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domingo, 30 de junho de 2013

Fascistas de Facebook



Multidões nas ruas não me impressionam: o nazismo levou o povo alemão em peso às praças e avenidas de Berlim e grandes cidades germânicas nas décadas de 1930 e 1940, iconografia que pude estudar nos filmes de Leni Riefenstahl durante minha tese de doutorado (“Telejornalismo: estética do engodo”, PUC-SP, 1994). O que se vê agora no Brasil são estudantes classe média (coadjuvados por seus pais) expressando difusamente sua revolta diante de um aumento insignificante (para eles) na passagem de ônibus (como já lembrou alguém: um reajuste de 8 reais no mês, que corresponde a três refrigerantes, cuja suspensão comprometerá o investimento em creches, hospitais e moradias populares), e de quebra protestando contra tudo, como sonham há anos os jornalistas-tuiteiros: criminalidade, corrupção, gastos com as Copas e as Olimpíadas, PEC 37. Nem uma palavra contra os militares de 64 e os torturadores ainda impunes. Ao contrário, alguns se autointitulam “filhos da Revolução” (?!).

Essa “geração canguru” (fica na casa dos pais até se casar, o que pode significar até os 40 anos porque é careta, despolitizada, consumista e de baixa libido: parece que sua carga hormonal é substituída pela adrenalina, que eles aplicam na preferência por filmes de ação, esportes radicais ou em torcidas de MMA – o que explica os casos de vandalismo) deve estar alegrando os velhos milicos da ditadura, pois rejeitam todo tipo de político e de partidos: nenhum deles presta, portanto o Congresso Nacional poderia muito bem ser fechado.

Alguém precisa avisar a essa moçada, que barbariza nas redes sociais Renan Calheiros e o pastor Feliciano, que ambos foram legitimamente eleitos pelo voto. Também me oponho enfaticamente aos dois, mas respeito o voto de quem os elegeu. Não é o que ocorre com quem quer impor sua vontade no grito. E essa geração Facebook, intolerante e exibicionista como ela só, muito chegada a festas, fotos e face e mimada pelos pais, não costuma considerar isso. A eleição de um corrupto para presidir a Câmara é um dos riscos da democracia representativa. Há que se deixar de votar nos responsáveis por isto. Mas é preciso acatar o direito de Feliciano dizer besteira e combatê-lo politicamente, e não pretender simplesmente que meu voto tenha mais valor do que o voto de quem o elegeu: “Não concordo com uma palavra do que você diz, mas defenderei até a morte o direito de dizê-las” (é a máxima voltaireana aplicada inclusive aqui no OI).

Golpismo de classe média

No Rio o buraco foi mais embaixo. Porque os cariocas são os cidadãos mais vaidosos do país e estão com a autoestima abalada, entre outras coisas, pela interdição do Engenhão, pelo “estupro” simbólico do Maracanã e pelo estupro literal da turista americana. Encheram as ruas para resgatar sua imagem de “cidade maravilhosa” perdida, em busca dos holofotes internacionais, já que a Copa das Confederações garante visibilidade mundial.

Atrapalhar (o que já ocorre com a Copa das Confederações) ou até cancelar a Copa do Mundo é o preço que o país poderá pagar por essa garotada desorientada, parte da qual mobilizada por tuiteiros (alguns têm milhares de seguidores. Só o Mauro César Pereira botou 35 mil nas ruas. Ele só não contava com eles cantarem: “eu sou brasileiro/ com muito orgulho/ com muito amoor”).

Porque, não se iludam, o povão não caminhou ao lado desses coxinhas. Lembram-se do 1º de maio, dia do trabalhador? No mundo inteiro, em crise braba, teve passeata, e no Brasil de baixo desemprego e salários reajustados acima da inflação, só shows de comemoração da data? Lá tinha povo. Lembram do comício das Diretas Já? Um milhão de pessoas, lá tinha povo. Nessas manifestações de agora, há vândalos entre a garotada universitária (77%, segundo o Datafolha). Não deixa de ser uma ameaça de golpismo de classe média, uma demonstração de força de uma classe específica.

Futuro imprevisível

Tão cândido o apoio de Tostão, concordando com um manifestante, de que trocava o sistema educacional do Japão pela vitória do Brasil contra o país. Primeiro, que o Japão é do tamanho de Goiás. Depois, o sistema educacional do Japão é tão opressivo que até crianças se suicidam quando não vão bem nos estudos. Conclusão: o Índice de Desenvolvimento Humano não mede o índice de felicidade de uma sociedade.

Acho legítimo protestar, reivindicar, ir às ruas. Acho fascismo se impor ao direito de ir e vir dos outros, hostilizar imprensa e partidos, tentar impedir a realização de eventos internacionais aos quais, acredito, a maioria do povo brasileiro, se consultado, se diria orgulhoso de abrigar. Se houve corrupção, cabe ao Poder Público apurar e punir. Tem razão o manifestante democrático que apelou para o humor, ao exibir o seguinte cartaz, em Vitória, ES: “Não adianta vir como um leão ao movimento se na eleição você vota como um jumento”.

A imprensa internacional diz que o futuro destes movimentos sociais (que, insisto, têm caráter classista) é imprevisível, mas arrisco um palpite: o povão adorou a redução de tarifas conquistadas no grito pelos fascistas de Facebook (por mais que a mídia interesseira doure a pílula, nesses jovens tecnófilos não cabe o rótulo de “idealistas”) e na próxima vez que os poderes públicos, seja quem for que estiver no comando, tentarem aumentar as passagens, os trabalhadores vão engrossar as passeatas de classe média e o país se tornará bem difícil de governar.

***

Silvia Chiabai é jornalista

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Classe-média raivosa odeia pobre e não quer que ele vote!



A foto foi parar nas redes sociais e criticada por causa de uma das três reivindicações no cartaz: “Recebe Bolsa Família? Sem direito à voto” [sic].

A ideia (ao que tudo indica) parece ser que se você está recebendo auxílio do governo, você pode tornar-se massa de manobra facilmente influenciada pelo governo de plantão. Logo, não poderia votar.

Essa, aliás, é mais ou menos a mesma razão pela qual os conscritos ainda não podem votar.

Levando essa proposta às suas últimas consequências, deveríamos também excluir outros grupos do processo democrático. Por exemplo, todo universitário estudando em uma universidade pública deveria ser excluído. Afinal, dependem do governo para estudarem. Aposentados também deveriam ser excluídos porque estão recebendo dinheiro do governo. E quem dirá de qualquer pessoa que já recebeu vacina contra pólio? E dono de empreiteira que tenha contrato com governo deveria estar automaticamente fora. Por via das dúvidas, deveríamos também excluir seus trabalhadores pois seus salários são pagos pela empreiteira. Pacientes do SUS também recebem assistência médica gratuita e por isso não poderiam votar. Qualquer pessoa que tenha se beneficiado de policiamento nas ruas ou que algum dia tenha parado no sinal de trânsito ou mesmo usado uma rua asfaltada ou iluminada também seria suspeito de ser massa de manobra. Afinal, usou um serviço público gratuito.

