É curioso notarmos como evolução da tecnologia e da velocidade da informação mudaram o jornalismo tão rapidamente. Em poucas décadas aquele jornalismo romântico e sem tanta pressa se transformou em uma atividade frenética, onde às vezes domina o excesso de informações. Quando você compra um jornal, o desenrolar de uma história já pode estar bem diferente do que você leu.
Alguns exemplos tornam os avanços mais emblemáticos. A história do videotape demonstra isso. Até a Sony popularizar as câmeras de vídeo que usavam fitas, os telejornais dependiam das câmeras com filme de rolo, exatamente como no cinema. Era preciso revelar o filme para então as notícias irem para o jornal na TV. Um dia, em uma feira de novas tecnologias, a Sony apresentou sua tecnologia. Até então visto com ceticismo, houve um incêndio próximo à feira. Rapidamente mandaram alguém com a câmera e o fato foi registrado. Assim caiu o ceticismo e a câmera de vídeo que utilizava fita caiu nas graças de quem precisa das imagens com rapidez.
E atualmente? Com a proliferação das memórias digitais nas câmeras, com os HDs e as memórias flash, é extremamente fácil registrar um fato jornalístico e jogar na internet, por exemplo.
O "jornalismo cidadão", aquele em que a pessoa está no meio da notícia e registra o fato antes da imprensa ganha força. Muita gente pensa que por isso o jornalismo tradicional não será necessário. Grande engano.
Mesmo com toda a facilidade e rapidez de captar algo, sempre será essencial a qualidade técnica do jornalista, com as boas técnicas de redação e apuração. Porém mais importante que a quantidade de informações é a qualidade, e é nisso que os jornalistas devem se focar. Cidadãos comuns podem ser os primeiros à registrarem algo importante e inédito, mas o jornalista sempre terá o que "lapidar" na história.
Um vídeo curioso, que mostra o jornalismo de antigamente:
Nenhum comentário:
Postar um comentário