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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Nova pesquisa Ibope: Dilma 39 x Serra 34

Dilma Sobe e Serra cai.

O que resta aos tucanos agora? Se continuarem atacando Dilma, vão cair ainda mais nas pesquisas.
Dilma terá cerca de 10 minutos na tv, contra 7 de Serra, no horário eleitoral. Também terá mais inserções durante a programção.
Seria melhor os tucanos desistirem enquanto há tempo.

Rochas de Marte podem ter indício de vida


Cientistas descobriram rochas que podem conter restos fossilizados de vida em Marte. Observações feitas nas rochas antigas Nili Fossae, na superfície do planeta, revelam que as características do lugar são quase idênticas as que existem em Pilbara, região noroeste da Austrália, onde foram preservados alguns dos primeiros indícios de vida terrestre.

Os pesquisadores do Instituto de Pesquisa de Inteligência Extraterrestre (Seti, na sigla em inglês) usaram a luz infravermelha da sonda MRO (Mars Reconnaissance Orbiter) da Nasa (agência espacial americana) para fazer a análise.
Eles estimam que a região pode ter abrigado vida há cerca de 4 bilhões de anos. A mesma técnica foi empregada na Austrália.

Ambos os locais têm concentração semelhante de minerais. O carbonato presente nos dois lugares geralmente é formado em terrenos onde são enterrados corpos de animais.

Outra suspeita é que sejam identificados vestígios de estromatólitos, substâncias rochosas formadas a partir da presença de micróbios antigos.



Fonte.

Alckmin não se compromete a reduzir preço de pedágios


Geraldo Alckmin, candidato do PSDB ao governo do estado de São Paulo, disse ontem na Sabatina do Jornal Folha de São Paulo que desconhece as reclamações sobre os altos preços dos pedágios.
 A desfaçatez do candididato é impressionante. Ele disse: "A concessão feita em São Paulo é bem-sucedida. Mas acho que a gente tem que ver humildade e ver que as coisas podem ser melhoradas. Se tiver praça de pedágio mal localizada, corrige, ou subsidia a população local". Por que O PSDB NÃO FEZ ISTO NESTES 20 ANOS? Um exemplo escandaloso de praça mal localizada está em Jacareí, no Vale do Paraíba, onde a população tem que pagar pedágio se quiser utilizar a Rodovia presidente Dutra para ir de um bairro a outro.
Alckmin demonstra uma calhordice gigantesca. Ele continua: " Nos vamos analisar contrato por contrato, verificando se tem margem, mas respeitando contratos". O PSDB nunca revisou contratos. Por que Serra não fez isso? Por que Goldman não faz?

Continuando as piadas, Alckmin fala: " Nós vamos fortalecer a carreira (dos professores). O  o governo do seu partido não recebe os professores, não ouve as reivindicações e manda a polícia bater nos professores quando eles fazem greve. É uma contradição atrás da outra.

Se você tiver paciência para ver as mentiras de Geraldo Alckmin, clique aqui.
Resumo com algumas de suas respostas desonestas, aqui.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

SERRA: UM URIBE PIORADO


A dramática diferença entre José Serra e Álvaro Uribe está no poder destrutivo que o tucano teria em mãos caso chegasse à Presidência da República da maior economia da América Latina. Emparedado por governos progressistas, como os da Venezuela e Equador, com um PIB importante mas cerca de 1/5 do brasileiro e sem rivalizar com a liderança de Lula na região, Álvaro Uribe teve que se contentar em representar o Departamento de Estado norte-americano na fronteira com a Venezuela, adotando um belicismo permanente na tentativa de provocar Chávez e isolar seu governo. Limitou-se a isso a bisonha expressão regional do uribismo colombiano.

Se chegasse à presidência do Brasil, o uribismo tucano teria efeitos mais graves. Com o peso da economia brasileira nas mãos, Serra manejaria um poder de fogo que seu inspirador jamais sonhou. Os sinais emitidos nestas eleições dão uma pálida idéia da ameaça que um Alvaro Uribe nativo representaria para os governos e agendas progressistas da América Latina, a saber: a) Serra quer reverter a entrada da Venezuela no MERCOSUL para destruir Chávez; b) Serra ataca o desrespeito aos direitos humanos em Cuba para enfraquecera revolução cubana, mas silencia diante de Guantánamo e do embargo comercial dos EUA contra o povo cubano; c) Serra acusa Morales de cúmplice do narcotráfico dispensando tratamento humilhante ao líder boliviano, o mesmo tratamento racista e reacionário adotado pela oligarquia brança do país ; d) Serra ameaça anular acordos do governo Lula com Lugo, sob alegação de que o Brasil faz 'filantropia' ao pagar um preço mais justo pela eletricidade de Itaipu pertencente ao povo paraguaio; e) Serra quer desconstruir o MERCOSUL –e por tabela o governo progressista de Cristina Kirchner na Argentina-- sob alegação de que o Brasil precisa de liberdade para firmar acordos comerciais mais favoráveis 'aos negócios'.

