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quarta-feira, 18 de julho de 2012
Espanhóis produzem açúcar gasoso em laboratório
Os familiarizados com a gastronomia podem já ter visto açúcar mascavado, açúcar caramelizado e açúcar cristalizado. Mas açúcar gaseificado é uma novidade - a proeza digna de um legítimo «Cocinero» espanhol.
Emilio José Cocinero, químico da Universidade do País Basco, em Espanha, conseguiu vaporizar a substância conhecida como ribose, açúcar que compõe uma série de moléculas essenciais à vida, como o DNA e o RNA.
O seu objectivo estava longe das panelas, contudo. O esforço era caracterizar em detalhe a estrutura molecular, só possível com a análise do composto em estado gasoso.
Não foi uma tarefa fácil. «Somente evitam-se os processos de decomposição e desidratação e consegue-se isolar o açúcar, eliminando as mudanças provocadas por moléculas vizinhas, e assim pode caracterizar-se a sua estrutura», diz Cocinero.
Com a descoberta, passa a ser possível procurar sinais de ribose no espaço. A ideia é tentar compreender se esses compostos são comuns noutras partes do Universo - um passo importante para identificar o potencial para vida extraterrestre baseada em RNA ou DNA no Cosmos.
O estudo de Cocinero figurou na capa da revista científica internacional de química Angewandte Chemie International Edition.
Açúcares já foram detectados em nuvens interestelares e em meteoritos antes, mas apenas as suas formas mais simples, com dois ou três átomos de carbono. Interessante, mas ainda longe da complexidade exigida para o desenvolvimento da vida.
A descoberta de moléculas de açúcar em nuvens cósmicas a partir do qual novas estrelas formam-se significa que é bem provável que os precursores químicos para a existência da vida tenham se formado em tais nuvens muito antes do aparecimento dos planetas em torno das estrelas.
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