A lista é grande e basicamente todos nós apareceríamos em algum lugar nela. Em uma sociedade, estamos corriqueiramente interagindo com o governo, e em muitos momentos o governo paga por algum serviço que utilizamos quase sem notarmos. Muitas vezes ele nos financia diretamente; outras vezes, indiretamente.

O resumo da ópera é que, primeiro, não há serviço público gratuito. Todos pagamos por eles de uma forma ou de outra. E, segundo, não há como dizermos que não nos beneficiamos de algum serviço do (ou pagamento feito pelo) Estado, simplesmente porque vivemos em uma sociedade.

Mas isso não quer dizer que o protesto não levante questões importantes para nossa democracia.

Uma vez a cada dois anos somos chamados a votar. E esse é um momento no qual todos temos o mesmo poder de voto. Seja branco, seja negro; seja homem, seja mulher; seja analfabeto, seja doutor; seja pobre, seja rico. Um voto por eleitor. É o único momento no qual, embora não sejamos iguais, temos exatamente o mesmo poder.

Excluir qualquer grupo fere nossas noções básicas de justiça. Tente imaginar o sentimento se voltássemos à década de 1920, quando apenas homens podiam votar? Ou se reinstituíssemos o voto censitário (aquele no qual apenas pessoas com patrimônio ou renda acima de um determinado valor podem votar)? Ou se excluíssemos todos os negros, como acontecia durante a escravatura?

Soa estranho, não?

Mas ainda assim fazemos isso todos os dias, sem notar.

Não são apenas os conscritos mencionados acima que são excluídos. Loucos também o são. Condenados presos também não votam. E pense nos milhares de estrangeiros que trabalham e pagam seus impostos no Brasil, respeitam as leis brasileira, contribuem para com nossa economia e cultura (e muitas vezes têm famílias brasileiras) mas, como não são brasileiros, não podem escolher quem faz as leis que os afetam?

A decisão sobre quem está apto a votar ou não é algo que muda com o tempo. Pode parecer absurdo para as gerações futuras que hoje aceitemos a ideia de excluirmos parcelas de nossa população, assim como hoje achamos estranho que alguém possa querer reinstituir o voto censitário.

Mas existe um segundo debate importante aqui. E ainda mais delicado.

Nos acostumamos com a noção de democracia. Mas, de todos os sistemas já tentados, a democracia é o mais novo. Durante a história humana, passamos a maior parte do tempo sob ditaduras, teocracias etc. As democracias modernas não têm mais de cem ou duzentos anos, se tanto. Talvez tenham nascido no fim da década de 1960.

E, como tal, democracia não é algo pronto e acabado. Ela é ainda um sistema em formação. Estamos aprendendo a ser democratas na prática e na marra. Daí protestos como o acima que aparecem vez por outra.

Uma das poucas coisas que todas as democracias modernas têm em comum é que cada eleitor tem um voto. Para uma parcela da sociedade chegar ao poder por meios democráticos, basta ter mais gente. Mas isso gera questões importantes e para as quais ainda não temos soluções definitivas.

O que acontece, por exemplo, se um segmento da sociedade começar a ter uma taxa de natalidade maior, seja por questões religiosas, financeiras, geográficas ou o que seja? Afinal, com o tempo passarão a ter mais votos.

Se um segmento que tenha uma taxa de natalidade maior for a favor de restringir ou mesmo abolir a democracia, deveríamos excluí-los do processo democrático simplesmente porque suas opções ou condições pessoais fazem com que seu grupo tenha mais votos? Ou deveríamos aceitar o fato de que democracia é de fato o governo da maioria e, se a maioria quiser acabar com a democracia, ela deve ter tal direito? Ou seria mais justo estabelecermos um número máximo de representantes que podem ter (ou, alternativamente, um número mínimo que as minorias deve ter), independente de quão insignificante seja tal minoria ou de quão prevalescente seja tal maioria?

Se isso pode parecer muito abstrato, pense no que acontece nas eleições para Câmara: há um número máximo de representantes por Estado (70), e um número mínimo (8), justamente para não se permitir que um Estado como São Paulo consiga se impor ao resto do país, ou um Estado como Roraima desapareça do mapa político.

Ou pense nas dezenas de manchetes que você já viu dizendo que algum lobista influenciou um parlamentar a aprovar algo que beneficia uma minoria, em detrimento da maioria.

Todas essas questões têm um mesmo ponto em comum: ainda não achamos uma fórmula ideal que respeite a vontade da maioria sem desrespeitar os direitos das minorias.

Novamente: democracia não é um prédio pronto. É um canteiro de obras em constante construção.







Para entender direito

Ministério da Justiça abre processo contra Telexfree por indícios de pirâmide financeira



Ministério da Justiça abriu processo administrativo nesta sexta-feira (28) contra a empresa Telexfree, nome fantasia da Ympactus Comercial Limitada, por indícios de formação de pirâmide financeira.

A empresa, que tem sede no Espírito Santo, mas atuava pela internet, terá agora dez dias para apresentar sua defesa e poderá ser multada em até R$ 6 milhões caso fique comprovada a fraude.

A Telexfree se apresenta em seu site como fornecedora de serviços de voz. Mas faz propaganda de enriquecimento fácil a quem se torna "divulgador" dos serviços da empresa.

O trabalho oferecido pela TelexFree consiste em espalhar anúncios pela internet. Para participar, contudo, o colaborador tem de pagar uma taxa de adesão e comprar um "kit" que o habilita à função.

A empresa oferece ainda o pagamento de comissão a quem trouxer mais membros.

A Telexfree está proibida de aceitar novos colaboradores desde junho por determinação da 2ª Vara Cível de Rio Branco, sob pena de multa de R$ 100 mil a cada nova adesão. O caso chegou à Justiça após ação do Ministério Público do Acre. Uma mensagem no site alerta o internauta sobre a decisão judicial.

A Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), vinculada ao Ministério da Justiça, iniciou investigação sobre o caso em março deste ano após receber denúncias de diversos Procons e do Ministério Público do Acre.













"A prática de esquemas de pirâmides, além de crime, acarreta danos irreparáveis aos consumidores. As empresas que incorrerem nessas práticas também serão sancionadas com base no Código de Defesa do Consumidor", alertou Amaury Oliva, diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, da Senacon.