Carta Maior

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Jornalista da Band desrespeita ateus e revolta telespectadores


José Luiz Datena cometeu uma gafe durante a apresentação do seu “Brasil Urgente” desta terça-feira, 27. Após afirmar ser a favor da “pena de morte” no Brasil, o jornalista da BAND, em mais um de seus “pitis” sensacionalistas, associou os ateus e a descrença em Deus a tudo de ruim que existe.
Em seu tradicional tom voz grosseiro, Datena mandou sua produção colocar uma enquete no ar perguntando aos telespectadores se eles acreditavam ou não em Deus. Ao ver o grande número de pessoas que votaram na opção “não”, o apresentador se irritou.
“Quem não acredita em Deus, não é para assistir o meu programa (…) Ateus se acham o próprio Deus, eles não têm limites”, berrava.
As afirmações preconceituosas do jornalista geraram a ira de milhares de integrantes do microblog Twitter, que passaram a postar a tag “CALA BOCA DATENA”, fazendo uma alusão à campanha “CALA BOCA GALVÃO” – que fez bastante sucesso durante a Copa do Mundo. O assunto tornou-se rapidamente um dos mais comentados da rede social.
“Budistas não acreditam em Deus e o Datena disse quem é ruim também não crê e depois emendou com as críticas aos ateus. Sinceramente, acho que tão errado quanto o Datena é a direção da BAND, que permite que um ser desse tenha tanto espaço na televisão. No mínimo, cabe um processo por intolerância religiosa. Onde está o Ministério da Justiça nessas horas?”, protestava um dos blogueiros.
Uma das explicações para essa apelação totalmente desnecessária de Datena é a baixa audiência do “Brasil Urgente”, que viu seus índices caírem após o encerramento das coberturas dos casos “Goleiro Bruno” e “Mércia Nakashima”. A atração, que vinha registrando picos de 13 pontos no Ibope, viu seus números caírem para 6.


Comentários:
Datena desrespeitou uma categoria inteira de cidadãos. Ele cometeu crimes de injúria, calúnia e difamação contra todos os ateus do Brasil. Não há nenhuma correlação entre honestidade e crença ou descrença.

Entrevista com Aloizio Mercadante na íntegra, na UOL

Excelente entrevista com o candidato ao governo de São Paulo Aloizio Mercadante, do PT:

Boa notícia:Proposta pode tirar programação religiosa da TV Brasil



A menos de 70 dias das eleições, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), estatal que opera a TV Brasil e oito rádios oficiais, debate tema politicamente delicado: o destino de programas religiosos em suas grades. O conselho curador da empresa, que estabelece sua linha editorial, aprovou, com modificações, proposta do conselheiro Daniel Aarão Reis Filho de substituir a atual programação religiosa por programas de discussão do tema, sem "proselitismo" e produzidos mediante concurso.
Um edital de consulta pública sobre o assunto sairá em agosto, no processo de discussão que poderá ter uma audiência aberta e com previsão de terminar até dezembro. Mantido, o cronograma levará ao fim os atuais programas católicos e evangélicos. Na TV Brasil, são duas horas de programação católica aos domingos e 45 minutos de programa evangélicos aos sábados. A Rádio Nacional AM do DF transmite uma missa aos domingos.
"É um debate muito delicado", reconheceu a presidente do conselho curador, Ima Célia Guimarães Vieira. "Acho que vai haver resistência (à mudança). A EBC herdou os atuais programas religiosos da antiga TV Educativa e da Radiobrás." As duas instituições foram fundidas em 2007 para originar a nova estatal. Desde então, a programação passou por modificações. "Isso não representa um ataque à religião em geral, nem a nenhuma religião especifica." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Comentários:

Isto é extremamente importante. Dinheiro público não pode sustentar pregação religiosa. Se as igrejas querem manter esta programação, que paguem (e caro) aos canais. Pregação bancada com dinheiro do contribuinte não é algo aceitável em um estado laico.


Touradas são proibidas na Espanha


O parlamento da Catalunha proibiu hoje as corridas de touros naquela região nordeste de Espanha a partir de 01 de janeiro de 2012.

Com 68 votos a favor, 55 contra e nove abstenções, o parlamento catalão aprovou a iniciativa legislativa popular, proposta por 180 000 cidadãos, que pediam a proibição das touradas, considerada uma das marcas culturais de Espanha.

Com esta decisão, a Catalunha será a segunda região autónoma a aprovar a proibição das touradas, depois da medida ter sido anteriormente proibida nas Canárias.

Comentários:
Excelente notícia. Touradas são imbecis e torturam animais de maneira cruel, absurda e sem sentido. Uma coisa é abatar animais para alimentação. Outra é torturar os bichos sem nenhum motivo.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Serra no poder: O sucateamento da saúde pública paulista

