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domingo, 17 de maio de 2015

Resenha do filme "Chappie"

Terceiro longa-metragem do diretor sul-africano Neil Blomkamp, "Chappie" lida com várias questões que teóricos futurólogos, físicos  e cientistas da computação lidam atualmente: o que vai acontecer quanto as máquinas adquirirem consciência? Precisarão aprender as coisas como crianças? Questionarão seus criadores? É possível transferir uma consciência para uma máquina?
A película sem dúvidas bebe em várias fontes do gênero, como Robocop (os subúrbios que lembram Detroit) e "Um robô em curto circuito" (justamente na questão do robô inteligente com dilemas).


Em vez dos problemas sociais envolvendo alienígenas, como em "Distrito 9", Blomkamp agora lida com a criminalidade de Joanesburgo e como a  polícia local utiliza robôs para combatê-lo. É aí que surge o protagonista. Dev Patel é o cientista da computação Deon e ele aproveita que um desses robôs utilizados pela polícia apresenta defeito para implantar a inteligência artificial que ele acaba de criar em casa, após muito tempo. Mesmo sem autorização de sua chefe Michelle Bradley (Sigourney Weaver), ele vai atrás desse objetivo.

Seus planos não ocorrem exatamente como ele previa, quando uma gangue de bandidos da cidade sequestra o cientista (liderados por  "Ninja" -Watkin Tudor Jones- e Yolan Visser, interpretando versões malvadas deles mesmos) , quando ele ia para casa com o robô. Estes querem que Patel transforme Chappie em uma máquina do cirme. É interessante notar que não é esta gangue que faz o papel de antagonista, mas sim Vincent (Hugh Jackman), também engenheiro de computação da mesma firma onde trabalha Patel, que tem um projeto paralelo de robôs para a polícia chamado "O Alce". Este tuddo faz para sabotar o simpático robô-protagonista com a sua máquina, que lembra muito o robô-inimigo de Robocop, ED-209.


É importante dizer que Chappie no princípio é uma criança, que precisa explorar o mundo para adquirir conhecimento. Aos poucos, meio assustado, começa a questionar o universo dos humanos e porque eles mentem tanto. Com muitas referências ao filme "Um robô em curto-circuito 2", ele começa a ficar rebelde, falando várias gírias de gangues e tomando atitudes bastante radicais para ajudar a gangue que vai tomando conta dele. É bom ressaltar que o responsável pelos movimentos magistrais do protagonista ficam a cargo do ator Sharlto Coppley.



É interessante saber que Chappie na verdade nasceu de um filme de curta-metragem de Blomkamp, chamado "Tetra Vaal" (que agora é o nome da empresa que produz os robôs policiais) , de 2004:








Como todas essas referências e ingredientes, Chappie é um filme que não só mostra os possíveis desdobramentos do futuro da computação, como o fato de que sem dúvidas somos produtos do meio em que vivemos.


Trailer:


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