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quinta-feira, 25 de julho de 2013
"Bomba-relógio", derretimento no Ártico pode custar US$ 60 tri à economia global
A liberação de metano no Ártico pode acelerar o derretimento das calotas polares, causando mudanças climáticas que custariam à economia global cerca US$ 60 trilhões nas próximos décadas. A informação foi revelada nesta quarta-feira (24/07) pela revista Nature.
Pesquisadores da Universidade de Cambridge e da Universidade Erasmus, na Holanda, calcularam o impacto social e econômico da liberação de um milhão de toneladas de metano no Mar da Sibéria Oriental. O resultado é assustador já que esse gás é responsável pelo efeito estufa e por drásticos impactos no meio ambiente.
Nos últimos meses, cientistas encontraram mais de 150 mil pontos do Ártico onde há vazamento de metano na atmosfera. Pesquisas aéreas e terrestres no Alasca e na Groenlândia revelaram que muitos dos vazamentos estão localizados em áreas onde as geleiras estão recuando ou o permafrost está derretendo à medida que o clima esquenta, eliminando o gelo que aprisionou -- por séculos -- o gás estufa no solo.
“O efeito do aquecimento no Ártico é uma bomba-relógio no ponto de vista econômico”, resume o autor da pesquisa, Gail Whiteman, professor de sustentabilidade na Universidade de Erasmus. “Se não houver uma mudança e ninguém operar medidas de mitigação da mudança climática, o modelo que fizemos calcula que os impactos ambientais e econômicos podem chegar a US$ 60 trilhões", afirma Chris Hope, da Universidade de Cambrigde.
Mais de 80% dos 60% trilhões estariam relacionado ao aumento de temperatura extrema em diversos país, inundações, secas e diminuição da qualidade de vida graças à poluição. Todos seriam efeitos do derretimento do Ártico e vazamento de metano.
O estudo divulgado pela revista Nature afirma que pode haver um aumento na temperatura em dois graus Celsius de 15 a 35 anos caso nenhuma medida efetiva seja tomada nos próximos anos. Os cientistas afirmam que a média do aumento da temperatura no mundo para este século precisa ficar abaixo de dois graus celsius. Mais do que isso, “os efeitos podem ser devastadores”, dizem. Atualmente, a média de aumento da temperatura está entre 3,6 e 5,3 graus celsius.
Opera Mundi
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