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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Polícia de São Paulo vai atrás de quem compra CNH


AE – Agência Estado
O Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de São Paulo decidiu indiciar por falsidade ideológica 1.880 motoristas beneficiados por um esquema de venda de carteiras de habilitação. A ação inédita do Detran tem, segundo seu diretor, o delegado Carlos José Paschoal de Toledo, “objetivo pedagógico”. Os motoristas são moradores de outros Estados que falsamente declararam ter endereço em Itapevi, na Grande São Paulo.

O endereço era necessário para o candidato à primeira habilitação tirar a carteira na Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) da cidade. Além disso, os alunos não compareceriam às aulas teóricas e práticas. A suspeita é a de que até os exames escrito e de direção fossem fraudados com a conivência de funcionários da Ciretran de Itapevi. Há suspeita de que haja também motoristas paulistas envolvidos, mas nessa primeira etapa a investigação se concentrou nos condutores de outros Estados.

“Determinei o envio de cópias da investigação à Corregedoria da Polícia Civil para que as responsabilidades funcionais sejam apuradas”, afirmou Toledo. A grande dificuldade em escândalos anteriores – nos quais se suspeitava da venda de mais de 30 mil carteiras no Estado – era obter provas contra cada um dos condutores. Desta vez, o Detran pôs a Divisão de Crimes de Trânsito (DCT) e a Corregedoria do Detran para investigar o caso e pediu laudos periciais para cada carteira expedida com suspeita de irregularidade.

“Bloqueamos as 1.880, pois comprovadamente existem irregularidades na emissão de todas”, disse Toledo. Como se trata de primeira habilitação – todas emitidas entre janeiro e junho deste ano -, quando o motorista procurar o Detran de seu Estado para transferi-la ou para renová-la será informado do bloqueio e terá de vir a São Paulo. Será então ouvido e indiciado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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