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quarta-feira, 11 de março de 2015

Droga e informação

 Não existe exemplo no mundo de que a liberação das drogas melhore a vida da população
Infelizmente, sou contrário à liberação da maconha e das demais drogas ilícitas e favorável ao aumento de restrições às drogas lícitas, como o álcool e o tabaco. Digo "infelizmente" pois seria muito mais fácil aceitar a liberação, se isso realmente diminuísse o número de doentes da dependência e as vítimas da violência.

A história e a ciência mostram o contrário. Não existe exemplo no mundo de que a liberação das drogas melhore a vida da população. Só piora! Drogas foram legais na maior parte do tempo da nossa civilização. Até que a humanidade compreendeu a sua relação com grandes tragédias pessoais, familiares e sociais, e passou a proibi-las.



A maconha, que para seus adeptos é leve, produz mais câncer e danos pulmonares que o tabaco, desencadeia mais psicoses incuráveis que as demais drogas juntas, além de aumentar os suicídios e ser responsável por mais acidentes fatais que o álcool. Sem falar na dependência química e déficit cognitivo permanente. Afirmo isso respaldado por 90% dos trabalhos científicos publicados.



Portanto, não é em benefício da Saúde Pública que desejam liberar a maconha. Tampouco reduziria a violência. A liberação aumentaria muito o número de casos de compulsão e do uso concomitante de outras drogas. Cresceriam os casos de latrocínios, homicídios por discussões banais, violência doméstica, assaltos e furtos, e não diminuiria o tráfico. O álcool é a maior causa de violência doméstica, justamente por ser legal. O mais grave é que os mesmos argumentos usados para a liberação da maconha, serviriam adiante para liberar as demais drogas. Além disso, seus defensores confundem, propositalmente, a omissão do governo em enfrentar o problema, com a impossibilidade de fazê-lo. Daí a falsa conclusão de que liberar é a "única solução".

escrito por Osmar Terra
Deputado federal pelo PMDB,
ex-secretário estadual de Saúde do Rio Grande do Sul

Publicado no Jornal Zero Hora 

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