Folha de SP

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Financial Times diz que manifestantes brasileiros são um bando de coxinhas



Consumismo + Alienação = Coxinhas


Slogans em protestos revelam consumismo e alienação, diz FT
BBCBrasil.com


Em longo artigo assinado pela colunista Samantha Pearson, o jornal britânico Financial Times examina a adoção de slogans publicitários pelos manifestantes que vêm tomando as ruas de diversas cidades brasileiras no último mês.


A publicação lembra que o uso de motes de campanhas em protestos não é uma novidade em protestos em todo o planeta.


"Mas os manifestantes no Brasil tomaram um caminho incomum, usando os populares slogans para defender causas não relacionadas (aos slogans). É um sinal, dizem sociólogos, de excessivo consumismo e alienação política", observa o FT.


"Sem esforço, a italiana Fiat e a britânica Diageo, dona da marca de uísque Jonnhy Walker, se tornaram patrocinadores não oficiais dos maiores protestos

terça-feira, 25 de junho de 2013

Comissão da Câmara aprova projeto que torna transporte um direito social



Em meio às manifestações que tomam conta das ruas e numa tentativa de criar uma agenda positiva, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara aprovou nesta terça-feira (25) uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que incluiu transporte entre os direitos sociais previstos na Constituição.

Com isso, o governo passa a ser obrigado a desenvolver políticas públicas e investimentos específicos voltados para o setor, assim como faz com educação e saúde.

O texto segue para análise de uma comissão especial que será criada pela Casa e, se aprovado, terá que ser votado, em dois turnos, pelo plenário da Câmara, precisando do aval de 308 dos 513 deputados. Não há prazo para a criação da comissão.

A proposta foi apresentada em 2011 pela deputada Luiza Erundina (PSB-SP). Durante o debate, deputados se manifestaram a favor da proposta e disseram que ela responde aos anseios da sociedade que tem ido às ruas em busca de melhorias no transporte público.

Segundo o líder do PSB, Beto Albuquerque (RS), a proposta exige que os governos estabeleçam um novo sistema de transporte público. "O governo deixa de ser apenas um intermediário e terá que assegurar o transporte público com qualidade e não apenas oferecer o transporte".

Erundina negou que a medida seja uma resposta aos protestos porque está para ser analisada desde 2011, mas disse que está em sintonia com o movimento.




Folha

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Planalto sugere 7 de setembro ou 15 de novembro como datas para plebiscito da reforma política



O ministro da Educação, Aloizio Mercadante informou, nesta segunda-feira (24), que será encaminhado ao Congresso Nacional a proposta de plebiscito popular para a formação de uma constituinte com o objetivo de discutir a reforma política.

Segundo o Mercadante, sugestão é que o plebiscito seja realizado ainda este ano, ou no dia 7 de setembro, quando se comemora da Independência do Brasil, ou 15 de novembro, quando se celebra a Proclamação da República.

O ministro lembra que a proposta será enviada ao Congresso Nacional, para que os parlamentares autorizem a consulta popular.

— Quem vai moldar esse encaminhamento é o Congresso Nacional que é a única instituição que pode autorizar.

R7

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Cidadão politizado participa da vida política do país o ano inteiro

A recente onda de manifestações que tomou o país é o reflexo de uma sociedade que não conseguiu educar para a cidadania diária seus milhões de habitantes. A grande pauta de reivindicações mostra que o brasileiro não está participando da vida política do país com a intensidade necessária.

É compreensível que as pessoas peçam o “fim da corrupção”, mas há de lembrar-se que a mesma é praticada no dia-a-dia por milhões de pessoas, quando o cidadão estaciona o carro em vaga de deficiente, sonega impostos, tenta obter pequenas vantagens ilícitas etc. Precisamos de um currículo escolar que contemple aulas de cidadania, ensinando desde cedo que o político corrupto veio da massa homogênea da população.
Saber o papel do vereador, ter conhecimento que qualquer brasileiro pode e deve assistir a uma sessão da câmara da sua cidade, agendar uma reunião com os vereadores e cobrar da sua prefeitura devem ser situações basilares na vida de uma pessoa.


Se tivermos pessoas bem instruídas, que cobram dos políticos no cotidiano, fazendo que os mesmos cumpram seus papéis de funcionários públicos que são da maneira correta, não precisaremos chegar a um ponto onde manifestações populares legítimas são cooptadas por agendas reacionárias e fascistas, onde paradoxalmente pessoas tentam coibir partidos políticos, legalmente constituídos e que podem existir devido a muitas lutas na democracia. Não duvido que muitos apenas repetem este discurso “antipartidos” por desinformação.

Há de se abrir um debate com educadores, antropólogos, sociólogos, professores e com outros segmentos da sociedade sobre a necessidade de uma agenda educacional onde todos os brasileiros aprendam, desde cedo, que podem e devem participar da vida política da nação, não só cobrando os políticos, mas tomando gosto por debater a política e ocupar os partidos de suas preferências. O brasileiro precisa pesquisar a vida dos candidatos nos anos de eleição, conversar com eles, apresentar propostas, questionar quais são suas bandeiras, verificar se eles são ficha-limpa e depois de eleitos, cobrar de todos as promessas, durante os quatro anos de mandato.
Além de termos as próximas gerações educadas e preparadas para apreciar o debate político e o exercício diário da participação na política, peço que todos tenhamos o hábito de acompanhar de perto o que as esferas do poder estão fazendo.


Acessar os portais de fiscalização do dinheiro público (como o portal da transparência), denunciar irregularidades ao Ministério Público, acessar os sites das prefeituras, câmaras municipais, assembleias legislativas e presidência, questionar saudavelmente o que a mídia publica e sobretudo dar o exemplo na convivência diária na sociedade. Do que adianta o cidadão reclamar que há “políticos corruptos”, se ele desrespeita seus semelhantes no dia-a-dia, ouvindo música alta sem fone de ouvindo, deixando de ceder o lugar para idosos no ônibus, parando o carro em vaga para deficiente, tentando subornar o guarda etc? Atos irregulares de políticos nada mais são do que reflexo de uma sociedade que precisa refletir sobre si mesma e exigir uma educação de mais qualidade, das três esferas de poder (federal, estadual e municipal).


Acesse o Portal da Transparência

Saiba o que está sendo debatido no Senado

Câmara dos Deputados:
Veja o que está fazendo o deputado no qual você votou, se ele comparece às sessões, como ele vota nas pautas importantes etc.


Acesse o site da prefeitura da sua cidade, da Assembleia Legislativa do seu estado e da Câmara Municipal de onde você mora.

