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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Exame do Cremesp reprova 54,5% dos formandos em medicina



Mais da metade dos estudantes que concluíram o curso de medicina nas universidades de São Paulo não tem domínio de áreas básicas para exercer a profissão. O resultado foi apresentado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) nesta quinta-feira (6) com base no resultado do exame de proficiência que passou a ser obrigatório neste ano. Dos 2.411 participantes, 54,5% não acertaram 60% das questões e foram reprovados.

O Cremesp ainda identificou que 119 alunos boicotaram as provas, sendo que 86 responderam letra 'b' em todas as questões, e 33 apresentaram outros padrões inconsistentes de respostas.

O mau desempenho no exame não impede que o candidato obtenha o registro junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM) para atuar porque não há uma legislação específica, assim como ocorre com o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Mesmo os estudantes que fizeram o boicote terão o registro, segundo o Cremesp. A diferença é que estes receberão a permissão para atuar mais tarde do que os demais, no práximo máximo de 31 de janeiro de 2013.







O presidente do Cremesp, Renato Azevedo Junior, disse que vai propor discussões nas escolas e encaminhar os resultados para o Ministério da Educação. "Nossa proposta é chamar atenção da sociedade brasileira. O resultado é preocupante e confirma nossa suspeita de que há um grave problema na formação dos médicos. O problema precisa ser enfrentado", diz.

Os alunos vão receber os resultados individuais de desempenho, bem como as escolas. Porém, o conselho não fará a divulgação por instituição de ensino. "Contribuímos dando os resultados e há um compromisso moral de não divulgarmos", afirma Azevedo. Um dos motivos é evitar as comparações por meio de rankings.

A prova teve 120 questões objetivas de múltipla escolha consideradas de fácil e média complexidade. Até em áreas cruciais a média de número de acertos foi baixa, como clínica média (média de 53,1% acertos), saúde pública (46,1%) e saúde mental (41%).


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