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quarta-feira, 28 de novembro de 2018
quinta-feira, 23 de agosto de 2018
sexta-feira, 29 de junho de 2018
BOATO- Brasil importa ovos de plástico da China
Matéria do G1:
Relatos e denúncias que levantam suspeitas sobre a qualidade da produção dos ovos consumidos no Brasil tomaram as redes sociais nesta segunda-feira (25). Veja o que é verdadeiro e o que é falso sobre as acusações envolvendo a adulteração do produto.
Assista também:
Relatos e denúncias que levantam suspeitas sobre a qualidade da produção dos ovos consumidos no Brasil tomaram as redes sociais nesta segunda-feira (25). Veja o que é verdadeiro e o que é falso sobre as acusações envolvendo a adulteração do produto.
Ovo comprado no Rio foi importado da China e era de plástico?
Uma consumidora insatisfeita com a qualidade dos ovos comprados em um
supermercado na cidade de Petrópolis, na Região Serrana do Rio de
Janeiro, gravou um vídeo em que reclama da textura e diz que o produto é
feito de plástico. Em uma das publicações, com mais de 160 mil
visualizações no Facebook, ela declara que o ovo foi importado da China.
A consumidora, que não se identifica no vídeo, no entanto, não tinha
como comprar um ovo produzido na China em um mercado pois, segundo dados
do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o Brasil não
importa esse produto do país asiático. Não há registro de arrecadação do
item "ovos de aves" nos dados divulgados pelo órgão que registra a
balança comercial entre os dois países.
É possível que a consumidora tenha citado a China ao criticar a
qualidade do ovo porque já há alguns anos são publicadas informações de
que indústrias chinesas usam produtos químicos para adulterar a produção
desse tipo de produto.
A informação de que o ovo foi feito de plástico por conta da textura
que apresenta também não é verdadeira. Segundo Roberta Ribeiro,
coordenadora do laboratório da Vigilância Sanitária do Rio, não se trata
de consistência plástica, e sim de um ovo velho, que vai se
liquefazendo.
"Quando você vai na granja, e vê um ovo que acabou de ser posto pela
galinha, ele tem as camadas muito bem definidas. A clara, próxima à
gema, é chamada de clara densa, e a que fica mais afastada da gema, é a
clara líquida. Com o tempo, o ovo vai envelhecendo e vai liberando água.
Assim, a clara densa se une à líquida e o ovo fica mais fluido,
parecendo que o ovo está aguado", diz.
A especialista explica ainda que como o ovo é poroso, com o tempo vai
fazendo troca de gases com o ar ambiente e, depois que se liquefaz, a
água começa a evaporar e faz com que a membrana que recobre o ovo
internamente, formada por queratina, se resseque com o passar do tempo.
"Quando o ovo vai perdendo a sua densidade, com o seu conteúdo
diminuindo, essa membrana resseca e fica mais próxima da gema. Isso
acontece quando o produto vai ficando velho. Então parece que o ovo
tenha uma consistência mais plástica."
A equipe de checagem entrou em contato com a Per'fa Alimentos, marca
dos ovos citada no vídeo. Por meio de nota, a fornecedora informa que
"todas as granjas que abastecem o sistema de distribuição se localizam
em território nacional e são acompanhadas e auditadas pelo SIF- Serviço
de Inspeção Federal - ligado ao Ministério da Agricultura e Pecuária". A
empresa afirma ainda que "está tomando as medidas judiciais cabíveis
para identificar os autores do vídeo e os responsáveis pela divulgação
do mesmo".
Assista também:
sexta-feira, 1 de junho de 2018
O Brasil paralelo no WhatsApp
Por Pedro Doria
Há, nas entranhas do WhatsApp, um outro Brasil. Nele, uma quantidade imensa de pessoas vive uma realidade paralela. Passei a última semana me dividindo entre, ao fim, seis grupos distintos de mensagens. Estes “grupos de notícias” informam aquilo que a imprensa “não tem coragem” de contar. Para o observador atento, os grupos revelam dois processos paralelos. Um deles é uma estrutura de marketing político de guerrilha em formação, fazendo um jogo sujíssimo. O outro é um novo tipo de brasileiro, despolitizado e, no entanto, engajado, tentando compreender a confusa realidade à volta, com as poucas ferramentas de que dispõe.
