mostra que 22,7% da população consomem a quantidade recomendada de frutas e verduras - cinco ou mais porções por dia em pelo menos cinco dias na semana.

“A alimentação fora de casa é uma realidade, cada vez mais a gente tem que recorrer ao almoço fora de casa. Muita gente recorre ao self-service. Aí está o trabalho de educação ou reeducação, quando é o caso”, diz Kênia. Nesses restaurantes está disponível uma alimentação saudável, avalia, “mas as pessoas colocam tudo no prato, sem buscar nenhuma harmonia. É peixe com feijoada e sushi no mesmo prato”.

Segundo ela, nenhum desses alimentos está proibido, mas é preciso balancear. “Eu posso ter o dia da feijoada, mas nesse dia eu não como peixe, como apenas a feijoada e é um dia na semana”.

Uma alimentação saudável, para o Ministério da Saúde, é, em termos gerais, saborosa, variada, colorida, acessível do ponto de vista físico e financeiro, equilibrada em quantidade e qualidade e segura sanitariamente. Mas essa alimentação ainda tem que ser adotada por parte dos brasileiros.







Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, apesar de haver uma ingestão satisfatória de proteínas, o consumo excessivo de açúcares foi observada em 61% da população, o de gorduras saturadas, em 82%. O consumo insuficiente de fibras foi observado em 68% dos brasileiros. Quanto ao sal, o consumo diário no país é 12 gramas, enquanto o recomendado pela Organização Mundial da Saúde é 5 gramas.

Além do excesso de peso, outros problemas são associados aos maus hábitos alimentares, como pressão alta, colesterol alto e diabetes.
Foram esses problemas que fizeram a dona de casa Maria Selva mudar os hábitos alimentares. Ela tem pressão alta e diabetes. “Como arroz, feijão, carne. Verdura e salada, só de vez em quando porque não gosto. Mas como bastante fruta”. A dona de casa Vilani Oliveira também mudou os hábitos depois dos 50 anos, por recomendação médica, pois tinha o colesterol alto. Hoje, com 65 anos, faz caminhada e academia quase todos os dias. Junto com o exercício, veio a mudança na alimentação. “Comecei a me exercitar e passei a comer alimentos com pouca gordura, pouca carne vermelha”.




Agência Brasil