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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Deus dá lucro-reportagem


"O Senhor é o meu pastor, nada me faltará": enquanto a ideia do "dar para receber" ganha adeptos que se consolam com o Salmo atribuído ao Rei Davi, igrejas "faturam" alto com as contribuições mensais dos devotos

Deus dá lucro. A humanidade não fala a língua dos anjos, mas percebeu que explorar o alfabeto divino nas mais variadas versões rende muitos dividendos. Músicas, livros, filmes, palestras, adesivos. Nunca Deus esteve tão visível na vida mundana. Contudo, o produto mais “rentável” das religiões continua sendo o lugar onde os fieis recebem diretamente seus ensinamentos, ou seja, nas igrejas e templos.

É neles que o devoto confirma a sua fidelidade, decide contribuir para a causa e passa a ser um militante fervoroso. Então, a equação se completa: quanto mais, maiores e vistosas “casas de Deus”, mais devotos a participar e, eventualmente, a contribuir. O infalível raciocínio de “dar para receber” ganha adeptos que se consolam com o Salmo 23, atribuído ao Rei Davi: “O Senhor é o meu pastor, nada me faltará.” Nem mesmo dinheiro.

Sabe-se que é imprescindível às igrejas angariar fundos para sobreviver. Não se questiona tal condição. Os templos precisam de manutenção, funcionários de remuneração e projetos sociais de investimentos. Porém, em se tratando de dinheiro, a linha que separa a necessidade do acúmulo é tênue, e muitas vezes indefinida.
Leia aqui, na página 31:
http://www.valeparaibano.com.br/jornal_vp_revista/f?p=189:22:666435812922710

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