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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Milhares de europeus católicos e protestantes pedem desbatismo

Pessoas de países como Holanda, Alemanha, Bélgica e Áustria estão não só se afastando das igrejas como também fazendo questão de providenciar o seu desligamento formal da religião, com a solicitação do desbatismo.

Anne Morelli, diretora de um centro de estudo sobre religião e laicidade da Universidade Livre de Bruxelas, disse que esse movimento se tornou visível em 2011 em toda a Europa. “Esse movimento está relacionado aos escândalos de sacerdotes pedófilos, mas ocorre já há algum tempo.”

Disse que ainda não existem estatísticas oficiais sobre o crescimento dos desbatismos, mas garantiu que eles ocorrem aos milhares. Trata-se, segundo Anne, de um fenômeno que se verifica entre protestantes e católicos.

Na França, houve um caso que obteve repercussão porque a Igreja Católica se recusou a conceder o desbatismo. O aposentado René Lebouvier, 71, teve de ir à Justiça e obteve sentença favorável, mas a Igreja recorreu à instância superior, e agora a tramitação do processo poderá demorar anos até que saia uma decisão final.

Na opinião de Marc Blondel, presidente de uma organização francesa de livres-pensadores, a Igreja resistiu em tirar o nome de Lebouvier dos seus registros de batismo porque teme facilitar esse procedimento, o que levaria, segundo ele, outras pessoas a pedirem o seu desligamento formal da denominação.

Na região de língua francesa da Bélgica, o número de pedido de desbatismo pulou de 66 em 2008 para 2.000 em 2010, de acordo com a Federação dos Amigos da Moral Secular.

Na Alemanha, 181 mil católicos se desligaram da Igreja em 2011. Lá, em vez de pedir o desbatismo, eles estão preferindo comunicar ao governo que não mais querem pagar impostos à Igreja. Isso representa um rombo nas finanças da Igreja.

Na avaliação de Christian Weisner, porta-voz do movimento internacional leigo “Nós Somos a Igreja”, os alemães não querem se livrar de suas crenças, mas, sim, da hierarquia da Igreja, que perdeu toda sua credibilidade com os escândalos dos padres pedófilos.

Para o escritor Terry Sanderson, presidente da National Secular Society, o que algumas pessoas realmente querem é mostrar o seu repudio. “Elas querem dizer algo como 'eu não sou mais um de seus membros'”.
Com informação do Religion News Service.


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Fé católica continua em declínio no Brasil





A fé católica continua em declínio no Brasil. Em 2009, segundo o "Novo Mapa das Religiões", divulgado nesta terça-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o país possuía a menor proporção de católicos entre as demais religiões em comparação com décadas anteriores. A diminuição, desde a década de 90, é acentuada, embora os brasileiros católicos ainda sejam maioria: em 1991, 83,34% da população era católica; em 2000, 73,89%; e, em 2009, 68,43% das pessoas foram identificadas como católicas. O inverso ocorreu com as religiões evangélicas: só entre 2003 e 2009, a população dessas religiões cresceu 13,13%. A população de evangélicos representa, em 2009, 20,23% da população.
O estudo da FGV também mostra que cresce o número de pessoas que não possuem religião - de 5,13%para 6,72% no mesmo período, entre 2003 e 2009. As mulheres são hoje, como sempre foram no Brasil e no mundo, mais religiosas do que os homens: 5% delas não possuem crença, contra 8,52% deles.
De acordo com o mapa, os estados mais católicos são os da Região Nordeste, com 74,9% de sua população. No estado fluminense, que sediará a Jornada Mundial da Juventude, com a presença do Papa Bento XVI em 2013, menos da metade da população se diz católica (49,83%). O Rio de Janeiro ainda é a segunda unidade da federação no ranking dos mais descrentes - tem 15,95% da população sem religião. O Piauí é o primeiro colocado. O estado do Rio é recordista em religiões espíritas (3,37%), afro-brasileiras (1,61%) e segundo nas religiões orientais (0,69%), perdendo apenas para São Paulo (0,78%). O estado com maior proporção de evangélicos petencostais é o Acre (24,18%).

O Globo

Vi no Facebook do jornal "O Globo" que muitas pessoas ficam nervosas e desesperadas, ao ficaram sabendo que existem ateus e pessoas sem religião em geral. Não toleram o fato de que nem todos estão interessados na pregação religiosa de sua igreja. Depois se dizem "tolerantes". "Tolerantes" se não forem contrariados.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Vaticano diz que Bin Laden terá de responder a Deus

O líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, terá de responder a Deus por ter matado muitas pessoas e explorado a religião para espalhar o ódio, disse o Vaticano nesta segunda-feira.
Mas qual Deus? Até porque usar a religião para espalhar o ódio é um artifício utilizado pela religião católica já faz tempo!
O padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, disse que embora os cristãos "não se alegrem" com a morte de Bin Laden, este fato serve para lembrá-los da "responsabilidade de cada pessoa perante Deus e homens".
Os cristãos "não se alegram"? Acho que ele não viu a manifestação em frente a Casa Branca. E também não deve ter sua conta no Twitter.
"Osama bin Laden, como todos sabem, tinha a grave responsabilidade de ter espalhado divisão e ódio entre as pessoas, causando mortes de um incontável número de pessoas e explorando a religião com esses objetivos", disse ele.
Olha o sujo falando do mal lavado denovo!
Lombardi também disse que o Vaticano espera que a morte de Bin Laden "não seja uma ocasião para mais ódio, mas para paz."
Aham. Ta bom, senta lá Padre Federico!