O sucateamento da saúde pública em São Paulo
Gilson Caroni Filho e João Paulo Cechinel Souza (*), na Carta Maior
Nos últimos dias, temos visto uma infindável torrente de notícias trazendo o presidenciável José Serra como o baluarte derradeiro na defesa por uma saúde pública decente. Cabe-nos, entretanto, salientar alguns pontos propositalmente obscurecidos pela grande mídia sobre o tema em questão.
Desde 1998, com a eleição de Covas e a edição/promulgação de um projeto de lei pelo então presidente FHC, as Organizações Sociais (OSs) passaram a gerir uma série de instituições hospitalares Brasil afora, mas encontraram no Estado de São Paulo seu porto pacífico.
A partir de então, os hospitais e serviços de saúde, que vinham sendo administrados diretamente pelas autarquias municipais e estaduais tiveram seu gerenciamento progressivamente terceirizado, privatizado – sempre pelas mesmas (e poucas) empresas (OSs), e sempre sem licitação.
O esquema, de contratos milionários, envolve aquilo que FHC e Serra fizeram enquanto foram gestores federais: sucateamento e pauperização crescentes das estruturas públicas, principalmente as hospitalares e educacionais, e desvalorização de seus funcionários, para que o argumento privatizador pudesse encontrar respaldo junto à população em geral, com o devido apoio das corporações midiáticas.. E assim foi. E assim continua sendo São Paulo.
Serra deixou à míngua o renomado Instituto do Câncer Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho (IAVC), forçando os profissionais a pedirem demissão pela falta de condições dignas de trabalho no local, relegando a segundo plano o tratamento dos pacientes que lá procuram auxílio. Preferiu deixar de lado um centro de excelência para inaugurar o resplandecente e novo Instituto do Câncer de São Paulo Octávio Frias de Oliveira (ICESP), só para homenagear seu padrinho midiático, aquele cuja família lhe oferece a logística de um jornal diário e a metodologia favorável do Datafolha.
Infelizmente, até hoje o ICESP não funciona plenamente, os profissionais de saúde têm dificuldades imensas para encaminhar para lá os doentes que dele precisam e os pacientes do IAVC continuam com sérios problemas para conseguirem ter sua saúde recuperada.
Por conta dessa mesma terceirização da saúde pública paulista e paulistana, o vírus da dengue encontrou em São Paulo um grande apoio governamental. Minimizando a atuação das Unidades Básicas de Saúde (UBS) na prevenção de diversos problemas de saúde, subestimando o fator pluviométrico e seu poder disseminador de doenças, a Prefeitura Municipal de São Paulo demitiu centenas de agentes de combate às zoonoses, essenciais para o controle da doença.
A responsabilidade pelo aumento de quase 4.000% no número de casos de dengue na cidade é debitada na conta da população que não está à altura da arquitetura inovadora do tucanato. Sem contar os assombrosos índices de contaminação nas cidades de São José do Rio Preto e Ribeirão Preto, todas administradas por políticos com ideias semelhantes às dos prefeitos paulistanos Serra-Kassab – e por eles apoiados.
Não bastasse tamanho descalabro, delegou às OSs a administração de diversas UBS, prejudicando, sobremaneira, a inserção das equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) no Estado, onde podemos encontrar um enorme vácuo no mapa brasileiro no que diz respeito à sua efetiva implementação. A saber, as equipes de ESF são inseridas tendo em vista, basicamente, o contingente populacional a ser atendido. Com base nisso, São Paulo deveria ser o Estado com maior número de equipes – justamente o contrário ao que se constata na realidade.
No que diz respeito às estratégias de atendimento primário à saúde, Serra fragmentou todo o atendimento prestado pelas UBS, esperando, assim, reinventar a roda – e, com ela, quem o legitimasse publicamente. Essa foi a lógica que o levou a “Criar” o “Dose Certa”, o “Mãe Paulistana” e as unidades de Atendimento Médico Ambulatorial (AMAs), que, reunidos, constituem, justamente, o que se chama no resto do Brasil de ESF.
Mas a farsa de José Serra não tem começo tão recente. Antes de redescobrir a pólvora no atendimento primário, já estava chamando para si os louros do programa dos Genéricos, verdadeiramente criado pelo médico e então Ministro da Saúde Jamil Haddad (PSB/RJ) em 1993, que, atendendo a orientações da Organização Mundial de Saúde, editou e promulgou o Decreto-Lei 793. Este sim, revogado integralmente por FHC e Serra em 1999, foi posteriormente reeditado por eles mesmos (lei 9.787/99 e decreto 3.181/99), acrescentando, vejam que pequeno detalhe, inúmeras concessões às grandes indústrias farmacêuticas.
Presidente de honra do PSB, Jamil Haddad faleceu em 2009, divulgando a todos quantos quiseram ouvi-lo que sua ideia fora usurpada por Serra e seu respectivo partido. Faltou, obviamente, o prestimoso apoio da mídia corporativa para denunciar suas denúncias.
Da mesma forma, Serra se “esquece” de mencionar outros atores importantes e nada coadjuvantes quando se refere ao Programa Nacional de Combate à AIDS. Relata sempre que foi o mais importante, senão o único, agente responsável pela implantação do Programa, tentando obscurecer os trabalhos fundamentais desenvolvidos desde meados da década de 80 pelos médicos Pedro Chequer, Euclides Castilho, Luís Loures e Celso Ferreira Ramos Filho, além da coordenação realizada dentro do Ministério da Saúde, no início da década seguinte, pelo ex-ministro Adib Jatene e pela bióloga Dra. Lair Guerra de Macedo Rodrigues.
Tanto esforço não valeu muito no município de São Paulo, que parece não ter feito a lição de casa no que diz respeito à redução da mortalidade associada à AIDS nos últimos anos – entre o final da gestão Serra e o começo da gestão Kassab (2008-2009). Segundo dados da própria Secretaria Municipal de Saúde, houve um aumento do número de óbitos pela doença no município, contrariamente ao que aconteceu no resto do país.
Muito embora essa mistura de hipocrisia e obscurantismo seja maquiada pela grande imprensa ao divulgar os feitos tucanos na área da saúde, contra ela existem fatos concretos e objetivos. E sobre isso Serra não pode fazer nada. Sobra-lhe a opção de negar sua existência ou pedir à Folha de São Paulo que reescreva a história da forma que lhe parece mais conveniente. Talvez não seja interessante para sua candidatura que se descubra o real sentido do que promete. Quando fala em acabar com as filas para a saúde estamos diante de uma proposta de modernização gerencial ou uma ameaça de extermínio? É uma dúvida relevante.
(*) Gilson Caroni Filho – professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil
(*) João Paulo Cechinel Souza – médico especialista em Clínica Médica e residente em Infectologia no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo.