Aurelio Moraes

Senador Cristovam Buarque aprende com Hitler e defende fim dos partidos

Alckmin resistiu até o último instante contra a redução da tarifa

Deu na Folha de hoje.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Haddad publica decreto que reduz tarifa em São Paulo



O prefeito Fernando Haddad (PT) já publicou no Diário Oficial da Cidade o decreto que revoga o aumento da tarifa de ônibus para R$ 3,20. O documento, datado de quarta-feira (19), saiu nesta quinta, no periódico oficial. De número 54.016, o decreto "autoriza a cobrança de novas tarifas para Sistema de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros na Cidade de São Paulo".




Segundo o texto, Haddad restabelece a tarifa de R$ 3 para o uso dos ônibus municipais "válida por três horas para o bilhete único e duas horas para os demais bilhetes". Já o bilhete para estudantes "fica fixado em R$ 1,50, representando redução de 50% no valor da tarifa estabelecida".

Para as viagens integradas com o Metrô e a Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos (CPTM), o preço fica definido em R$ 4,65 "para a tarifa das viagens com até três integrações".

Por fim, o petista indica que "as tarifas fixadas por este decreto entrarão em vigor a partir de 0h do dia 24 de junho de 2013". Para isso, os operadores do serviço de ônibus devem cumprir, "desde logo", "a adoção das medidas que se fizerem necessárias".




Segundo o texto, Haddad restabelece a tarifa de R$ 3 para o uso dos ônibus municipais "válida por três horas para o bilhete único e duas horas para os demais bilhetes". Já o bilhete para estudantes "fica fixado em R$ 1,50, representando redução de 50% no valor da tarifa estabelecida".

Para as viagens integradas com o Metrô e a Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos (CPTM), o preço fica definido em R$ 4,65 "para a tarifa das viagens com até três integrações".

Por fim, o petista indica que "as tarifas fixadas por este decreto entrarão em vigor a partir de 0h do dia 24 de junho de 2013". Para isso, os operadores do serviço de ônibus devem cumprir, "desde logo", "a adoção das medidas que se fizerem necessárias".




IG


Em São José dos Campos e em Jacareí, as passagens também custarão R$ 3,00.

Resenha do filme "Star trek-Além da escuridão"



Na continuação do remake de “Jornada nas Estrelas”, J.J. Abrams está mais a vontade como diretor da história, assim como todos os atores. O elenco captou todas as nuances da tripulação original da USS Enterprise, seja nos trejeitos mais imperceptíveis, seja nos sotaques, como o de Checov e Scott.
O criador da franquia, Gene Roddenbery, certamente aprovaria a película, que começa com uma inesperada cena de tensão em  um planeta onde o paradoxo é: salvar uma espécie primitiva da extinção, mas para isto revelar a nave ou não?

Um novo vilão, John Harrison  (Benedict Cumberbatch) aparece na série, sendo ele a nova versão de um antigo inimigo dos filmes da década de 1980. Não contarei quem é,  para não estragar a surpresa. Alguns personagens ficam no limbo entre merecer mais destaque ou serem dispensáveis, como a oficial de ciências Carol Marcus (Alice Eve), mas isto não compromete a trama. Os velhos diálogos engraçados entre o dr. McCoy (Karl Urban) e Spock (Zachary Quinto)  estão de volta, como : “Droga Spock, eu sou um médico, não um especialista em torpedos”, assim como as piadas de Capitão Kirk (Chris Pine) com o amigo vulcano, com coisas do tipo “Suas orelhas estão queimando?”.

A nova integrante, semi-nua por um motivo que não ficou muito claro


O trama central gira em volta de um atentado terrorista em um arquivo da Federação de Planetas em Londres, perpetrado por Harrison. Sendo assim, a tripulação da Enterprise precisa caçá-lo em território Klingon (com direito às clássicas naves desta raça aparecerem). Mais uma vez, Leonard Nimoy aparece como o velho Spock, causando comoção nos fãs mais saudosistas da série.
As soluções dos  problemas na história são bem amarradas e resolvidas, sem deixar pontas na trama e certamente os próximos filmes do reboot serão tão bons quanto este. A trilha sonora de Michael Giachino traz novos temas orquestrados, com uma versão bem empolgante da série original dos anos 1960.


Trailer:



terça-feira, 18 de junho de 2013

Haddad sinaliza redução da tarifa em SP; secretário propõe imposto sobre a gasolina da bomba



O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, se comprometeu nesta terça-feira (18) a examinar a planilha de custos de transporte do município para "refletir no que eu poderia cortar de serviços para viabilizar a redução da tarifa". Ele, no entanto, não revogou o aumento durante a reunião do Conselho da Cidade, que foi praticamente unânime ao pedir a suspensão do novo valor de R$ 3,20.




"Temos caminho [para a redução], mas isso passa pela desoneração dos tributos federais que incidem sobre o transporte público, como por exemplo o ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] sobre o diesel, que já seria responsável por R$ 0,07 dos R$ 0,20 do aumento", disse.

Haddad também se mostrou favorável a examinar os lucros dos empresários das concessionárias de ônibus para "cortar gordura" e ressaltou que o imposto sobre a gasolina direto da bomba seria uma solução. "Se as prefeituras absorverem todo o impactos dos subsídios [tarifa], vão quebrar", destacou.

Durante a reunião, o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, afirmou que a redução da tarifa custaria R$ 300 milhões para os cofres da cidade e propôs que o "usuário de transporte individual também arque com os custos do transporte coletivo, assim como a Prefeitura e os empresários."

Para compensar a perda, ele defendeu a cobrança de um imposto sobre a gasolina direto da bomba, uma municipalização do Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), imposto federal já em vigor.

De acordo com Tatto, "não é possível espremer tanto assim os empresários das concessionárias de transporte para viabilizar a revogação do aumento", afirmou, referindo-se a afirmações feitas pelos conselheiros de que o lucro das empresas de transporte poderia financiar uma tarifa menor.

"Como cidadão, acho que quem deveria financiar o transporte público é o transporte individual. Além de melhorar a mobilidade, incentivando quem tem carro a usar o transporte público, já que a gasolina seria mais cara e as tarifas mais baratas, ainda existem os benefícios ecológicos do processo", disse Haddad sobre a proposta.

O prefeito disse que vai se reunir ainda nesta semana com representantes do Movimento Passe Livre. "Eu quis apresentar os dados para que todos saibam o que vai acontecer caso a cidade de São Paulo opte por revogar o aumento", afirmou.

Segundo Haddad, o valor que a Prefeitura perderia com a redução do valor da tarifa ou com o congelamento até 2016 seria suficiente para contratar 20 mil médicos ou dobrar a rede de hospitais. "A decisão precisa ser tomada com base em informações, e eu sinto que ainda há muito desinformação sobre o assunto. É preciso que a sociedade saiba quais as consequências de cada decisão."