Grupos no WhatsApp têm um limite de tamanho: 256 usuários. E os convites podem ser distribuídos por links. Clique na tela do celular, entre no grupo. Estas são informações chaves para compreender a dinâmica de como funcionam. Os links para entrar nos grupos de notícias vão circulando de zap em zap, do grupo de família para o do serviço.
Quem entra é abastecido com centenas de mensagens por dia. São vídeos, áudios e imagens, quase nunca texto. Muitos memes — montagens de fotos críticas ao governo. Os vídeos e os áudios carregam um sentido de urgência. De que é preciso encaminhar, que a notícia tem de alcançar a maior quantidade de pessoas possível. Rápido. Sempre notícias falsas.
Durante o estirão final da greve dos caminhoneiros, as mensagens principais eram três. Primeiro: não confie na imprensa. Depois: a intervenção militar está para acontecer. Basta um dia a mais de caminhões parados. Os generais estão decididos. É segurar um pouco mais. Está chegando. Em terceiro: quem fica na fila de posto de gasolina é burro. Em memes e vídeos, burros foram imagens constantes. É a gente que não aguenta o tranco. Os caminhoneiros parados conseguiram baixar o preço do seu combustível, as cidades precisam ir às ruas, também parar, mostrar sua fibra. Derrubar o governo é fundamental.
Nada é acidental ou espontâneo nestes grupos de WhatsApp. Muitos leem, dois ou três os alimentam com a torrente de posts. E alguém, por trás, passou os dias produzindo material. De dez em dez minutos, tem alguma coisa nova para que todos sejam mantidos em alerta. O conjunto oferece uma mensagem organizada e calculada com um efeito em mente. E, sempre que um grupo começa a encher, novo link, para um novo grupo, é publicado. Distribuam para os amigos.
Há uma operação por trás deste processo, gente especializada construindo a mensagem. O governo, já frágil por deméritos próprios, sofreu uma tentativa de sabotagem por uma ou mais equipes que sabiam muito bem o que estavam fazendo. Tentaram aproveitar-se da greve dos caminhoneiros para provocar um novo 2013 nas cidades. Não conseguiram.
Mas conseguiram outras coisas. Porque todo mundo que se inscreve nos grupos deixa duas informações essenciais. A primeira: é alguém que procurou, que está querendo notícias novas. E, em segundo, celular com DDD. Ou seja: origem geográfica. A turma do marketing de guerrilha construiu, na crise, um banco de dados bem fornido de pessoas crédulas, engajadas, que formarão o marco zero da distribuição de fake news durante a campanha eleitoral.
Não é o fato de os grupos serem de extrema-direita que mais impressiona. É sua credulidade. Sua ingenuidade política. “Os militares já estão chegando em Brasília”, dizia um áudio. Como se eles precisassem ir para a capital. “O general Beltrano vai subir a rampa do Senado às 15h”, informava outro. A rampa é do Planalto. “O deputado Cicrano deu ordens.” Deputados não dão ordens. As incongruências, as notícias falsas tão vagas, não ligam o alerta de ninguém.
Mas alimentam uma raiva já existente. Terreno fértil para um demagogo populista.
Há, nas entranhas do WhatsApp, um outro Brasil. Nele, uma quantidade imensa de pessoas vive uma realidade paralela. Passei a última semana me dividindo entre, ao fim, seis grupos distintos de mensagens. Estes “grupos de notícias” informam aquilo que a imprensa “não tem coragem” de contar. Para o observador atento, os grupos revelam dois processos paralelos. Um deles é uma estrutura de marketing político de guerrilha em formação, fazendo um jogo sujíssimo. O outro é um novo tipo de brasileiro, despolitizado e, no entanto, engajado, tentando compreender a confusa realidade à volta, com as poucas ferramentas de que dispõe.