Maierovitch: José Serra, entre drogas e alucinações

por Wálter Fanganiello Maierovitch, na CartaCapital
Quando ministro da pasta da Saúde, o atual candidato José Serra jamais se preocupou com a questão das drogas ilícitas, no que tocava ao tratamento do dependente químico e psíquico e na formação dos agentes de saúde. Sua gestão, no particular, foi marcada pelo descaso e pelo desrespeito aos direitos humanos.
No ministério, ele se revelou incapaz de compreender que estava diante de um grave problema de saúde pública. E os aumentos relativos ao consumo e à oferta de drogas ilícitas causavam consequências sociossanitárias de grande monta. Apesar disso, fez de conta que o problema não existia.
Ao primeiro Fórum Nacional sobre drogas ilícitas e álcool, Serra virou as costas. Pela primeira vez realizado no Brasil, tratava-se de um fórum multidisciplinar e voltado a consultar e debater com a sociedade civil uma nova política sobre drogas proibidas, isso nos campos da repressão, da prevenção, do tratamento e da reinserção social. Serra não deu o “ar da graça” ou justificou a ausência, para um auditório de mil participantes.
Como ministro da Saúde, José Serra jamais compareceu às atuais Semanas Nacionais sobre Drogas (englobava o dia estabelecido pelas Nações Unidas para conscientização sobre o problema das drogas proibidas nas suas convenções). O então ministro da Saúde adotava comportamento único, diverso dos que se envolviam: presidente FHC, ministro da Educação, chefes das casas Civil e de Segurança Institucional, secretário nacional de Direitos Humanos, senadores, deputados, governadores, prefeitos, vereadores, procurador-geral de Justiça, ministros do Superior Tribunal de Justiça, advogado-geral da União, sindicalistas, membros de ONGs, líderes empresariais. Até a torcida do Flamengo, dos demais clubes, federações e confederações esportivas. Todos menos Serra.
Como candidato à Presidência, Serra sentiu-se, com relação às drogas ilícitas, legitimado a identificar traficantes internacionais. No dia 26 de maio deste ano, acusou o presidente boliviano Evo Morales de “cumplicidade” com o tráfico de cocaína para o Brasil. Para Serra, 90% da cocaína consumida no Brasil é boliviana e Morales não faz o “controle desse contrabando” (sic para contrabando).
Serra não sabe que para a elaboração do cloridrato de cocaína, a partir da folha de coca, são necessários insumos químicos: éter, acetona etc. A Bolívia não tem indústria química e o Brasil é o maior fornecedor de precursores químicos para os refinadores bolivianos de cocaína. A dupla via não é percebida por Serra, apesar de pagamentos de muitos “pedágios”.
Reza um ditado popular que “quem sai aos seus, não degenera”. O candidato Índio da Costa não degenerou. Seguiu Serra na indicação de traficantes internacionais. Só, trocou Evo Morales pelo Partido dos Trabalhadores (PT). No fundo, uma alucinação de Índio, que se qualifica como candidato à condenação por autoria de crimes contra a honra e, no juízo civil, indenizações por danos morais a todos os filiados do PT.
Nem contumazes criadores de factoides, como as agências norte-americanas DEA e CIA, chegaram ao grau de irresponsabilidade de Índio da Costa, que mostrou a todos o quanto a sua cabeça é desmobiliada.
Por outro lado e no campo das drogas lícitas, Serra, à frente do Ministério da Saúde, deu à questão do alcoolismo um tratamento indigno, ou melhor, não fez nada. Quando prefeito da capital de São Paulo, autorizou o seu secretário de governo a construir obstáculos de modo a impedir que alcoolistas e mendigos continuassem a repousar debaixo dos viadutos e pontilhões. Sua meta era expulsar os carentes para conquistar as elites. Uma “higienização”, à Hitler e Carlos Lacerda.
Ainda quando prefeito, Serra vestiu indumentária fundamentalista e populista antes envergada por Andrew Volstead, autor da chamada Lei Seca, que fez a fortuna da Cosa Nostra sículo-norte-americana, e por Rudolpho Giuliani, que perseguiu violentamente bebedores de cerveja, afrodescendentes e imigrantes. Com a política de “tolerância zero”, Giuliani, depois do seu segundo mandato e quando se percebeu que desrespeitava direitos humanos, encerrou melancolicamente a carreira política: desistiu da candidatura ao Senado, pois não venceria Hillary Clinton. Posteriormente, não conseguiu se habilitar para concorrer à Presidência.
Serra, à época de sua Lei Seca, ignorou ensinamentos fundamentais, ou seja, o de a prevenção ao alcoolismo a começar nas escolas, públicas (municipais e estaduais) e privadas. Mais ainda, não entendeu necessários programas informativos e de tratamento médico nas fábricas e demais locais de trabalho.
Na visão canhestra de Serra, a “lei seca”paulista serviria para baixar os índices de criminalidade. Serra demonstrou desconhecer as verdadeiras causas sociais de aumento da criminalidade: desemprego, desigualdade, discriminação, má distribuição de renda, baixa escolaridade.