Ele ressaltou também que não quer a desmobilização dos protestos contra o aumento. "Está lindo vocês nas ruas. É vibrante um país que vai para as ruas."
Conselho pede redução da tarifa

A maioria dos integrantes do Conselho da Cidade, criado por Haddad no início do mandato dele, pediu a redução da tarifa do transporte público na capital paulista durante reunião extraordinária realizada hoje.




UOL

Uma sugestão é implantar o pedágio urbano. Com o dinheiro, dá para subsidiar mais uma parte dos custos das passagens de ônibus. Quero ver como Geraldo Alckmin vai reagir, caso Haddad baixe a passagem dos ônibus da capital. Será que vai abaixar os preços das passagens dos trens e do metrô?

segunda-feira, 17 de junho de 2013

"Vai transar? O governo dá camisinha..". e outros clichês de direitistas da internet

Refutação a um texto reacionário, curto e mentiroso, sobre programas sociais e outras concessões do governo:




Fonte


"Tenho visto circularem aqui no Face algumas mensagens terrivelmente equivocadas. De um modo geral, elas são bastante apelativas, o que talvez justifique a facilidade com que proliferam. Num primeiro momento, eu optei por simplesmente ignorá-las, mas como tem se intensificado a freqüência com que elas chegam até mim, preferi preparar uma resposta e compartilhá-la. A discussão a respeito desses temas de grande complexidade deve abrigar a polêmica. Abordá-los de maneira autoritária é uma estratégia para inviabilizar a polissemia e impor uma opinião unilateral a respeito do que esteja em questão, desconsiderando as possibilidades alternativas de interpretação e prejudicando outras leituras e conclusões. Isso reduz o espaço para o debate.

Já que esse canal das redes sociais tem sido usado por aqueles que querem disseminar impropriedades, é legítimo e democrático que o utilizemos também para responder a essas impropriedades com argumentos que nos pareçam mais corretos. A princípio, eu iria desenvolver de uma única vez todos os tópicos que eu pretendo abordar. Mas percebi que isso tornaria o texto muito longo. Por essa razão, optei por uma abordagem em separado, e, dessa forma, irei compartilhando os textos aos poucos, à medida que eu for tratando de cada uma das questões que pretendo levantar. A começar por este, sobre o Auxílio-reclusão, que vem sendo tão mal-falado sem nenhuma razão.
Com tudo isso, eu pretendo apenas oferecer um contraponto a essas idéias mistificadoras que vêm se espalhando. Não vou apresentar nenhuma verdade suprema: aquilo que eu disser pode e deve ser acrescido de outros dados, ser contestado, confrontado etc. Antes de qualquer coisa, eu quero aprender mais também. Quem se interessar, esteja convidado a acrescentar informações a respeito desses temas no espaço dos comentários.
Quero convidar também as pessoas que costumam replicar essas mensagens suspeitas a buscarem informação antes de espalhar inverdades na rede. É preciso romper com a preguiça. Chequem os dados. Vamos combater a desinformação! Acho que esta é uma maneira de praticarmos algo a que talvez se possa dar o nome de “cidadania em ambiente virtual”.

AUXÍLIO RECLUSÃO
CONCEITO: o Auxílio-reclusão é um benefício previdenciário instituído por lei desde 1960. Esse benefício abrange apenas os segurados da Previdência Social, isto é, apenas aqueles que recolhem contribuição para a Previdência. O Auxílio-reclusão é concedido nos casos em que o segurado, em decorrência do cometimento de algum ilícito penal, é recolhido a uma unidade penitenciária para cumprir pena de privação de liberdade. O benefício só abrange presos que recebiam, em liberdade, salários de ATÉ R$ 915,05.

PRECONCEITOS: Uma das críticas mais absurdamente infundadas ao Auxílio-reclusão vem acompanhada de um desenho que ilustra alguns detentos dentro de uma cela limpinha e espaçosa. Enquanto um deles conta dinheiro e um outro acende um cigarro, aquele que se encontra preguiçosamente deitado numa rede comenta: “lá fora trabalha-se muito e ganha-se nada, enquanto na prisão ninguém trabalha nada e todos ganham muito”. Embaixo da imagem, lemos o seguinte texto: “no país em que ‘bolsa-bandido’ é maior do que o salário mínimo (R$ 915,05)”. Outra mensagem contra o Auxílio-reclusão que é bastante compartilhada traz um texto que, além do próprio Auxílio-reclusão, condena numa só tacada o Bolsa Família, os incentivos ao planejamento familiar, e a prevenção ao contágio por DSTs e à gravidez indesejada. O texto diz: “vai transar? O governo dá camisinha. Já transou? O governo dá pílula do dia seguinte. Teve filho? O governo dá bolsa família. Resolveu virar bandido e foi preso? O Governo dá auxílio reclusão. Todo presidiário com filhos tem direito a uma bolsa de R$ 915,05 ‘por filho’. Agora experimente estudar e andar na linha para ver o que te acontece. Salário mínimo de R$ 622,00. Se você é brasileiro, passe adiante.

Resposta às mensagens.

Se o autor do desenho que pinta os presídios brasileiros como lugares tão aprazíveis tem mesmo essa opinião, por que então ele não experimenta passar uma temporada num presídio? Que tal um veraneio em Bangu? Essa visão denota um completo desconhecimento da realidade carcerária brasileira. Além disso, é um desrespeito ao sofrimento daqueles que se encontram submetidos muitas vezes a condições desumanas, em celas insalubres, sujas, superlotadas, superquentes, mal-arejadas, etc. Insisto: se a intenção do autor do texto e da imagem é construir a idéia equivocada de que a vida de um detento é melhor do que a de um trabalhador, por que então ele não renuncia à sua liberdade e ao seu trabalho e vai encarar a prisão?

O segundo texto é um despautério só. O governo dá camisinha sim! Inclusive femininas, que já são distribuídas pelo SUS. http://www.blog.saude.gov.br/camisinhas-femininas-comecam-a-ser-distribuidas-em-todo-pais/ Esta é uma medida, antes de tudo, educativa. Será que seria melhor o descontrole absoluto da natalidade e a não-prevenção a doenças sexualmente transmissíveis, inclusive a AIDS?

O governo distribui gratuitamente pílulas do dia seguinte sim! http://portal.saude.gov.br/portal/saude/Gestor/visualizar_texto.cfm?idtxt=33886 O que seria melhor? Que as mulheres que engravidaram indesejadamente recorressem a abortos clandestinos nos “açougues” de fundo de quintal espalhados por aí? E que depois viessem tratar as seqüelas e infecções na rede pública de saúde? Isso seria mais racional? Seria mais econômico?

