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quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Preço do Playstation 4 no Brasil
O preço oficial do Playstation 4 no Brasil, anunciado nesta quinta-feira, 17, pela Sony pegou todo mundo de surpresa. O incrível valor de R$ 4 mil é muto mais alto do que todos esperavam, e é até difícil entender os motivos pelos quais ele chegará ao país tão caro.
Impostos, como sempre são um fator importante, mas eles não são suficientes para explicar o valor tão alto, já que o Xbox One, que também será importado e é US$ 100 mais caro nos Estados Unidos, será lançado por quase metade do preço do PS4.
Para entender a matemática por trás dos impostos em consoles, é importante saber que videogames são uma categoria de produtos mais tributadas do país. Cerca de 72,18% do valor dos consoles no país correspondem a taxas. Somente caipirinha (76,66%), cigarro (80,42%), Vodca (81,52%), casaco de pele (81,86%) e cachaça (81,87%) têm cargas mais pesadas que os videogames, segundo relatório do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário obtido pelo Olhar Digital. Até armas de fogo chegam a ser menos taxadas que os games.
Estão entre os impostos ICMS (Imposto sobre Mercadorias e Serviços), Pis (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social). Em caso de produtos importados, também entra o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
Contudo, se impostos fossem o único problema, o console seria lançado por cerca de R$ 2 mil. A conta é a seguinte: O PS4 custa R$ 864 (US$ 400); incidindo o imposto sobre importação de 20%, o valor sobe para R$ 1036,80. Com o acréscimo de 1,65% do PIS, o custo aumenta para R$ 1051.
Em seguida entra o ICMS, imposto estatal. Em São Paulo, o valor é de 25%, que faz o preço aumentar para R$ 1267. Incluindo o Cofins, de 7,6% o salto é para R$ 1332. Em seguida entra o IPI, um dos mais pesados, de 50%, que levanta o preço para R$ 1765. Por fim, a substituição tributária eleva o preço em 35,9%, concluindo os R$ 2.075.
De acordo com o diretor de planejamento da IT Data, Ivair Rodrigues, então que outra questão pode encarecer produtos eletrônicos no Brasil? As margens de lucro. Com isso, sobram quase R$ 2 mil de margem de lucro no preço final, que devem ser divididos entre a Sony e os lojistas.
As redes varejistas são quem mais lucram ao vender aparatos tecnológicos - até porque lidam com mais riscos como assaltos, por exemplo -, mas os fabricantes e distribuidores também tiram suas fatias.
"Aqui, dependendo do produto, a margem é superior a 100%", disse ele, ressaltando que dificilmente esse exagero chega aos eletrônicos.
Olhar Digital
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