domingo, 25 de julho de 2010

PSDB recorre a velhos fantasmas e tenta assustar o eleitor ao vincular o PT a grupos terroristas e ao crime organizado



O comando da campanha de José Serra (PSDB) colocou o medo no centro da disputa presidencial. Tudo começou com a surpreendente entrevista do vice de Serra, Indio da Costa (DEM), dizendo a um site do partido que o PT é ligado às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e ao narcotráfico. Num primeiro momento, lideranças partidárias passaram a ideia de que Indio era apenas uma voz isolada – além de descontrolada e inconsequente. Aos poucos, porém, foi ficando claro que ele cumpria um script previamente combinado. Muito bem orientado pelos caciques do PSDB e DEM, o vice de Serra servia de ponta de lança para uma estratégia de campanha: o uso da velha e surrada tática do medo. Ele procurava criar fantasmas na cabeça do eleitor para tirar votos da candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff.







A tática do medo, por definição, desqualifica o debate político. Quem a utiliza está disposto a trabalhar não com a razão, mas com sentimentos mais primários e difusos. Recorre a argumentos distantes de qualquer racionalidade para tentar encantar um público mais desinformado ou que já coleciona arraigados preconceitos. É um jogo perigoso: “Campanhas negativas podem até aumentar a rejeição ao candidato que as patrocina”, diz o cientista político José Paulo Martins Jr., da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Mas os tucanos resolveram arriscar.

ACUSAÇÕES
Tasso Jereissati diz que Lula é “chavista”

Apesar das reações provocadas pelas declarações de Indio da Costa (o TSE já concedeu até direito de resposta ao PT), expoentes do PSDB e o próprio Serra não desautorizaram o deputado do DEM. Ao contrário, passaram a engrossar o vale-tudo eleitoral. Animado, Indio voltou à carga, insinuando uma relação entre o PT e uma facção criminosa do Rio. “Já há vários indícios de ligação do Comando Vermelho com as Farc. E qual a opinião da Dilma sobre isso? Veja só: o PT e as Farc, as Farc e o narcotráfico, o narcotráfico, o Rio de Janeiro e o Comando Vermelho, com indícios muito claros de relacionamento. Ela (Dilma) tem que dizer o que acha”, afirma. Na quinta feira 22, foi o próprio Serra quem assumiu a estridente toada: “Há evidências mais do que suficientes do que são as Farc. São sequestradores, cortam as cabeças de gente, são terroristas. E foram abrigados aqui no Brasil. A Dilma até nomeou a mulher de um deles.” Desta vez, o tom do discurso escandalizou os adversários. “Fui surpreendido com a decisão de Serra de entrar nesse debate. Pelo jeito, ele resolveu dar uma guinada para a direita ao perceber que não deu certo o estilo ‘Serrinha paz e amor’. Serra, agora, resolveu ser troglodita”, disse o líder do governo na Câmara e um dos coordenadores da campanha de Dilma, Cândido Vaccarezza (PT-SP). “Não adianta o kit baixaria do Serra: o povo quer saber é de propostas e de trajetória”, afirmou o deputado petista Ricardo Berzoini.

ALVO
Tucanos querem irritar Dilma e cobram resposta

A tentativa do PSDB de criar uma atmosfera de satanização do PT e de sua candidata ao Planalto, Dilma Rousseff, é inteiramente planejada, ao contrário do que poderia parecer. Segundo apurou ISTOÉ, pesquisas qualitativas em poder da coordenação da campanha tucana identificaram que setores do eleitorado brasileiro ainda teriam restrições à “turma ligada ao Lula”. Na enquete realizada pela coligação PSDB-DEM abrangendo as regiões Sul, Sudeste e Nordeste (70% do eleitorado nacional), chegou-se à conclusão de que a imagem de Lula é a mais próxima do chamado “político ideal”. Diante desse quadro, a pesquisa, focando o eleitor das classes B e C, de 25 a 50 anos, tentou filtrar o que, para a população, haveria de bom e ruim no governo petista. Lula foi considerado “quase acima do bem e do mal”, conforme informou à ISTOÉ um dirigente tucano que teve acesso aos números. Porém, em seis pesquisas, quando consultados sobre temas espinhosos como radicalismo e corrupção, os eleitores invariavelmente apontavam a culpa para setores “em torno” de Lula. A turma é que não seria boa.


A constatação animou os tucanos a investir contra o PT. Nas próximas semanas, entre os novos temas a serem abordados estão a relação dos petistas com Hugo Chávez e a defesa que fazem do terrorista Cesare Battisti. Mas, no embalo, sobrará até para o próprio Lula, como demonstrou, na quarta-feira 21, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE): “Lula é chavista”, disse o líder tucano. “Ele pretende fazer aqui neste país uma ditadura populista, em que vai se cerceando os espaços de todo mundo e ficando só o seu espaço de poder.” Para Jereissati, a questão não tem a ver com a alta popularidade de Lula. “Chávez também é muito popular. Outros ditadores também foram muito populares. O problema é que neste governo a política é de eliminação de todo e qualquer adversário”, disse.

