Fernando Mellis, do R7, acompanhava a movimentação dos manifestantes acompanhado da fotógrafa Daia Oliver, quando policiais saíram de uma viatura e correram na direção de um homem que participava do protesto. A equipe de reportagem relata que os PMs empurraram o manifestante contra a parede e começaram a agredi-lo, enquanto Daia fotografava o ocorrido. Foi então que um grupo de policiais abordaram as pessoas que estavam assistindo à ação no intuito de dispersá-las. "Eu me identifiquei, mostrei o crachá. Porém, fui puxado pelo braço por um deles, que me bateu com o cassetete, nas costas', relata Mellis.
O repórter então mostrou novamente o crachá e o PM agressor foi retirado do local por um colega "visivelmente assustado" ao perceber que se tratava de um jornalista. A polícia então começou a jogar bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os transeuntes.
Repórter e fotógrafo são detidos
Já o jornalista Leandro Machado, da Folha de São Paulo, foi detido durante o confronto entre manifestantes e PMs. De acordo com o repórter, ele trabalhava na cobertura e acompanhava a prisão de um dos manifestantes quando foi abordado. "Chegou um policial com cassetete e disse 'se você não sair vou te bater'. Eu mostrei meu crachá, mas ele disse que isso não significava nada para ele", contou Machado ao jornal em que trabalha.
O PM então se afastou, mas logo retornou e ameaçou o repórter e o fotógrafo Leandro Morais, do UOL. Ele pediu os documentos de Machado, que lhe entregou o RG e o crachá de imprensa. O agente então foi até à viatura e depois retornou anunciando que ele estava detido. No caminho até à 78ª delegacia (Jardins), ele foi informado que estava sendo preso por "atrapalhar a ação da polícia".
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