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terça-feira, 28 de abril de 2015

Fotografia- Passeio em São Francisco Xavier , São José dos Campos - São Paulo




São Francisco Xavier é um distrito do município brasileiro de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, estado de São Paulo.

O distrito fica a 59 quilômetros do centro de São Joé e o acesso é feito por estrada asfaltada, utilizando a rodovia SP-50, através do município de Monteiro Lobato. A estrada até o distrito é em meio à Serra da Mantiqueira, sendo que o trecho entre Monteiro Lobato e São Francisco Xavier foi restaurado no início de 2009. Outra opção é a ligação por trilhas e estrada de terra para o distrito de Monte Verde de Camanducaia, em Minas Gerais.

Possui uma área de preservação ambiental (APA) que abriga inúmeros animais como jaguatiricas, pacas, capivaras, esquilos, cobras, lagartos e o famoso macaco muriqui; e tem várias cachoeiras, como as Cachoeiras Pedro David, das Couves, e do Roncador.
Wikipédia










quinta-feira, 23 de abril de 2015

Cuba fornecerá vacinas contra o câncer para os Estados Unidos



Os acordos foram anunciados durante a visita à Cuba do governador de Nova York, Andrew Cuomo, realizada na segunda-feira e terça-feira, dis 20 e 21 de abril. Uma das organizações norte-americanas envolvidas foi o Instituto Roswell Park contra o Câncer de Nova York, que assinou um acordo com o Centro de Imunologia Molecular de Cuba.



As vacinas terapêuticas contra o câncer atuam no área da imunoterapia, método terapêutico que consiste em estimular o sistema imunológico das pessoas com câncer para que possam combater de forma mais eficaz a doença e eventuais metástases. A vacina é o segundo medicamento cubano a entrar nos Estados Unidos, dois anos depois da entrada de um remédio indicado para o tratamento do diabetes.



Outro acordo assinado prevê o fornecimento de aplicações informáticas norte-americanas para uma empresa farmacêutica cubana, que não foi identificada. O protocolo com a empresa tecnológica norte-americana Infor também envolve intercâmbios “com uma universidade cubana para ações de formação com estudantes” na área das novas tecnologias.




Acompanhado por uma delegação de empresários, Andrew Cuomo foi o primeiro governador norte-americano a visitar o território cubano depois do anúncio, em 17 de dezembro de 2014, da aproximação histórica entre Washington e Havana, que não têm relações diplomáticas oficiais há mais de meio século, informou Agência Brasil.




Fonte 1




Fonte 2

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Exame de sangue pode ser base para novo diagnóstico de câncer



Pesquisadores americanos estão testando uma potencial inovação: em vez de cortar um pedaço do tumor para fazer a biópsia do câncer, um exame de sangue promete encontrar pequenos trechos do DNA do câncer no sangue do paciente.

A expectativa é que o teste — muito menos oneroso que a biópsia tradicional ou a tomografia computadorizada — permitirá oncologistas a concluir rapidamente a eficácia do tratamento e uma forma de monitorá-lo, caso o câncer desenvolva uma resistência. Neste caso, o tratamento poderia ser abandonado rapidamente, poupando os pacientes de efeitos colaterais e permitindo que os médicos testem alternativas.



— Isso pode mudar definitivamente a forma como monitoramos a resposta aos tratamentos, assim como a possibilidade de resistência a eles. E, no futuro, também pode ser usado para o diagnóstico precoce — disse José Baselga, diretor médico do Centro de Câncer Memorial Sloan Kettering, em Nova York.




Os pesquisadores, no entanto, ressaltam que ainda é necessário averiguar a precisão e a confiabilidade do novo teste. Até agora, poucos estudos foram realizados e apenas para alguns tipos de câncer, como os de pulmão e cólon. Mas os resultados preliminares são animadores. Um estudo do Instituto Nacional do Câncer dos EUA publicado este mês na revista “The Lancet Oncology”, envolvendo 126 pacientes com o tipo mais comum de linfoma, descobriu que o teste indicou a recorrência da doença mais de três meses antes da tomografia computadorizada. A biópsia líquida também identificou pacientes que provavelmente não responderiam às terapias.

Entre os resultados bem sucedidos está o da professora Mary Susan Sabini, da cidade de Gardiner, no estado de Nova York. Seu câncer de pulmão resistiu a duas tentativas de quimioterapia . Os médicos no Centro de Sloan Kettering identificaram o DNA do câncer em seu sangue quando ela começou a tomar uma droga experimental em outubro.

Quatro dias depois, os fragmentos de DNA do câncer haviam desaparecido, o que seria um sinal de que o tratamento estava funcionando. Após alguns meses, ela passou por uma tomografia computadorizada, que confirmou o encolhimento do tumor.



— Cada câncer tem uma mutação que pode ser acompanhada por este método — explicou David Hyman, o oncologista de Sloan Kettering que está conduzindo o estudo da droga experimental de Mary Susan.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Resquícios da Guerra Fria: a fixação na bandeira vermelha



Por Wagner Iglecias
Revista Fórum


Um dos maiores anacronismos das manifestações contra Dilma, Lula e o PT é esse grito de guerra de que “a nossa bandeira jamais será vermelha”. Ok, tudo bem, gritos de guerra dão sentimento de coesão, as manifestações são majoritariamente de pessoas de direita e o vermelho tradicionalmente foi a cor dos movimentos revolucionários de esquerda. E a associação não é difícil de entender: a cor simboliza o sangue dos que tombaram na luta por um mundo menos injusto, desde pelo menos a Comuna de Paris e a Revolução Francesa. E esse tipo de luta, pela igualdade, sempre foi repudiado pela direita, em qualquer lugar do mundo. Mas apesar dos tantos insucessos na luta por um outro mundo, o vermelho ficou e mais tarde foi adotado por sindicatos de trabalhadores, movimentos sociais e partidos trabalhistas, como o Partido Socialista francês, o Partido Trabalhista inglês e o Partido Social-Democrata alemão.

Já essa repulsa ao vermelho por aqui, que se dirige inclusive a qualquer desavisado que cruze as manifestações vestindo uma camiseta daquela cor, é um resquício tolo da Guerra Fria. Que acabou há um quarto de século, quando caíram o Muro de Berlim e a antiga URSS. A bandeira soviética, toda vermelha com a foice e o martelo em amarelo, hoje em dia é apenas peça de museu. E no caso da bandeira chinesa, toda vermelha com cinco estrelas em amarelo, seria o caso de se perguntar: ela é ainda o símbolo de um país comunista ou daquela que será a maior potência econômica do planeta em poucos anos, plenamente inserida na economia de mercado? E as bandeiras do Vietnã, totalmente vermelha com uma estrela amarela, e de Cuba, com um triângulo vermelho e uma estrela branca dentro? Oras, o Vietnã, se um dia impôs uma histórica derrota militar ao Ocidente, hoje é um país integrado ao capitalismo. E o que dizer de Cuba, em vias de fazer o mesmo?

De mais a mais, a bandeira do país-modelo dos nossos manifestantes anti-PT, os EUA, tem sete listras vermelhas. As bandeiras de Portugal, Itália, Espanha e Alemanha, de onde vieram a maioria dos nossos antepassados europeus, têm a cor vermelha também. As bandeiras de Angola, Moçambique e de diversos países do Golfo da Guiné, de onde vieram os nossos antepassados africanos, idem. As bandeiras da Síria e do Líbano, de onde vieram a maioria dos nossos antepassados árabes, a mesma coisa. E o que dizer da bandeira do Japão, que nos legou tantos imigrantes, toda branca com um círculo vermelho bem no meio? E as bandeiras dos imigrantes recentes que têm vindo ao Brasil nos últimos anos e nas últimas décadas? Coreia do Sul? Tem vermelho. Bolívia? Vermelho também. Haiti? Adivinhem.

E a bandeira de Minas Gerais, estado-símbolo do nosso movimento de independência em relação a Portugal? Tem o triângulo vermelho no centro, e em volta do qual se lê a frase “Libertas Quae Sera Tamen” (Liberdade ainda que tardia). A bandeira do estado de São Paulo, curiosamente semelhante à bandeira dos EUA, carrega o vermelho também. E até a bandeira da cidade de São Paulo traz o vermelho, onde se lê a frase um tanto arrogante “Ducor Non Duco” (Conduzo, não sou conduzido).

E o que dizer dos três principais clubes de futebol da capital paulista? O São Paulo dispensa comentários, tão presente o vermelho entre suas três cores. O alvinegro Corinthians traz em seu símbolo a âncora e os remos em vermelho. E o alviverde Palmeiras há tempos reconheceu o vermelho como uma de suas cores também, aliás presente no escudo da Casa de Savóia, da qual o clube reivindica suas origens. E isso para não falar da nossa alvi-rubra Lusinha, a Portuguesa de Desportos, trazendo em seu uniforme o vermelho do manto lusitano de além-mar.

Como desafio para os próximos protestos fica o de alguém sair à rua carregando a bandeira de um certo estado norte-americano que, se fosse um país independente, seria a sétima economia do mundo. Na frente do Brasil inclusive. Trata-se de uma bandeira branca, com uma faixa vermelha na parte inferior e o desenho de um urso com um olhar de poucos amigos. Logo o urso, tradicional animal da América do Norte…mas também o símbolo da Rússia. E pra completar, com uma estrela vermelha de cinco pontas…igualzinha a de um certo partido…e do lado esquerdo!!! Um verdadeiro perigo!!! E embaixo do urso, duas palavras: California Republic. As quais, no meio de tanta desinformação e tanta fixação ideológica demodée, poderão passar despercebidas, correndo o risco o desafiante de acabar hostilizado por alguém ou motivar o coro da multidão verde e amarela de que “a nossa bandeira jamais será vermelha”. Reconheçamos: repudiar a bandeira vermelha é algo tão contemporâneo quanto, em pleno 2015, ver o risco do comunismo a cada esquina.

Wagner Iglecias é doutor em Sociologia e professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Metade da população desconhece a leucemia



Cerca da metade dos brasileiros não sabe que tipo de doença é a leucemia. E mais: 20% da população sequer sabe o que é leucemia. Esses números foram apontados por pesquisa Ibope, encomendada por uma indústria farmacêutica. Dos 50% restantes, 8% afirmaram ser um câncer, mas não conseguiram precisar qual.

— Ainda existe muita confusão em relação a leucemia, principalmente sobre os sintomas e o tratamento. Por outro lado, segundo a pesquisa, mais de 25% dos entrevistados disseram que conheciam alguém que já teve a doença — apontou o hematologista do Hospital Albert Einstein, Guilherme Perini, sobre outro dado do estudo que apontou que 28% afirmaram conhecer alguém com leucemia.



Entre outros números, o Ibope mensurou que os sintomas reais da doença, como infecções recorrentes, sangramentos e dores nos músculos e articulações, são citados, mas em menor proporção (12%, 17% e 17%, respectivamente) do que a perda de peso e a queda de cabelo (51%) que, na verdade, são sintomas do tratamento quimioterápico. A pesquisa constatou que 45% dos brasileiros desconhecem totalmente os sintomas da doença.




O Ibope ouviu mais de duas mil pessoas em todo o Brasil durante o mês de março deste ano e apontou ainda que dos 42% que especificaram exatamente o que é a leucemia, 29% são moradores das regiões Norte e Centro-Oeste; 40% do Nordeste; 46% do Sudeste e 48% do Sul.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), a região Norte é a única na qual o ranking dos cinco tipos mais incidentes de câncer entre os homens inclui as leucemias.

No geral, segundo o Inca, o câncer de pele do tipo não melanoma (182 mil casos novos) será o mais incidente na população brasileira em 2015, seguido pelos tumores de próstata (69 mil), mama feminina (57 mil), cólon e reto (33 mil), pulmão (27 mil), estômago (20 mil) e colo do útero (15 mil).

De acordo com Perini, a população também desconhece que a leucemia pode ser tratada com remédios, além da quimioterapia e o transplante de medula óssea.

Ele explica que os tratamentos para as leucemia linfoide aguda (afeta células linfoides e se agrava rapidamente; mais comum em crianças pequenas) e para a leucemia mieloide aguda (afeta as células mieloides e avança rapidamente; ocorre tanto em adultos como em crianças) são a quimioterapia ou o transplante ou ambos.

Mas, no caso da leucemia linfoide crônica (se desenvolve vagarosamente; comum em pessoas com 55 anos ou mais) e da leucemia mieloide crônica (também se desenvolve vagarosamente e acomete principalmente adultos), os tratamentos podem ser menos agressivos.

Perini disse que para casos de mieloide crônica, remédios podem ser suficientes. E que o tipo linfoide crônica é o mais comum (cerca de 50% dos dentes com leucemia) e que proporciona "sobrevida alta".

— Nesse caso, há novas drogas aprovadas fora do Brasil que devem chegar em brave por aqui. Outra evolução no tratamento é a diminuição da taxa de mortalidade em casos de transplante.

BANCO DE DOAÇÃO

Segundo dados da última estimativa de novos casos de câncer do Inca, as leucemias são o nono tipo mais frequente de câncer entre homens e o décimo entre mulheres no Brasil.

São estimados 9.370 novos casos para cada 100 mil habitantes no país em 2015. Destes, 4.150 casos na região Sudeste (2.210 em homens e 1.940 em mulheres) mas com taxa bruta maior em na região Sul (estimados 1.140 novos casos em homens e 920 novos casos em mulheres, num total de 2.060 novos casos, com uma taxa bruta de 8,13 novos casos para cada 100 mil homens e 6,30 novos casos a cada 100 mil mulheres).

Segundo o Inca, qualquer pessoa entre 18 e 55 anos com boa saúde pode doar medula óssea (retirada do interior de ossos da bacia, por meio de punções, sob anestesia). O Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea), com cerca de 3,6 milhões de doadores, é o terceiro maior cadastro do mundo, atrás dos EUA (cerca de 7 milhões) e Alemanha (cerca de 5 milhões).

Inicialmente, os doadores preenchem um formulário com dados pessoais e é coletada uma amostra de sangue para testes. Estes testes determinam as características genéticas que são necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente.

Os dados do doador são cruzados com os dos pacientes que precisam de transplante de medula óssea constantemente. Em caso de compatibilidade, outros exames de sangue serão necessários. Em caso de busca de doador não-aparentado, não há fila ou espera. Isso porque este procedimento depende única e exclusivamente da compatibilidade entre doador e receptor.

É possível se cadastrar como doador voluntário de medula óssea nos hemocentros nos estados. No Rio de Janeiro, além do Hemorio, o Inca também faz a coleta de sangue e o cadastramento de doadores voluntários de medula óssea, de segunda a sexta-feira, de 8h às 12h. Não é necessário agendamento.

Hoje, um paciente inscrito no Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme) tem 88% de chances de encontrar um possível doador não aparentado compatível na fase inicial da busca. Destes 88%, de 50 a 60% vão ter um doador compatível confirmado.