Um retrospecto histórico mostra, no entanto, que a tática do medo, colocada em curso pela campanha tucana, funcionou na volta do País à democracia, mas não tem dado certo num Brasil mais maduro. Levado a cabo nessas eleições, o vale-tudo eleitoral pode, mais uma vez, significar o suicídio da campanha tucana. Em 2002, por exemplo, o próprio Serra, então candidato de Fernando Henrique Cardoso ao Palácio do Planalto, lançou mão do medo como artifício: “Existe o PT real e o PT da tevê”, disse ele no horário eleitoral. “É muito importante debater as invasões ilegais e as ligações com as Farc. Isso não aparece na tevê, mas é um lado do PT”, acrescentou o tucano, que estava em baixa nas pesquisas. Por causa dos ataques, o PSDB perdeu um minuto e meio de seu tempo na tevê. E o resultado, todos sabem: Lula venceu a eleição e já está há quase oito anos no poder, registrando índices recorde de popularidade.

A retórica do medo não costuma ter a capacidade de reverter votos, segundo o consultor político e professor da USP Gaudêncio Torquato. “O terrorismo linguístico que começa a subir a montanha não chega perto das massas. Apenas reforça posições de camadas já sedimentadas”, disse ele à ISTOÉ. “Não é novidade utilizar-se da tática eleitoral do medo. O que aconteceu é que Indio cumpriu um papel que lhe deram: o de tocar o apito.” Para Torquato, Indio executou a missão atribuída a ele pela cúpula de campanha do PSDB. “Assim, preservaria Serra da acidez”, acredita. Ainda de acordo com o consultor político, esse tensionamento “já era bastante previsível” e teria outras duas finalidades: a de apresentar o candidato a vice na chapa tucana ao País e tentar enervar a candidata do PT, Dilma Rousseff. “Ao mesmo tempo que eles dão uma estocada, a campanha o apresenta, já que ninguém o conhece. Também criam a polaridade que a campanha do PSDB precisa e tentam tirar Dilma do sério”, afirma Torquato.


PASSADO
Virgílio, do PSDB, também recebeu as Farc

“Discutimos fatos de conhecimento público. Todo mundo sabe da relação do PT com as Farc e todos sabem que as Farc têm relação com o narcotráfico”, insiste o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE). Anos atrás, o PSDB utilizou-se até das denúncias de que a guerrilha colombiana havia repassado US$ 5 milhões para campanhas eleitorais petistas, o que nunca foi comprovado. Mas, fora as fantasias, o que há de real entre o PT e as Farc? Para responder a essa pergunta, é preciso voltar ao ano de 1990. Com a dissolução da União Soviética, a esquerda mundial estava desamparada. Na América Latina, por sugestão de Fidel Castro, Lula acabou propondo a criação do Foro de São Paulo, a fim de aglutinar partidos, sindicatos e organizações de esquerda. As Farc integraram esse movimento, embora na ocasião ainda não se conhecessem vínculos dela com o narcotráfico. Daí para a frente, a guerrilha sempre participou das reuniões do Foro e recebeu o apoio político de seus membros. O PT chegou a cultivar relações com representantes das Farc, principalmente com o ex-padre Olivério Medina.

No entanto, desde que Lula chegou ao governo, em 2003, o PT tratou de se distanciar do movimento. Em 2005, como revelaram e-mails de dirigentes das Farc, a guerrilha foi impedida de participar da reunião que comemorou o aniversário de 15 anos do Foro de São Paulo e que contou com a presença de Lula. Em 2008, ocasião da libertação da ex-senadora colombiana Ingrid Betancourt, Lula condenou publicamente a guerrilha. “A grande chance que as Farc têm de um dia governar a Colômbia é acreditar na democracia, na militância política. É fazer o jogo democrático como fizemos aqui. Não se ganha eleição sequestrando pessoas”, disse.

Levando-se em conta a lógica controversa que vem sendo usada na campanha de Serra, o próprio líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), seria também ligado à guerrilha colombiana. Em 1999, Virgílio não apenas recebeu o então representante das Farc no Brasil, Hernán Ramirez, em seu gabinete, como foi considerado pelo grupo um dos principais interlocutores da guerrilha no País. À época, Virgílio era secretário-geral do PSDB e líder do governo FHC no Congresso. No mesmo ano, Ramirez visitou também o então governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra (PT). Um dos objetivos dos encontros era abrir um escritório das Farc em Brasília. Mas a ideia não prosperou. Ela só voltou a prosperar agora no discurso atropelado do PSDB. IstoÉ



sábado, 24 de julho de 2010

Pedágio de SP é mais caro que de rodovias dos Estados Unidos



Viajar de norte a sul no estado da Flórida, sudeste dos Estados Unidos, pela Rodovia Florida´s Turnpike custa US$ 21,20 em pedágios. O valor equivale a R$ 37,31, por 492,62 quilômetros percorridos. No estado de São Paulo, um trajeto de distância semelhante, da cidade de São José do Rio Preto à capital paulista custa R$ 61,50, por 440 quilômetros percorridos.

O custo pago pelos paulistas em relação à distância é quase o dobro. A tarifa de pedágio por quilômetro rodado nos Estados Unidos é de R$ 0,08. Na viagem de São José do Rio Preto a São Paulo, cada mil metros implicam R$ 0,14.

Simulação realizada pela Liderança do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) indica que na Rodovia Anchieta, que liga a cidade de São Paulo à Baixada Santista, considerando a mesma quilometragem percorrida na Flórida, o pedágio por quilômetro fica ainda mais caro: R$ 0,16.

O estudo mostra que trafegar pelas principais rodovias de São Paulo como Washington Luís, Castello Branco, Bandeirantes, Anhanguera, Imigrantes e Marechal Rondon fica bem mais caro que andar pelas estradas da Flórida.