Grupos no WhatsApp têm um limite de tamanho: 256 usuários. E os convites podem ser distribuídos por links. Clique na tela do celular, entre no grupo. Estas são informações chaves para compreender a dinâmica de como funcionam. Os links para entrar nos grupos de notícias vão circulando de zap em zap, do grupo de família para o do serviço.
Quem entra é abastecido com centenas de mensagens por dia. São vídeos, áudios e imagens, quase nunca texto. Muitos memes — montagens de fotos críticas ao governo. Os vídeos e os áudios carregam um sentido de urgência. De que é preciso encaminhar, que a notícia tem de alcançar a maior quantidade de pessoas possível. Rápido. Sempre notícias falsas.
Durante o estirão final da greve dos caminhoneiros, as mensagens principais eram três. Primeiro: não confie na imprensa. Depois: a intervenção militar está para acontecer. Basta um dia a mais de caminhões parados. Os generais estão decididos. É segurar um pouco mais. Está chegando. Em terceiro: quem fica na fila de posto de gasolina é burro. Em memes e vídeos, burros foram imagens constantes. É a gente que não aguenta o tranco. Os caminhoneiros parados conseguiram baixar o preço do seu combustível, as cidades precisam ir às ruas, também parar, mostrar sua fibra. Derrubar o governo é fundamental.
Nada é acidental ou espontâneo nestes grupos de WhatsApp. Muitos leem, dois ou três os alimentam com a torrente de posts. E alguém, por trás, passou os dias produzindo material. De dez em dez minutos, tem alguma coisa nova para que todos sejam mantidos em alerta. O conjunto oferece uma mensagem organizada e calculada com um efeito em mente. E, sempre que um grupo começa a encher, novo link, para um novo grupo, é publicado. Distribuam para os amigos.
Há uma operação por trás deste processo, gente especializada construindo a mensagem. O governo, já frágil por deméritos próprios, sofreu uma tentativa de sabotagem por uma ou mais equipes que sabiam muito bem o que estavam fazendo. Tentaram aproveitar-se da greve dos caminhoneiros para provocar um novo 2013 nas cidades. Não conseguiram.
Mas conseguiram outras coisas. Porque todo mundo que se inscreve nos grupos deixa duas informações essenciais. A primeira: é alguém que procurou, que está querendo notícias novas. E, em segundo, celular com DDD. Ou seja: origem geográfica. A turma do marketing de guerrilha construiu, na crise, um banco de dados bem fornido de pessoas crédulas, engajadas, que formarão o marco zero da distribuição de fake news durante a campanha eleitoral.
Não é o fato de os grupos serem de extrema-direita que mais impressiona. É sua credulidade. Sua ingenuidade política. “Os militares já estão chegando em Brasília”, dizia um áudio. Como se eles precisassem ir para a capital. “O general Beltrano vai subir a rampa do Senado às 15h”, informava outro. A rampa é do Planalto. “O deputado Cicrano deu ordens.” Deputados não dão ordens. As incongruências, as notícias falsas tão vagas, não ligam o alerta de ninguém.
Mas alimentam uma raiva já existente. Terreno fértil para um demagogo populista.
terça-feira, 17 de abril de 2018
terça-feira, 27 de fevereiro de 2018
quarta-feira, 24 de janeiro de 2018
Não acredite em boatos sobre a vacina contra a Febre Amarela
Muitas pessoas estão espalhando boatos sobre a vacina contra a Febre Amarela. Por isto, recomendo este artigo:
http://www.boatos.org/saude/enfermeira-vacina-febre-amarela-farsa.html
http://www.boatos.org/saude/enfermeira-vacina-febre-amarela-farsa.html
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