O fundamento econômico que está por trás desta última – e de várias outras – elevação das taxas de juros não se aprende nas faculdades de Economia.
Aprende-se, talvez, nas de Psicologia, quando se estuda a teoria de Abraham Maslow e a “necessidade de estima”, que trata do desejo humano de ser apreciado.
Já é ocioso falar aqui que não temos uma inflação de demanda ou de investimentos econômicos que a gerassem para que os juros pudessem funcionar como um “resfriador” deste aquecimento econômico excessivo.
Basta olhar os grupos que mais pressionam a elevação de preços – alimentos e serviços – para saber que sobre eles pouquíssimo ou nada influi o aumento das taxas de juros. Ao contrário: a atratividade da remuneração financeira do capital até contribui para que alguns preços se elevem, pela comparação da taxa de retorno que seu emprego produtivo trará frente aquela.
O único fator onde este aumento de juros atua – e não decisivamente – é no fluxo de capitais, pela capacidade de atraí-los com o prêmio pago com nossos títulos. Ainda assim, algo arriscado, pois o fim dos estímulos financeiros norte-americano já encontrará, quando acontecer, os ganhos de capital no Brasil precificados num nível alto.
De alguma forma, surpreendemos, até, dando mais do que, de momento, nos era exigido.
O que o Banco Central fez – vem fazendo há tempos – é procurar demonstrar ao capital que o Brasil vai continuar a se sacrificar e a pagar por ele os maiores – senão o primeiro, o segundo – juro real do planeta.
Este é um processo que não tem fim, enquanto a saúde econômica do país for suficiente para essa drenagem.
Os dirigentes do BC, já que entraram no campo da psicologia de mercado, poderiam conversar com alguns psicólogos como a minha finada avó, para lembrar aquela história do “quem muito se abaixa…”
Fonte: Tijolaço
Comentei anteriormente: Se o governo taxar as grandes fortunas (como está previsto na Constituição) e caçar os grandes sonegadores, não precisa subir os juros.
Aumentar a taxa SELIC é gambiarra que segue o modelo que o FMI receitava ao Brasil nos tempos do Fernando Henrique Cardoso. É um paliativo que não auxilia em nada a população e só dá dinheiro para os bancos.
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