O governo concede bolsa família sim! E esse é o mais espetacular programa de transferência de renda e de correção das distorções sociais já implementado no Brasil. O Bolsa família, além de todos os seus benefícios (melhora dos níveis nutricionais das crianças, melhora do aproveitamento escolar, etc.) ainda promove uma intensificação da atividade econômica. Uma vez que famílias de baixa renda não podem se dar ao luxo de poupar dinheiro, elas empregam todo o valor da Bolsa que recebem nas suas compras mensais. Isso faz com que cada centavo que o governo “gasta” com o programa seja colocado em circulação. Em outras palavras: o Bolsa Família intensifica a circulação de bens e serviços, o que resulta na ampliação de recolhimento tributário, fazendo voltar para os cofres públicos muito mais do que o que é empregado no benefício às famílias. Em resumo, todo mundo ganha com o Bolsa Família, até os que não recebem diretamente seus repasses.

O governo concede Auxílio-reclusão sim! Ou seria melhor que os filhos de um detento se vissem sem nenhuma assistência que lhes assegurasse a possibilidade de sobreviverem no período de ausência do pai? Ou então que recorressem ao crime como meio de se manterem? Se quem cometeu um erro foi o pai, quem tem de ser punido é ele. Seria justo condenar ao desamparo os dependentes daquele que se acha recolhido ao cárcere? Além da pena de privação de liberdade imposta ao pai, seria justo penalizar seus dependentes que não têm nada a ver com o erro cometido? Mas vamos começar do começo. O texto da mensagem mentirosa fala em “resolver” virar bandido. Como se virar bandido partisse de uma resolução pessoal: hoje eu acordei decidido a virar bandido, essa é a minha escolha a partir de hoje. Faça-me o favor! Depois fala que o governo dá auxílio-reclusão. Sim, mas não é o governo especificamente: é o Estado brasileiro. O auxílio-reclusão já existe desde a Lei Orgânica da Previdência Social, que data de agosto de 1960. Está lá. Artigo 43.http://www81.dataprev.gov.br/sislex/paginas/42/1960/3807.htm Portanto, é um benefício que já existe há meio século. Por que somente agora as pessoas começaram a implicar com ele? Mas a mentira mais apelativa é dizer que o benefício de R$ 915,05 é concedido “por filho”. Primeiramente, só fazem jus ao Auxílio-reclusão aqueles detentos que são segurados da Previdência Social, isto é, que contribuem com a Previdência. Em segundo lugar, o valor do benefício não é de R$ 915,05 por filho. R$915,05 nem é um valor fixo. Esse é o limite máximo que uma família pode receber, pela simples razão de que, na verdade, o Auxílio-reclusão é concedido com base no salário-de-contribuição que o detento recebia enquanto estava livre e trabalhando. Esse benefício, portanto, só é destinado aos dependentes daqueles detentos que recebiam um salário igual ou inferior a R$ 915,05. E somente na hipótese de o detento ser contribuinte da Previdência Social. Porque, se não for, não há Auxílio-reclusão.

Mais informações em http://www.previdencia.gov.br/conteudoDinamico.php?id=22

Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8213cons.htm

Decreto 3.048, de 06 de maio de 1999 http://www81.dataprev.gov.br/sislex/paginas/23/1999/3048.htm

Portaria Interministerial MPS/MF nº 02, de 06 de janeiro de 2012 http://www81.dataprev.gov.br/sislex/paginas/65/MF-MPS/2012/2.htm

Agora se você “experimentar estudar”, assim como sugere a mensagem mentirosa, você constatará que o mesmo governo que concede Bolsa-família e o Auxílio-reclusão, e que distribui gratuitamente camisinhas e pílulas do dia seguinte em postos de saúde do SUS, também oferece oportunidades como o Prouni (http://blog.planalto.gov.br/prouni-ja-concedeu-1-milhao-de-bolsas-de-estudo-em-universidades-particulares/ ), o ENEM, o REUNI, os IFETs, o Programa Ciência Sem Fronteira (http://www.cienciasemfronteiras.gov.br/web/csf/o-programa ), etc. Experimente mesmo. Você não irá se arrepender.

Para encerrar num tom diferente do da mensagem, proponho que “se você é brasileiro”, ao invés de “passar adiante” qualquer porcaria que lhe chega pela internet, procure se informar antes. Conheça seu país. Você verá que ele é muito melhor do que os derrotistas costumam propalar."

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Jornalista é agredido e outro é preso durante manifestação em São Paulo

Um jornalista foi agredido por um policial e outro foi preso na noite desta terça-feira (11) durante uma manifestação contra o aumento da passagem de ônibus na avenida Paulista, em São Paulo. Os dois profissionais trabalhavam cobrindo o protesto para o portal R7 e o jornal Folha de São Paulo, respectivamente, e chegaram a mostrar as suas credenciais de imprensa para a polícia para evitar retaliações, sem sucesso.

Fernando Mellis, do R7, acompanhava a movimentação dos manifestantes acompanhado da fotógrafa Daia Oliver, quando policiais saíram de uma viatura e correram na direção de um homem que participava do protesto. A equipe de reportagem relata que os PMs empurraram o manifestante contra a parede e começaram a agredi-lo, enquanto Daia fotografava o ocorrido. Foi então que um grupo de policiais abordaram as pessoas que estavam assistindo à ação no intuito de dispersá-las. "Eu me identifiquei, mostrei o crachá. Porém, fui puxado pelo braço por um deles, que me bateu com o cassetete, nas costas', relata Mellis.

O repórter então mostrou novamente o crachá e o PM agressor foi retirado do local por um colega "visivelmente assustado" ao perceber que se tratava de um jornalista. A polícia então começou a jogar bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os transeuntes.

Repórter e fotógrafo são detidos
Já o jornalista Leandro Machado, da Folha de São Paulo, foi detido durante o confronto entre manifestantes e PMs. De acordo com o repórter, ele trabalhava na cobertura e acompanhava a prisão de um dos manifestantes quando foi abordado. "Chegou um policial com cassetete e disse 'se você não sair vou te bater'. Eu mostrei meu crachá, mas ele disse que isso não significava nada para ele", contou Machado ao jornal em que trabalha.

O PM então se afastou, mas logo retornou e ameaçou o repórter e o fotógrafo Leandro Morais, do UOL. Ele pediu os documentos de Machado, que lhe entregou o RG e o crachá de imprensa. O agente então foi até à viatura e depois retornou anunciando que ele estava detido. No caminho até à 78ª delegacia (Jardins), ele foi informado que estava sendo preso por "atrapalhar a ação da polícia".

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Anjo do Inferno - Madre Teresa de Calcutá - Por Christopher Hitchens

Tecnologia promete trazer a cura da cegueira até 2014

O Monash Vision, projeto da australiana Monash University, promete trazer a cura para a cegueira. A tecnologia consiste em implante no cérebro que, associado a uma câmera, promete projetar imagens no córtex da pessoa.

