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sexta-feira, 15 de março de 2013

Tratamento precoce cura parcialmente Aids em 14 pacientes



Depois da cura de uma criança, 14 adultos conseguiram uma cura parcial após serem infectados com o HIV, o vírus causador da Aids. Para isso, eles precisaram tratar a doença em seus primeiros estágios, entre 35 dias a 10 semanas após a infecção.

A taxa de cura, no entanto, ainda é pequena, mas é um passo adiante nas pesquisas para a cura da doença. Foram 70 pessoas a realizarem o tratamento, mas apenas os 14 conseguiram parar de tomar os medicamentos após três anos sem sofrer uma recaída.

Todos os participantes pararam seu tratamento por diversas razões. Alguns por opção, outros trocaram de remédios. A maioria sofreu recaída, menos estes 14 (quatro mulheres e 10 homens), que estão há sete anos sem tomar os remédios e conseguem viver sem a medicação antirretroviral.

A pesquisa da unidade de regulação de infecções retrovirais do Instituto Pasteur, em Paris, comandada pelo doutor Asier Sáez-Cirión mostra que os 'curados' ainda exibem traços do vírus em seu organismo. Entretanto, os níveis são baixos a ponto de seus próprios sistemas imunológicos conseguirem lidar com a infecção.

Sáez-Cirión avisa que o tratamento precoce não funciona para todos, mas que uma intervenção realizada pouco tempo após a infecção é importante. "Há três benefícios no tratamento precoce: Ele limita a reserva de vírus persistente, limita a diversidade do vírus e preserva a resposta imune ao vírus para mantê-lo sob controle", afirma ao New Scientist.

Segundo Andrew Ball, conselheiro de estratégia da Organização Mundial da Saúde contra o HIV, "o grande desafio é identificar as pessoas em estágio inicial de infecção". Segundo ele, muitos ainda não querem realizar o teste devido aos estigmas e discriminação envolvidos na Aids. "Há bons motivos para fazer o teste cedo e os últimos resultados podem encorajar isso", ele indica.



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