Histórico do comportamento do PSDB mostra que opinião do partido muda de acordo com popularidade do presidenciável
ISTOÉ
O candidato à presidência pelo PSDB voltou a criticar as pesquisas eleitorais nesta quinta-feira 21. Em visita à cidade Maringá, no Paraná, José Serra tentou desqualificar o levantamento do Ibope divulgado na quarta-feira 20. “Essa pesquisa do Ibope é estranha porque não há registro dos questionários, como a legislação exige. Segundo, porque o resultado já havia sido divulgado antes que a pesquisa estivesse pronta”, afirmou.
O levantamento mostra Dilma Rousseff na liderança, com 51% das intenções de voto, contra 40% do tucano. Ele voltou a criticar o instituto Vox Populi que também divulgou pesquisa na qual a petista tem ampla vantagem. “Às vezes, algumas pesquisas não são bem feitas e outras são alugadas, como é o caso do Vox Populi”, disse Serra.
É muito particular a forma como os tucanos vêm tratando os institutos de pesquisa. Em meados de abril, quando pesquisa divulgada pelo Sensus mostrou Dilma Rousseff empatada com Serra, o PSDB chegou a fazer auditoria no instituto. Logo depois do primeiro turno, o mesmo Sensus revelou uma rápida aproximação de Serra, em situação limite de empate técnico. O PSDB, então, usou a pesquisa na propaganda eleitoral, e o presidente do partido, Sérgio Guerra, declarou que Dilma Rousseff se tornou agressiva por causa da pesquisa. Essa semana, Guerra tentou desqualificar os números do Vox Populi que apontam uma diferença de 11% a favor de Dilma.
Na opinião dos tucanos, a seriedade dos institutos de pesquisa parece oscilar conforme o resultado das intenções de voto: se mostram Serra no topo são confiáveis. Caso contrário, só podem ter sido manipuladas.
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