Desconto

Na rodovia da Flórida, quem utiliza o SunPass, dispositivo que permite passagem direta pelo pedágio, como o Sem Parar brasileiro, tem desconto médio de 20%.

Só escapam do ranking das estradas “mais caras”, o Rodoanel, a rodovia Raposo Tavares e o Sistema Ayrton Senna/Carvalho Pinto, que passaram para a administração privada na segunda etapa de concessões, que seguem critérios distintos – semelhantes aos usados em rodovias federais em 2008.

Segundo especialistas, o que mais encarece os pedágios de São Paulo é o tipo de concessão escolhido pelo estado, mesmo na nova etapa de concessão. A opção pelas concessões onerosas, em que ganha o leilão a empresa que oferecer mais ônus, uma espécie de aluguel pago ao estado, e que depois é repassado aos usuários, deixa as tarifas de pedagiamento mais caras.

As rodovias federais, quando foram concedidas, seguiram o critério de menor preço por quilômetro, sem cobrança de ônus às concessionárias, o que reduz o valor do pedágio cobrado dos usuários.

A mesma simulação aplicada às rodovias federais constata que o custo do quilômetro na Fernão Dias e na Régis Bittencourt sai por R$ 0,02 e R$ 0,03 na Transbrasiliana.

“Não se paga em outros países o valor que nós pagamos para ir de São Paulo a Santos. Onde se viu um carro de passeio pagar 17,80?”, cita Francisco Pelucio, do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de São Paulo e região (Setcesp).

Para o professor de economia da Universidade Federal Fluminense (RJ), Carlos Enrique Guanziroli, o modelo de concessão onerosa beneficia o governo, mas pesa para o usuário. “Quem paga mais ônus para o governo ganha a concessão”, explica.

Segundo o pesquisador, o modelo mais “correto” de concessão de rodovias é uma concorrência em função do serviço, sem pagamento de ônus da concessionária para o governo e depois repasse desse valor para as tarifas e para o bolso do usuário. “A questão do pedágio ficou pesada para a sociedade”, frisa Guanziroli.

Transporte de carga

Outra simulação mostra que para um caminhão de seis eixos rodar na Florida Turnpike custa R$ 0,28. Na rodovia Anchieta o valor seria de R$ 0,95. Já na rodovia federal Régis Bittencourt fica em 0,09. A rodovia é considera a melhor em custo/benefício, pelos transportadores.

“O custo/benefício de uma Fernão Dias e de uma Régis Bittencourt, por exemplo, está excelente”, reflete Neuto Gonçalves, coordenador técnico da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística).

O estudo do PT cita ainda a New York State Thruway, que corta o estado de Nova York, e cuja operação é estatal. O custo do quilômetro na rodovia novaiorquina é de R$ 0,05 para veículos leves e de R$ 0,34 para caminhões de seis eixos.

Lá fora

“Fora do país há boas opções de rodovias gratuitas. A diferença entre essas e as pedagiadas é que quando se paga pedágio elas oferecem mais serviços”, avalia Neuto Gonçalves, da NTC e Logística.

Segundo ele, no Brasil, pedagiaram-se rodovias sem dar alternativa ao usuário. “Você é obrigado a pagar por falta de opção”, detecta.

Francisco Pelucio, do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de São Paulo e região (Setcesp), explica que em outros países o pedágio é pago pelo que o usuário usou da rodovia, ou seja, por quilometragem. “Não se paga em outros países o valor que nós pagamos para ir de São Paulo a Santos. Onde se viu um carro de passeio pagar R$ 17,80?”, critica.

Em países como Portugal, Espanha e França, as empresas concessionárias são obrigadas a construir uma nova pista e cobrar pedágio somente na nova via. A rodovia que já existia serve de opção para quem não quiser ou não puder pagar pedágio, descreve o professor universitário Carlos Enrique Guanziroli. “Aqui (no Brasil) nem se cogitou isso”, lamenta. “Na América Latina, usa-se as autopistas, colocam pedágios nelas, sem fazer vias alternativas”, condena o especialista.

Para o deputado estadual Zico Prado (PT-SP), a tarifa dos pedágios de São Paulo está entre as mais caras do mundo. O parlamentar concorda com Guanziroli de que o melhor modelo é o europeu, “em que a iniciativa privada faz uma nova rodovia e cobra por ela, mas a outra fica para o Estado”, observa.

Fonte.

