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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Chinês se mantém vivo há mais de 13 anos usando máquina de hemodiálise amadora
Três vezes por semana, Hu Songwen, entra em seu pequeno banheiro e dispara sua máquina.
Hu sofre de uma doença nos rins e resolveu construir uma máquina para fazer hemodiálise caseira utilizando instrumentos médicos velhos e utensílios de cozinha, já que suas condições financeiras não permitem frequentar um hospital.
Ele era estudante de uma universidade, até que foi diagnosticado em 1993 com uma doença renal, obrigando-o a passar por sessões semanais de hemodiálise para limpar os resíduos de seu sangue.
Por algum tempo realizou as hemodiálises tradicionais em hospitais, gastando todas as suas economias. Sem ter o que fazer, Hu resolveu construir sua própria máquina.
Ele afirma que não se intimidou com o fato de seus amigos terem morrido ao tentarem construir e usar uma máquina semelhante. A máquina funciona como um rim externo, constituído de compartimentos ligados por uma membrana (um tipo de filme que permite que apenas algumas partículas passem por ela).
Hu faz seu próprio fluido de diálise misturando carbonato de sódio, cloreto de sódio, cloreto de potássio, bicarbonato e água purificada. Para o tratamento ele insere duas mangueiras em seu braço que são conectadas com a máquina. O sangue é bombeado para fora de seu braço e, então, filtrado, entrando em seu corpo novamente pela outra mangueira.
A doença de Hu faz com que seu corpo tenha altos índices de potássio e sais de sódio em seu organismo, algo que pode ser potencialmente fatal. Quando seu sangue passa pela máquina, os sais em excesso são removidos.
Sua condição também acumula diversos ácidos em seu sangue. Hu trata esse problema com o bicarbonato. Os médicos advertem que ele corre sério risco de infecção, bem como complicações em longo prazo.
Apesar de ser um país comunista, a China não tem um programa único de saúde como o Brasil, o que obriga boa parte da população ter planos de saúde que cobrem apenas 50% das necessidades de saúde.Hu, que vive com sua mãe de 81 anos na cidade de Qutang, na província de Jiangsu, disse que não tem opção. Infelizmente, o governo ofereceu apoio gratuito apenas quando seu caso foi divulgado pela imprensa chinesa em um seminário promovido, mas Hu se recusa, afirmando que é impossível se tratar nos hospitais mais próximos devido ao grande número de pessoas que os procuram, deixando todo o sistema inviável.
Fonte: Inovação Tecnológica
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