A câmera captura e envia os dados a um processador digital implantado próximo ao crânio. O chip estimula o córtex visual via eletrodos e ajuda o cérebro interpretar as imagens.

“É o sistema mais avançado já criado para auxiliar pessoas a reconhecerem diferentes objetos e cores”, disse Arthur Lowery, diretor do projeto, ao Guardian australiano. “Isso significa que pessoas podem ir a um encontro e saber quem está lá e quantos estão lá. Elas poderão sair de casa tranquilamente, pois saberão onde há árvores, por exemplo”, continua.

A visão não será completa, ela deve funcionar mais como um radar, mostrando apenas algumas centenas de pixels. “Se você tem um pouco de visão, talvez não seja muito útil para você”, explica Loweri. A inovação é voltada a pessoas completamente cegas – mesmo as que não têm globo ocular.

Os pesquisadores responsáveis pretendem lançar protótipo até a primeira metade de 2014. Se tiver sucesso, a tecnologia deverá se popularizar ao longo da próxima década. O projeto recebeu US$ 8 milhões do governo australiano.

Nova tecnologia pode multiplicar a velocidade de Internet banda larga



Um grupo de pesquisadores descobriu uma maneira de aumentar drasticamente a precisão da transmissão de dados pela Internet, permitindo velocidades muito maiores que as atuais. O conceito utilizado é semelhante ao da tecnologia presente em fones de ouvido para a redução de ruídos: com menos interferência, a transmissão de dados se dá de forma muito superior.




Atualmente, linhas de fibra ótica são usadas para transferir dados, mas quanto maior a velocidade do sinal e a distância que ele percorre, mais interferência ela sofre. A nova técnica consiste em enviar não um, mas dois feixes de luz pelo cabo de fibra ótica: um contendo os dados e o outro sendo sua imagem espelhada.




Na outra extremidade do cabo, esses sinais se recombinam, eliminando falhas causadas pelas interferências. Os dois feixes de luz podem atingir distâncias até quatro vezes maiores que em uma transmissão normal. Combinando as maiores distâncias com o espalhamento, seria possível conseguir conexão à Internet banda larga com muito mais velocidade e qualidade.




Em testes, os pesquisadores conseguiram atingir velocidades de até 400 Gbps através de 12.800 Km de fibra ótica. Para comparação, o Fiber, projeto de Internet superrápida do Google para os Estados Unidos, atinge até 1 Gpbs e é considerado revolucionário.

No entanto, apesar dos resultados promissores, a implantação da nova tecnologia exigiria a instalação de novas infraestruturas por todo o mundo, o que tornaria a transição bastante cara e trabalhosa.


sexta-feira, 7 de junho de 2013

Uruguai: governo diz que número de abortos diminuiu após descriminalização



Uruguai realiza por mês entre 300 e 400 abortos legais desde a promulgação, em outubro do ano passado, da lei que descriminalizou a prática até a 12ª semana de gestação. A informação foi divulgada pelo subsecretário de Saúde Pública, Leonel Briozzo, nesta terça-feira.



Em entrevista à rádio Universal, Briozzo disse que, com esse número, o Uruguai chagaria a 4 mil abortos por ano, cifra inferior a estimativa anterior à aprovação da lei, de 33 mil. Na opinião dele, leis como a aprovada no ano passado “fazem com que diminua a quantidade de abortos”.



“A prática da despenalização diminui o número de abortos e abate a mortalidade materna, ou seja, faz com que o aborto seja seguro”, afirmou. Para ele, o referendo proposto pelo deputado nacionalista Pablo Abdala para consultar a população sobre o tema “não é a melhor forma de fixar o tema”.



Com informações do jornal El Observador.


Terra

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Estatuto do Nascituro: mulheres são apenas um vaso de planta



A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara aprovou, nesta quarta (5), substitutivo ao projeto que cria o Estatuto do Nascituro. Ele prevê o direito ao pagamento de pensão pelo Estado às crianças concebidas através de estupro no caso do pai – o estuprador – não puder arcar com isso ou não for identificado. Pensão de estuprador… A proposta segue agora para análise da Comissão de Constituição e Justiça antes de ir a plenário. Com isso, são criadas brechas para criminalizar o aborto em casos de estupro – hoje permitido por lei. Na prática, o embrião passa a ter mais direitos que a mulher violentada. O projeto tem sido defendido por deputados da bancada evangélica.

OK, deu. Vamos entregar a questão da saúde pública aos cuidados das igrejas, pronto. Certamente, as igrejas terão a coragem de pôr em prática ações que o Estado não toma. Os problemas sociais serão resolvidos com base no Código de Direito Canônico e, por que não, na reedição da bula Cum ad nihil magis, do Santo Ofício. Por exemplo, lembrar aos médicos que fizerem abortos, mesmo que nos raros casos previstos em lei, que eles estão sob risco de uma eternidade de privações no limbo (já que não se fazem mais fogueiras em praças públicas como antigamente) vai por um ponto final na questão.

Inferno e o limbo não existem. Mas não é todo mundo que sabe disso.

Não há defensora ou defensor do direito ao aborto que ache a interrupção da gravidez uma coisa fácil e divertida de ser feita, equiparada a ir à padaria para comprar uma rosca de torresmo. Também não seriam formadas filas quilométricas na porta do SUS feito um drive thru de fast food de pessoas que foram vítimas de camisinhas estouradas. Também não há pessoa em sã consciência que defenda o aborto como método contraceptivo. Aliás, essa ideia de jerico aparece muito mais entre as justificativas daqueles que se opõem à ampliação dos direitos reprodutivos e sexuais do que entre os que são a favor. A interrupção de uma gravidez é um ato traumático para o corpo e a cabeça da mulher, tomada após uma reflexão sobre uma gravidez indesejada ou de risco. Defender o direito ao aborto não é defender que toda gestação deva ser interrompida. E sim que as mulheres tenham a garantia de atendimento de qualidade e sem preconceito por parte do Estado se fizerem essa opção.

Hoje, o “direito” ao aborto depende de quanto você tem na conta bancária. Afinal de contas, mulher rica vai à clínica, paga R$ 4 mil e pronto. Mulher pobre se vale de objetos pontiagudos ou remedinhos vendidos a torto e direito sem controle e que podem levar a danos permanentes. A discussão não é quando começa a vida, sobre isso dificilmente chegaremos ao um consenso, mas as mulheres que estão morrendo nesse processo. Negar o “direito ao aborto” não vai o diminuir o número de intervenções irregulares, eles vão acontecer legal ou ilegalmente.