Ciro Gomes: “Aquela gente que quase arrebenta o Brasil”? Nunca mais


23 de Julho de 2010 – 16h57
Ciro Gomes diz que irá apoiar eleição de Dilma “sem vacilação”
O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) declarou seu apoio à candidata presidencial Dilma Rousseff, da coligação “Para o Brasil Seguir Mudando” e lamentou não estar concorrendo às eleições deste ano como planejado. “Gostaria muito de ser (candidato à presidência da república). Mas mais importante que isso é o nosso País. Então estou apoiando a Dilma. Não tem vacilação”, disse Ciro.
“Aquela gente que no passado quase arrebenta o Brasil, a turma do Fernando Henrique, nunca mais”, afirmou Ciro em entrevista à TV Cidade, de Fortaleza, afiliada da Rede Record, na noite de quinta-feira (22).
O deputado federal pelo PSB no Ceará ainda disse ter sofrido uma “rasteira”, quando seu partido retirou sua candidatura à presidência da República. “A direção do meu partido deu corda na minha candidatura até a véspera, e na véspera tiraram meu tapete”, afirmou. Porém, Ciro reforçou que essa fase passou e que ainda vai conseguir seu objetivo: “Tenho saúde, tenho 52 anos e (vocês) ainda vão me ver presidente do Brasil”.
Ciro aproveitou e comentou o apoio de sua ex-mulher, a senadora Patrícia Saboya (PSB), à candidata do PV Marina Silva. “Ela é independente, como toda mulher cearense, não quer nem saber se eu apoio a Dilma (…) a Marina é uma grande brasileira”, disse.
Comentarista de TV
Ciro aproveitou a entrevista para dizer que vai ser comentarista político na própria TV Cidade, em Fortaleza. Ele fará comentários diários sobre política, economia, violência e drogas, entre outros temas. A estreia de Ciro como comentarista ainda não tem data definida.
Os comentários do deputado serão veiculados em um dos programas de maior audiência da emissora, o Cidade 190, telejornal policial e comunitário, apresentado por dois radialistas que também atuam na política: o vereador de Fortaleza licenciado Vitor Valim (PHS-CE) e o deputado estadual Edson Silva (PSB-CE), que em 1988 perdeu para Ciro as eleições para a prefeitura da capital cearense.
O editor-chefe do programa, José Filho, disse que a escolha de Ciro deve-se à sua “credibilidade” e que os comentários terão cerca de cinco minutos. Segundo José Filho, na próxima segunda-feira a equipe vai se reunir com o deputado para acertar os detalhes.
A TV Cidade não informou se ele receberá cachê. A assessoria de Ciro Gomes disse que o deputado ainda não sabe detalhes da sua participação, como formato, salário ou data de estreia.
O dono do Grupo Cidade de Comunicação, da qual a emissora faz parte, é o empresário Miguel Dias de Souza, que ocupa a segunda suplência na candidatura ao Senado do deputado federal Eunício Oliveira (PMDB-CE).
Sobre a função de comentarista, Ciro disse que não vai se meter em “politiquinha pequena” e que pode até mudar de ramo. “O jornalismo é um elemento ainda mais importante para a democracia do que a militância política que eu faço”, disse o deputado na entrevista.
Da redação,
com agências

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Igreja rejeita reportagem sobre "vida selvagem de padres gays"



O Vaticano acusou uma revista italiana de provocar um escândalo e desacreditar a Igreja Católica ao publicar nesta sexta-feira uma reportagem sobre sacerdotes homossexuais.

Destaque na capa do semanário Panorama, de tendência conservadora, o artigo intitulado As Noites Selvagens dos Padres Gays diz que padres da capital italiana teriam uma vida dupla ao rezar missas pela manhã e freqüentar festas e ambientes homossexuais à noite.

Durante 20 dias um repórter, cujo nome não foi publicado pela revista, percorreu bares e discotecas romanos frequentados por homossexuais. Com uma câmera escondida, ele documentou o comportamento dos supostos sacerdotes, inclusive durante relações sexuais.

Algumas das fotos foram publicadas para ilustrar o artigo, que traz declarações de sacerdotes e seminaristas cuja identidade foi mantida em sigilo.

Segundo o artigo, um dos pontos de encontro dos padres homossexuais da capital seria a discoteca Gay Village, onde um seminarista teria declarado ao repórter que "a Igreja pesca os próprios filhos no ambiente homossexual".

"Dor e surpresa"
"A finalidade do artigo é evidente: criar escândalo, difamar todos os sacerdotes com base na declaração de um dos entrevistados, segundo a qual 98% dos sacerdotes que ele conhece são homossexuais, e desacreditar a Igreja", diz uma nota divulgada pelo Vigariado de Roma sobre a reportagem.

"Os fatos contados provocaram dor e surpresa na comunidade eclesiástica de Roma, que conhece bem seus sacerdotes. Eles conduzem uma vida feliz e coerente com a vocação de testemunhar o Evangelho e o modelo de moral para todos."

O diretor da revista, Giorgio Mulè, se defendeu das criticas do Vaticano, dizendo que a reportagem é bem documentada. Ele declarou ao jornal Il Giornale que pode fornecer nome completo e endereço dos padres que foram filmados durante ato sexual.

Estrangeiros
Na nota do Vigariado, o Vaticano defende os cerca de 1,3 mil sacerdotes de Roma da acusação de vida dupla. Segundo as autoridades eclesiásticas, eles se dedicariam a testemunhar o Evangelho.

Por outro lado, o Vaticano lança dúvida sobre a comunidade de padres estrangeiros que vivem na capital italiana, para onde vêm sobretudo para estudar em Universidades Católicas.

"Em Roma vivem muitas centenas de padres provenientes de todo o mundo para estudar, mas que não são do clero romano nem estão empenhados na pastoral", afirma a nota.

Recentemente, o Vaticano anunciou que iria fazer uma inspeção junto aos sacerdotes estrangeiros da capital, sem oferecer mais explicações sobre o motivo de tal verificação.

A carta do Vigariado pede que os padres homossexuais assumam seu comportamento e deixem o sacerdócio, ao mesmo tempo em que promete maior vigor no controle do clero.

"Ninguém os obriga a permanecer padres, desfrutando apenas dos benefícios. Deveriam ser coerentes e se expor. Não queremos seu mal, mas não podemos aceitar que por causa do comportamento deles a honra de todos os outros seja lesada."

Fonte.