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sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Mais mentiras de Serra no horário eleitoral e a picaretagem do Jornal Nacional
Mais um vexame de picaretagens e mentiras no programa eleitoral na TV de José Serra (PSDB/SP), de quinta-feira à noite.
O demo-tucano disse que “fez” o bilhete único em São Paulo. Qualquer paulistano sabe que é mentira, pois quem criou foi a prefeita Marta Suplicy, do PT, quando foi prefeita.
Um dos motivos para Dilma ultrapassar Serra em São Paulo com facilidade, é justamente estas mentiras.
Quando Serra mente na maior cara-de-pau para o resto do Brasil, se desmoraliza em São Paulo.
As pessoas desavisadas de outros lugares do Brasil poderiam se impressionar com uma mentira destas, mas o telespectador paulista reconhece as mentiras no ato.
O Paulista vê, estarrecido, as mentiras de Serra na TV sobre segurança pública, sobre educação, sobre saúde, sobre pedágios, sobre engarrafamentos, sobre a cracolândia de São Paulo, sobre alagões, porque sente na própria pele.
Na TV Serra mostra um metrô vazio, o paulistano sabe que o metrô anda super-lotado, e sabe que o Metrô cresceu pouco em São Paulo, por causa de acidentes como a cratera do metrô (com 7 mortos), por causa do dinheiro da suposta propina da Alstom, e outras coisas.
A mentira na TV continuou no programa de quinta-feira, quando Serra disse que fará o bilhete único em todas as cidades quando for presidente.
É outra mentira descarada, porque presidente não regula transporte urbano. Quem tem competência para fazer isso é só o prefeito, ou o governador (quando as linhas de ônibus ou trens são entre municípios vizinhos, como acontece em regiões metropolitanas).
Além da mentira, Serra é tão sem-noção que faz campanha para presidente como se fosse para prefeito.
Paulo Henrique Amorim.
No deserto jornalístico de Kamel, bebê deixa Serra falando sozinho
por Luiz Carlos Azenha
Gastei meia hora de meu precioso tempo noturno, ontem, para testemunhar ao vivo o Jornal Nacional.
Teve a leveza e a graça de uma autópsia.
O Jornal Nacional faz de conta que não estamos às vésperas de uma eleição histórica. Para o JN, o Brasil é um grande cenário, onde as estrelas da Globo são os protagonistas. Elas cortam os céus a jato, se protegem da chuva na cabine e usam o povo como coadjuvante para suas grandes descobertas: potiguar, sei agora, é comedor de camarão.
Higienicamente separados da cobertura política por um bloco inteiro de notícias, os artistas da Globo preocupados com a eleição não se misturam com a política partidária, que isso é coisa de bandido.
O bloco de cobertura de eleições é o bloco policial do JN.
A polícia paulista mostra serviço apurando a quebra de sigilo fiscal, que é o centro da cobertura “política” da Globo. Em seguida, os candidatos são usados como meros coadjuvantes para fazer jogo-de-cena no roteiro de Ali Kamel.
Falam José Serra e Marina Silva, martelando tudo o que já disseram dezenas de vezes ao longo dos últimos dias. Por último, Plínio de Arruda Sampaio dá seu recado de alguns segundos. É a “democracia”, versão JN.
Essa paródia jornalística nos é apresentada como “jornalismo imparcial”.
Com o cuidado de omitir toda e qualquer informação que possa jogar alguma luz sobre o momento. Ontem foi um dia especialmente farto em números da economia: as vendas de cimento cresceram 14,6% de janeiro a agosto; as vendas de material de construção devem crescer 11% em 2010; “Um milhão de brasileiros deixam a pobreza mesmo com a crise”, diz a FGV; Caixa Econômica Federal vai emprestar 70 bilhões em 2010 para a habitação, diz o G1. E por aí vai.
Mas, presumivelmente para não ajudar a candidata do governo, o JN simplesmente suspendeu as “notícias boas” — como, aliás, já fez em 2006 (Marco Aurélio Mello, então editor de Economia do JN na praça econômica mais importante do Brasil, recebeu ordens do Rio de Janeiro para “tirar o pé”).
Ou seja, se de fato Dilma Rousseff vencer pela margem que se imagina que vá vencer, em primeiro turno, o público cativo do JN certamente será pego de surpresa.
Seria exagero imaginar que Ali Kamel criou esse deserto jornalístico noturno apenas para ver brilhar a flor da indignação ensaiada de José Serra.
Hoje, ainda sem falar uma palavra, o neto da Dilma roubou a cena. Foi a “notícia política” da noite.
Além de conhecê-lo, nessa meia hora fiquei sabendo que o Ernesto Paglia gosta de comer camarões, que o sorteio do destino do jatinho é “honesto” e que a proposta do Serra… qual é mesmo a proposta do Serra?
Luiz Carlos Azenha.
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