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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Terapia genética suprime o desejo por cigarro



Esqueça os chicletes, patches e outros recursos para saciar o organismo com nicotina: a terapia genética pode suprimir o desejo por cigarro impedindo a nicotina de chegar ao cérebro.
Um grupo de pesquisadores coordenado por Ronald Crystal, do Weill Cornell Medical College, em Nova York, selecionou em um rato o anticorpo mais forte contra a nicotina e isolou o gene que o produzia. Esse gene foi então colocado em um vírus carreador adenoassociado, recurso amplamente usado em terapia genética. Quando os pesquisadores injetaram o vírus em um camundongo viciado em nicotina, o fígado do roedor começou a produzir os anticorpos que foram jogados na corrente sanguínea. Esses anticorpos bloquearam 83% da nicotina antes que ela chegasse ao cérebro. Sem a droga, o comportamento do roedor continuou igual, assim como suas funções cardíacas. Dezoito semanas depois, o fígado do camundongo continuou produzindo os anticorpos, o que sugere que a terapia pode ter efeitos a longo prazo.
Até agora, o uso do vírus carreador tem sido testado clinicamente em HIV positivos e pessoas com câncer em estágio terminal. A vacina, se testada em humanos (as pesquisas devem começar em dois anos) e aprovada, poderá ser usada inclusive em crianças para prevenir contra o vício de cigarro. O estudo foi publicado na “Science Translational Medicine”.


Jornal O Globo

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