Pesquisar este blog

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Garoto de 15 anos descobre nova Teoria de Formação das Galáxias



O estudo que foi destaque de capa da revista Nature esta semana traz uma série de fatos fascinantes. A maioria deles é de caráter científico: os pesquisadores descobriram que metade das galáxias-satélites que estão “no entorno” (em distâncias que variam de 100 a 1.300 anos-luz) da grande galáxia de Andrômeda estão alinhadas num mesmo plano orbital e giram em torno de seus próprios eixos com uma velocidade “sintonizada” com a de Andrômeda … ou seja, são estruturas que fazem parte de um conjunto e estão conectadas de alguma forma; o que contraria as teorias atuais sobre formação de galáxias.
Andrômeda está a 2,5 milhões de anos-luz de nós e é a galáxia gigante mais próxima da Via Láctea (a nossa própria galáxia), o que permite estudá-la em grande detalhe. A foto acima, divulgada em fevereiro de 2010 pela Nasa, mostra a galáxia no espectro infravermelho, em que azul representa a luz de estrelas mais velhas e vermelho, amarelo e laranja representam estrelas mais jovens e recém-nascidas. Dá para ver também na imagem algumas das galáxias-satélites menores no entorno dela.




Outro fato curioso sobre o trabalho é um “fato-satélite”, de caráter mais pessoal, divulgado hoje pelo jornal francês Le Figaro: Neil Ibata, um dos co-autores do trabalho, tem apenas 15 anos e é o filho do autor principal, Rodrigo Ibata, do Observatório Astronômico de Estrasburgo, na França (que, apesar do nome português, não é brasileiro). Provavelmente um dos “cientistas” mais jovens da história a assinar um trabalho na Nature — uma das mais prestigiadas revistas científicas do mundo, na qual foi publicada, por exemplo, o estudo de Watson e Crick que revelou a estrutura de dupla hélice do DNA, o sequenciamento do genoma humano e coisas desse tipo (apenas dois exemplos da biologia que eu tenho na ponta da língua).
A reportagem do Le Figaro conta que o jovem Neil foi o primeiro a detectar que as galáxias rodavam em velocidades sincronizadas, aoós rodar os dados coletados pelo pai em um programa de computador que ele desenvolveu. Rodou para lá, rodou para cá, e acabou na Nature. Imagine só! … Ele assina o trabalho como “pesquisador” da sua escola, o Liceu Internacional de Pontonnier. Nada mal para um garoto de 15 anos! Esse tem estrela, com certeza.

Nenhum comentário: