Serra se acha o imperador Júlio César: Inquestionável, intocável e não gosta de ver seus adversários sendo citados na mídia. Serra acha que a mídia deve ser sua legião de soldados romanos
Mais uma vez o presidenciável do PSDB, José Serra, mostrou que trata princípios de democracia e de liberdade de imprensa de forma relativa. Quando colocado diante de fatos que possam não lhe ser favoráveis, o tucano reage de maneira autoritária e busca os mesmos mecanismos de censura adotados durante a ditadura para tentar intimidar e proibir a veiculação de notícias.
Na terça-feira 5, depois de conhecido o resultado do primeiro turno da sucessão presidencial, a TV Record exibiu reportagem mostrando que Serra fora mais votado nos bairros nobres de São Paulo e que a candidata do PT, Dilma Rousseff, obtivera melhor votação nas regiões mais periféricas da capital. Não se tratou de nenhuma especulação ou pesquisa, mas do resultado concreto do que manifestara o eleitor. Serra e o comando de sua campanha, no entanto, entenderam que a reportagem seria favorável a Dilma, uma vez que ela foi preferida nas regiões onde se concentra maior número de eleitores.
O comando da campanha de Serra procura agora intimidar a emissora. Pediu ao Ministério Público Eleitoral que a Record seja multada por causa da reportagem. O caso será julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral. O Supremo Tribunal Federal, no entanto, já se manifestou em casos semelhantes e a jurisprudência define tais tentativas como cerceamento da liberdade de imprensa. A direção da TV Record avalia o pedido dos tucanos como uma “tentativa de censura”.
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