A pesquisa vem de uma equipe de cientistas da Universidade de Babes-Bolyai, em Cluj-Napoca.
A universidade fica a noroeste da Romênia. A pesquisa conseguiu criar uma “receita” de sangue artificial cujos testes preliminares mostraram-se satisfatórios para os padrões desejáveis.
A equipe, liderada pelo professor Radu Silaghi-Dumitrescu, que tem apenas 39 anos, conseguiu criar o sangue após 6 anos de intensas pesquisas e a descoberta pode ser crucial para salvar vidas em hospitais de todo o mundo onde a escassez de sangue para transfusão, especialmente os tipos raros, é grande.
A composição do sangue artificial é uma mistura balanceada de água, sal, albumina e uma proteína chamada hemeritrina que é extraída de vermes marinhos. Essa mistura estabiliza a pressão arterial e permite os mesmos efeitos que o sangue natural.
Os primeiros testes foram realizados em ratos: “Os camundongos tratados com este tipo de sangue não mostraram nenhum sinal de doença ou inflamação. O objetivo final é que, caso não haja reações de rejeição ao sangue artificial, seja usado no corpo humano”, disse Silaghi-Dumitrescu em entrevista ao Mediafax.
Ele ainda comentou que todas as tentativas anteriores de criar um sangue artificial foi um fracasso porque eles não conseguiam encontrar uma proteína que mantivesse as substâncias imunes de fatores de estresse externo. Até o momento, os ensaios com animais não mostraram toxicidade.
O cientista ainda afirmou que os testes com camundongos irão continuar até que se prove que não existe nenhum tipo de toxicidade antes de testes serem feitos com humanos. A pesquisa será concluída em, no máximo, 2 anos: “Os testes em humanos são muito delicados e precisamos de licenças difíceis porque representa um risco enorme”, disse.
Se mais testes se mostrarem satisfatórios, a mistura será patenteada e apresentada em diversas revistas científicas de todo o mundo.
O Ministério de Educação e Pesquisa da Romênia apóia a pesquisa, mesmo em um período de crise onde o financiamento foi cortado de diversas instituições de ensino.
Jornal Ciência
Nenhum comentário:
Postar um comentário