Mas aborto é mais do que um problema de saúde pública. Negar a uma mulher o direito a realizá-lo é equivalente a dizer que ela não tem autonomia sobre seu corpo, que não é dona de si. Na minha opinião – e na de vários outros países que reconheceram esse direito, ela tem sim prevalência a ele. É uma vergonha ainda considerarmos que a mulher não deve ter poder de decisão sobre a sua vida, que a sua autodeterminação e seu livre-arbítrio devem passar primeiro pelo crivo do poder público e ou de iluminados guardiões dos celeiros de almas, que decidirão quais os limites dessa liberdade dentro de parâmetros. Parâmetros estipulados historicamente por homens.

É extremamente salutar que todos os credos tenham liberdade de expressão e possam defender este ou aquele ponto de vista. Mas o Estado brasileiro, laico, não pode se basear em argumentos religiosos para tomar decisões de saúde pública ou que não garantam direitos individuais, como poder abortar em caso de estupro. A justificativa de que o embrião tem os mesmos direitos de uma cidadã nascida é, no mínimo, patético.
Leonardo Sakamoto

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Cientistas acham fóssil quase completo do mais antigo primata



Uma criaturinha do tamanho de um camundongo, que saltitava pelas copas das árvores de uma floresta chinesa há 55 milhões de anos, é o mais antigo exemplar do grupo de animais ao qual pertencem o homem e todos os macacos vivos hoje, dos saguis aos gorilas.

A descrição da espécie, feita por paleontólogos da China, dos EUA e da França, está na edição desta semana da revista científica "Nature", uma das mais importantes do mundo.

Para os cientistas, o Archicebus achilles merece os holofotes, apesar dos meros 30 gramas, porque seu esqueleto fossilizado está praticamente completo (faltam só as "mãozinhas" do bicho), enquanto outros fósseis de primatas com a mesma idade não passam de cacos.
Editoria de Arte/Folhapress



"Ele é tão completo que quase não temos com o que compará-lo", afirma Chris Beard, pesquisador do Museu Carnegie de História Natural (EUA) e coautor da descrição do bicho. "De fato, no período de que estamos falando, ele é único."

Os especialistas costumam dividir os primatas em dois grandes grupos. O primeiro, o dos estrepsirrinos, engloba os famosos lêmures de Madagáscar e outras criaturas parecidas, enquanto o dos haplorrinos tem como principais astros os macacos propriamente ditos (incluindo aí o homem moderno e seus ancestrais).

A análise detalhada do esqueleto do A. achilles indica que ele é um haplorrino, e mais especificamente um membro muito primitivo do grupo dos társios, animais diminutos da Indonésia e das Filipinas que mais parecem os elfos domésticos da série "Harry Potter", a julgar pelos olhos enormes e pelas orelhas esquisitas.

CALCANHAR
O interessante, no entanto, é que o bicho está muito próximo do ponto no qual as linhagens dos társios e dos macacos propriamente ditos se separaram. Por isso mesmo, seu esqueleto é uma espécie de mosaico, com características de ambos os tipos de bicho.

É daí, inclusive, que vem o achilles do nome - assim como o herói grego Aquiles, ele tinha um calcanhar fora do comum.

"O calcanhar, e o pé como um todo, são os detalhes mais chocantes do fóssil, porque lembram os de um sagui, por exemplo, coisa que não esperávamos", explica Beard. Além disso, enquanto os társios de hoje são criaturas da noite (daí os olhões), as órbitas da espécie primitiva têm tamanho normal, sugerindo hábitos diurnos.

Em entrevista coletiva por telefone, os pesquisadores contaram que o fóssil foi encontrado há cerca de dez anos por um fazendeiro do interior chinês.

"Consegui persuadi-lo a doar o fóssil para a nossa instituição", disse o paleontólogo Xijun Ni, da Academia Chinesa de Ciências, que é o primeiro autor do estudo. O local do achado, para Beard, não é coincidência.

"Os argumentos a favor de uma origem asiática para os primatas ficam mais fortes a cada dia", diz o americano. "O sequenciamento de DNA mostrou que os parentes mais próximos dos primatas ainda vivos hoje são animais como os musaranhos-arborícolas e os lêmures-voadores, que só existem no Sudeste Asiático. E o registro fóssil também mostra uma diversidade maior de primatas na Ásia nas fases iniciais da evolução do grupo", explica.

QUENTINHO
Quem já viu saguis brasileiros em seu ambiente natural provavelmente teria uma imagem mais ou menos correta de como era a vida do animal, a começar pelo calor que fazia naquela época.

"Essa espécie viveu durante o que conhecemos como o máximo termal do Paleoceno-Eoceno, um período de aquecimento global no qual todo o planeta estava coberto com ecossistemas tropicais e subtropicais. Era uma época ótima para ser um primata", diz Chris Beard.

"Imagine um animal frenético, até mesmo ansioso, muito ágil, saltando pela copa das árvores à procura de insetos", diz o paleontólogo americano.

Facebook lança aplicativo "Pipe"



O Facebook lança na manhã quarta-feira (5) um novo aplicativo para transferência de arquivos entre usuários. O programa, chamado de Pipe, é uma maneira mais fácil de transferir arquivos na rede social, capaz de enviar e receber até 1GB em dados. O envio acontece em tempo real e os usuários só precisam arrastar e soltar os arquivos desejados para seus amigos. Caso o destinatário não esteja conectado no momento, a troca é realizada posteriormente.



Desenvolvido pela empresa berlinense Pipe Dream Technologies, o Pipe estava em fase beta e disponível para poucos usuários. A diretoria da empresa espera que o serviço fique cada vez mais popular, no Facebook, pelo fácil modo de utilização.

Quanto à questão de segurança, o programa não invade a privacidade do usuário. Nenhum arquivo será retido pelo sistema do Facebook e as transferências são diretas, de forma que os arquivos vão diretamente de um computador para o outro.

sábado, 1 de junho de 2013

Hospital usa super-heróis na luta contra o câncer infantil



Diversos hospitais mundo afora optam por criar ambientes coloridos e artísticos que contribuam com a recuperação dos pacientes infantis, estimulando a imaginação das crianças no lugar do confinamento em espaços frios e intimidantes.





O Hospital A.C. Camargo, em sua unidade dedicada ao câncer, recorreu ao universo dos super-heróis para mudar a percepção negativa que as crianças tem do tratamento.


Equipamentos e medicamentos ganharam uma nova roupagem, utilizando elementos dos personagens da DC Comics. Os soros de quimioterapia são exibidos para as crianças como super-fórmulas, em corredores chamados de Hall da Justiça, e histórias em quadrinhos que explicam a doença e motivam na luta contra os vilões.


A criação é da JWT Brasil.




Exame