    Fonte: Thiago Giovanella

domingo, 27 de fevereiro de 2011

"O Ritual"-Surtos de Anthony Hopkins seguram novo filme de exorcismo


O seleto grupo dos filmes de exorcismo, um verdadeiro sub-gênero do terror e suspense, ganhou em O Ritual um digno novo integrante.
Baseado no livro The Rite, de Matt Baglio, o filme mostra um seminarista reticente (figurinha manjada desse tipo de produção) sendo enviado ao Vaticano para um curso de exorcismo. Baglio, um jornalista que conviveu com tais clérigos especializados em expulsar o mal, decidiu escrever um livro relatando as experiências do citado padre, Gary Thomas, quando foi alardeado que a Santa Sé visava colocar um exorcista em cada uma de suas dioceses.


Com o nome trocado para Michael Novak e interpretado no filme pelo pouco conhecido Colin O'Donoghue, o protagonista conhece na Itália um dos únicos exorcistas em atividade, o Padre Lucas, e começa assim mais um rounddo eterno embate entre o bem e o mal, a fé e o ceticismo, a ciência e a religião.
O'Donoghue tem uma participação insossa, foi muito mal escolhido, mas nem precisa se esforçar muito com o elenco que o cerca. Alice Braga, com a competência habitual, faz as vezes de Baglio como uma jornalista que segue o personagem principal. Colocar os excelentes Ciarán Hinds(Padre Xavier), Toby Jones (Padre Matthew) e Rutger Hauer (o pai de Michael) em papéis secundários também ajuda a elevar a qualidade do jogo. Mas é mesmo Anthony Hopkins que rouba a cena. O ator está inspiradíssimo, surtado, ora engraçado, ora assustador, como o Padre Lucas. Desde O Silêncio dos Inocentes não parecia que ele se divertia tanto em um papel - e a entrega faz toda a diferença, equilibrando a balança.
O diretor Mikael Håfström (1408Fora de Rumo) e o roteirista Michael Petroni conseguem manter a tensão sem as ferramentas consagradas desse tipo de filme, apenas com a bela ambientação (o filme foi rodado em Budapeste e Roma), nas atuações periféricas e com o velho artifício textual e sempre instigante do "baseado em fatos". "Não espere cabeças girando ou sopa de ervilha jorrando", explica o Padre Lucas, fazendo piada com o grande clássicoO Exorcista.
De qualquer maneira, o diabo em O Ritual é presente, sim, mas como um oponente intelectual. Suas respostas e debates são instigantes - e ele até faz uso de meio mais modernos, como uma ligação telefônica, para fazer-se crer (nem quero imaginar quanto custa o roaming no inferno).
Essa insistência na comunicação - há também uma outra cena, engraçadíssima, envolvendo um celular - evidencia uma das ideias de O Ritual, uma que andava meio esquecida nos filmes do gênero: o mal é uma mensagem e os possuídos são seu "aparelho", não seu alvo. Para quem prefere uma aparição mais gráfica, no entanto, fica a decepção. O capeta só dá as caras nos sonhos de Michael, através de cenas em sua maioria embasadas em relatos e histórias supostamente reais envolvendo demônios, como os cascos na neve, extraídos de uma estranha ocorrência de 1855 na cidade de Devon, Inglaterra.
Essa tentativa de manter o filme o mais realista possível, sem grandes arroubos hollywoodianos de perversão, choques e poucos sustos fáceis, é o que torna O Ritual recomendável. Ainda que o clímax, cheio de reviravoltas, vá ao encontro do cinema de terror mais convencional, é a discussão do que é real o que interessa - e o que você fará com as respostas que procura se um dia as obtiver...


Não sei se foi a intenção do roteirista, do livro que inspirou o filme ou do próprio diabo, mas as palavras "céticos" e "ateu" são citadas constantemente como xingamento e grave ofensa. Talvez muitas pessoas que viram o filme concordem com a visão de que não se deve contestar a crença em deus ou nas possessões demoníacas, mas o próprio personagem Michael utiliza um argumento muito interessante, quando compara as alegações de crença em deus com afirmações de pessoas que juram ver alienígenas, já que nenhuma das duas é cientificamente verificável. Neste momento do filme, o padre Xavier diz que a questão deve ser vista com a ótica da fé e como se sabe, esta por si só nada prova. 
O espectador mais católico sem dúvidas sai do filme acreditado que o pobre deus-pagão Baal,  dos cartagineses é um de fato demônio que possui padres nos dias de hoje. É interessante saber que mesmo atualmente o Vaticano ainda de fato possui exorcistas (veja aqui),  embora o tema seja tratado com descrição e sem a teatralidade que vemos no Brasil, nos templos evangélicos, como da Igreja Universal. 
Pessoalmente, duvido que qualquer alegado "possuído" ao tomar na veia uma boa dose de remédios psiquiátricos regularmente vá continuar recebendo o demônio, mas enfim, cada instituição religiosa com suas crenças, por mais absurdas que sejam para céticos e ateus como eu.

Voltando ao filme em si, Hopkins têm todos os holofotes, ao mesmo tempo em que não ofusca os dois outros personagens principais (a jornalista e Michael). Sua inconfundível e marcante voz se destaca nas cenas mais dramáticas, mostrando competência que falta a muitos atores atuais. Há tempos não via um papel que encaixasse tão bem com um ator, como o velho padre Lucas. A história também é  muito bem construída, atingindo o objetivo claramente do início ao fim, ao mostrar um seminarista que tinha dúvidas e por experiência pessoal, passou à acreditar em tudo que sua igreja prega.
Também merece uma menção a atriz Marta Gastini que interpreta com perfeição uma grávida de 16 anos possuída pelo demônio. 
Trailer: