O sistema linfático é responsável pela defesa do organismo. Ele é composto por órgãos, vasos, tecidos linfáticos e linfonodos (popularmente conhecidos como ínguas) que se distribuem em posições estratégicas do corpo para ajudar a defendê-lo de infecções. Quando uma célula normal desse sistema se transforma, cresce de maneira desordenada e dissemina-se pelo organismo, temos o surgimento de um câncer: o linfoma.
Os diversos tipos de linfomas têm comportamento e graus de agressividade diferentes. Eles podem ser divididos em dois grandes grupos: linfoma de Hodgkin e linfoma de não-Hodgkin. O primeiro ocorre em um tipo de célula linfoide conhecido como célula de Reed-Sternberge; o segundo é mais comum e pode surgir em outras células do sistema linfático.
Causas e Diagnóstico – Apesar de não ter causa conhecida, alguns linfomas estão relacionados a infecções crônicas, outros podem ocorrer devido a fatores ambientais, como a exposição a produtos químicos. Por não ter causa conhecida, não há como prevenir o linfoma. O diagnóstico precoce ainda é a melhor maneira de descobrir e tratar a doença a tempo.
O primeiro sinal é a presença de ínguas, mesmo quando não há nenhuma infecção ou dor. Conhecer o corpo é importante, assim fica mais fácil identificar possíveis alterações físicas. O oncologista do Hospital de Câncer de Barretos, Gilberto Colli, lembra que quem tiver um caroço no pescoço, em baixo do braço, rápida perca de peso ou febre de origem indeterminada deve procurar um médico. “As vezes a pessoa tem um gânglio que não dá importância e pode ser um primeiro sinal do linfoma”, comenta.
Gilberto Colli explica que o linfoma pode acontecer em qualquer faixa etária, mas tem dois picos de aumento da incidência: entre a infância e a adolescência e por volta dos 40 anos. A doença é tratada com quimioterapia e ou radioterapia. “Normalmente, o paciente com uma ou duas sessões de quimioterapia já se sente muito bem. Começa a ter apetite, a recuperar peso e fica com outro astral”. Dr. Colli ressalta que boa parte dos casos é altamente curável. Mas, para que seja considerado curado é preciso que o paciente tenha finalizado o tratamento e não apresentado a doença há pelo menos cinco.
Muitos pacientes com câncer temem a quimioterapia devido à queda de cabelo causada pelo tratamento. Ainda não existem medidas preventivas, mas o oncologista explica que o cabelo não demora a crescer e nem todos precisam raspar a cabeça: “Apesar de ser um choque, pois muda a aparência, com o fim do tratamento o cabelo volta a crescer normalmente”, afirma Gilberto Colli.
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